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Ter um rádio CB multi normas europeias possibilita mais do que a maioria sabe

Na realidade ter um rádio CB (citizens band) multi normas europeias, possibilita-nos muito mais do que um equipamento convencional apenas com os canais nacionais.
Impõe a legislação que o equipamento seja usado na norma correspondente ao país em que opera, contudo, não constitui qualquer infração a escuta de outras frequências que não as nacionais. Assim sendo, para além de um rádio CB multi norma nos possibilitar a operação nos 40 canais mais universais, com as potências aceites na maioria dos países e, de nos possibilitar operar com esse equipamento noutros estados da união europeia no modo correspondente à norma desse país, possibilita-nos fazer rádio escuta noutras frequências utilizadas noutros países europeus selecionando o modo correspondente à norma desse país e não só, para por exemplo termos uma maior noção das direções mais favoráveis no que respeita à propagação.
Por outro lado, possibilita ainda aos cidadãos emigrantes, escutar os seus concidadãos por vezes até a distâncias consideráveis, embora o CB seja na sua génese um meio destinado a comunicações de curto alcance.

Há por exemplo atualmente em Portugal cidadãos alemães, polacos, ucranianos, ingleses e outros que gostam e fazem escuta das frequências da CB usadas nos seus países, prática geradora de um sentimento de maior proximidade do seu país, complementar à possibilitada pelas redes sociais via Internet e dos órgão de comunicação social.

Neste contexto, embora a muitos de nós seja muito aprazível operar com equipamentos clássicos que nos trazem até alguma nostalgia, é inegável que por mais desvantagens que os modernos equipamentos possam ter, têm inegavelmente também as suas vantagens.

A CB não possibilita apenas a emissão e, a recepção possibilita-nos a outrora famosa “rádio escuta”.

Importa ter sempre presente que a rádio escuta é legal em frequências destinadas ao público ( o que é o caso da CB) e que, a emissão em frequências não autorizadas num qualquer país constitui no mínimo uma contra ordenação. 

Artigo de opinião de: João Paulo Saraiva

 

Clube APROSOC ON THE AIR

Desde 2017 que na Área Metropolitana de Lisboa reunimos via rádio tendencialmente ao domingo de manhã entre as 10 e as 12 horas (+-30minutos), e mais recentemente mais regularmente diariamente à noite sensivelmente por volta das 21:30 às 22:30.

Esta atividade enquadra-se nos objetivos da APROSOC de preparação dos cidadãos para as alternativas de comunicação quando face a situações de desastre ficam privados de acesso às telecomunicações de acesso público, possibilitando assim manter o contacto local com familiares e amigos, ou mesmo efetuar um pedido de ajuda ou socorro.


Atualmente encontramo-nos tendencialmente em Canal 14 na banda do cidadão (CB – citizens band) em FM/AM, PMR446 (personal mobile radio 446 MHz) e LPD433 (low power device), ou outro canal livre.

Para os colegas radioamadores estamos tendencialmente em 145.3875MHz ou 432.7875MHz em NFM (narrow mode) ou noutra frequência próxima livre caso aquela esteja ocupada.

Para os colegas que não são radioamadores e pretendam ter equipamentos de VHF ou UHF profissionais para comunicações de emergência, sobrevivencialismo, técnico-científicas ou lúdicas, a APROSOC dispõe de redes privativas licenciadas para o efeito.

Esta atividade funciona como um “clube” de amigos locais que se comunicam via rádio e assim cultivam a amizade e as boas práticas em radiocomunicações partilhando bons momentos de companheirismo e ou mesmo de partilha de saberes, sendo aberta a todos os que se revejam nesta filosofia.

Frequentemente este encontro, reúne ao domingo colegas no mesmo local para partilha de conhecimento, confraternização e operação coordenada, estando aberto também à presença de não membros da APROSOC que decidam aparecer no local onde estivermos para observar e participar.

Pré-requisitos de admissão
A adesão ao Clube APROSOC On The Air é a partir de 11/11/2022 reservada a Associados da APROSOC e tem como pré-requisito a frequência da Escola de Procedimentos Radiotelefónicos – APROSOC.

Inscrição para Associados que cumpram os pré-requisitos

Consultar a Lista de Membros 

Trecentésima ativação de radiocomunicações cidadãs da APROSOC

A APROSOC agradece a todos os radioperadores que participaram na tricentésima ativação de radiocomunicações cidadãs. Desde a sua génese em 2015 e, sem contar com todos os projetos Associativos que vieram culminar no que na atualidade a APROSOC é e representa, contámos hoje a ativação de radiocomunicações número trezentos (300), um número que nos dá alento para continuar. A ativação de hoje foi particularmente importante por ter sido geradora de diálogos inclusivos essencialmente na banda do cidadão em canal 10 em AM e também em FM, que trazem de novo aquilo que mais prezamos nesta singela Associação, a cordialidade e a partilha de conhecimentos e experiências.
Pode dizer-se que a APROSOC regressou ao que de melhor existe na banda do cidadão e não só, as comunicações com respeito, isentas de impropérios, onde a amizade e o conhecimento técnico fluem naturalmente.
Há novas e antigas estações nesta nova dimensão, oriundas de organizações ou, sem pertencer a qualquer organização, entrosadas por um denominador comum, a comunicação pela qual nutrem paixão. 

O facto de os QSOś (conversações via rádio) da REDE FÉNIX da APROSOC não passarem a USB ou LSB prende-se com o facto que que as demais organizações existentes tendem a rumar a esses modos de operação, frustrando e excluindo aqueles que somente possuem rádios com AM, ou com FM. Na APROSOC entendemos ser diferentes e ser mais inclusivos, sacrificando a distância que alcançaríamos com recurso às bandas laterais, para possibilitar-mos a comunicação local daqueles que não possuem bandas laterais.
Na nossa experiência ao longo dos anos nos cenários de acidente grave ou catástrofe, deparámos-nos frequentemente com a existência de meios de radiocomunicação que foram inócuos pelos mais diferentes motivos, pelo que, acreditamos que a forma organizada com que promovemos as radiocomunicações locais em CB (citizens band) e PMR446 (personal mobile radio), é pedagogicamente conducente à capacitação dos cidadãos usufrutuários desses meios rádio, para serem resilientes face a situações adversas que os impossibilitem de usufruir das redes de telecomunicações de acesso público.

Tenha sempre presentes as nossas recomendações de procedimentos radiotelefónicos para as radiocomunicações cidadãs…

…limite o seu tempo de emissão contínua a “180 segundos”, dê tendencialmente um espaço não inferior a “3 segundos” entre transmissões para dar oportunidade a outras estações, passe a palavra a outro interlocutor usando a expressão de serviço “escuto” e, quando nada mais tiver a transmitir e pretende encerrar a comunicação termine com a expressão de serviço “terminado”. 

Saiba que estamos tendencialmente em canal 11 AM/FM pela região de Lisboa e, quando uma chamada é correspondida passamos tendencialmente a canal 10 AM/FM.

REDE FÉNIX | amizade, felicidade e segurança via rádio

Imune a ciberataques e isento de taxas e licenças

Imune a ciberataques, possibilita estar em contacto com outros utilizadores desde algumas dezenas de metros a esporadicamente centenas ou milhares de quilómetros, não sujeito ao pagamento de taxas, licenças ou faturas de telemóvel. Tem um canal de chamada e um canal de emergências, e mesmo que todas as redes de telemóvel e internet estejam inoperativas, continua a funcionar enquanto tiver alimentação de 12 Volts e uma antena sintonizada e ligada, possibilitando a comunicação local. A velocidade de tráfego depende do número de palavras que cada operador seja capaz de transmitir por minuto. Chama-se rádio CB (citizens band) e foi a segunda mais importante rede social nos anos 70 a 90 em todo o mundo e continua ativa para quem tem o privilégio de a usar.



CÓDIGO Q – QSY QNY

•QSY – Devo mudar de frequência / canal? •QNY – Mude de frequência / canal  ou, mude para a frequência / canal _______ •

QSY é uma questão e QNY é uma resposta.

Nas comunicações de emergência tenha sempre presente que o seu interlocutor pode não dominar este ou outros códigos que você domine.

Por outro lado, o significado de cada código Q pode variar ligeiramente em função do serviço, por exemplo entre o serviço aeronáutico e o serviço marítimo, ou mesmo na génese deste código para uso em telegrafia (código Morse). Tenha sempre presente que se trata de uma adaptação para CB.

Quando as telecomunicações falham

Quando e onde as telecomunicações de acesso público falham (telemóvel, telefone fixo, internet) seja devido aos cabos ardidos nos incêndios ou interrompidos na sequência de ventos fortes ou sismos, entre outras causas, os meios de radiocomunicações cidadãs (CB – citizens band e PMR446 personal mobile radio), continuam a possibilitar a comunicação desde algumas centenas de metros até alguns quilómetros de distância, não sendo necessário qualquer licença para a utilização para equipamentos com um certificado de conformidade para uso no Serviço Radio Pessoal CB, ou PMR446.


Serviço Rádio Pessoal, Banda do Cidadão (CB)

O funcionamento de estações do Serviço Rádio Pessoal, Banda do Cidadão (CB) deve obedecer aos seguintes requisitos técnicos:

1 – Faixa de frequência – a faixa de frequências atribuída ao serviço Rádio Pessoal, Banda do Cidadão (CB) está compreendida entre 26.960 MHz e 27,410 MHz.

2 – Frequências autorizadas – qualquer que seja a classe de emissão utilizada nas comunicações, a frequência da onda portadora deve ser escolhida entre as frequências indicadas no quadro seguinte:

1……….26,965
2……….26,975
3……….26,985
4……….27,005
5……….27,0156……….27,025
7……….27,035
8……….27,055
9……….27,065
10……….27,075
11……….27,085
12……….27,105
13……….27,115
14……….27,125
15……….27,135
16……….27,155
17……….27,165
18……….27,175
19……….27,185
20……….27,205
21……….27,215
22……….27,225
23……….27,255
24……….27,235
25……….27,245
26……….27,265
27……….27,275
28……….27,285
29……….27,295
30……….27,305
31……….27,315
32……….27,325
33……….27,335
34……….27,345
35……….27,355
36……….27,365
37……….27,375
38……….27,385
39……….27,395
40……….27,405

2.1 – Espaçamento entre canais – o espaçamento entre canais é de 10 KHz.

2.2 – Modo de exploração – é autorizado o estabelecimento de comunicações alternadas na mesma frequência ou canal (modo simplex a uma frequência).

2.3 – Canal de socorro, urgência e segurança – a frequência 27,065 MHz (canal 9) deve ser utilizada somente para o estabelecimento de comunicações de socorro, urgência e segurança.

2.4 – Canal de chamada – a frequência 27,085 MHz (canal 11) deve ser utilizada somente nas comunicações de chamada.

3 – Tipos de modulação – são autorizados os seguintes tipos de modulação:

a) Modulação de amplitude;

b) Modulação de frequência;

c) Modulação de fase.

4 – Classes de emissão

4.1 – São autorizadas as seguintes classes de emissão:

a) Telefonia em modulação de amplitude, dupla faixa lateral (A3E);

b) Telefonia em modulação de amplitude, faixa lateral única com onda portadora suprimida (J3E);

c) Telefonia em modulação de frequência (F3E);

d) Telefonia em modulação de fase (G3E).

4.2 – É proibida a utilização de estações de CB funcionando em modulação de amplitude, faixa lateral única com onda portadora reduzida (R3E).

5 – Potência de emissão

5.1 – Potência à saída do emissor – a potência medida à saída do emissor de uma estação de CB não deve exceder:

a) 4 Watt de potência de portadora no caso de modulação de amplitude, dupla faixa lateral (A3E);

b) 12 Watts de potência de pico no caso de modulação de amplitude, faixa lateral única com onda portadora suprimida (J3E);

c) 4 Watts de potência de portadora no caso de modulação angular (F3E e G3E);

5.2 – Potência aparente radiada (PAR) – a potência aparente radiada (PAR) máxima permitida é de 4 Watts.

Publicado no web site da ANACOM – Autoridade Nacional de Comunicações em 10.03.2017
https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1406177

NOTA DA APROSOC

Como é possível observa-se na publicação da ANACOM, não tendo sido transcrita para estas regras de uso da Banda do Cidadão desde 2017, nomeadamente no que concerne aos equipamentos com declaração de conformidade multinorma Europeia, aparentemente não se aplicam as demais normas comunitárias desde que os equipamentos tenha marcação CE e desde que cumpram os requisitos relativos ao limite de potência e frequências designadas, o que aparentemente possibilita a continuidade do uso dos equipamentos antigos que cumpram os requisitos fixados. Caso assim seja, Portugal tem, à semelhança de outros países Europeus, uma das mais permissivas legislações para o utilizador final, embora mantenha exigências apertadas aos importadores e comercializadores de equipamentos da Banda do Cidadão. Assim sendo e, atendendo a que a a liberalização da CB ocorre numa base de não interferência, reforça-se a necessidade de se cumprirem os limites relativos às potências, radiações não essenciais e frequências.
Embora as normas Europeias regulem o tempo limite de emissão contínua em CB a 180 segundos, também este requisito ficou de fora com a aparente revogação do anterior quadro regulamentar, sendo por isso as atuais regras mais dependentes do bom senso comum que na prática na maioria dos casos não existe, do que da força da matéria de direito nacional aplicável.

Partilhe connosco a sua opinião, gostaríamos de a conhecer.

CBs clássicos e muito mais…

Os rádios CB (citizens band) (banda do cidadão) clássicos alimentam a nostalgia de muitos daqueles que se iniciaram na banda do cidadão nas décadas de 60 a 90, e fazem ainda as delícias de muitos dos mais novos entusiastas desta rede social que é a citizens band.

A APROSOC sempre reconheceu a utilidade dos rádios CB em emergências, bem como no combate ao isolamento e exclusão social e, durante a fase mais dura da pandemia COVID-19, o confinamento de 2020 a APROSOC intensificou os contactos via rádio CB, tanto em FM como no modo mais tradicional o AM, possibilitando assim ser mais inclusiva daqueles que somente dispõe de rádios clássicos.

Embora sejamos mais adeptos do FM (modulação de frequência) pela superior qualidade de áudio e compreensibilidade a maiores distâncias, para a comunicação a curtas distâncias o AM tem os seus encantos e possibilita também de certo modo reviver os bons velhos tempos da CB, motivo pelo qual sempre que uma estação nos contacta em AM (modulação de amplitude) e o contacto é possível nesse modo, não perdemos a oportunidade de comunicar no modo mais tradicional.

Os rádios clássicos sofrem mais o desgaste dos anos que os mais modernos, devido ao facto de os antigos utilizarem muitos condensadores eletrolíticos que secam com o tempo e carecem ser substituídos, ou outros componentes mais vulneráveis ao passar do tempo, como os medidores de agulha, entre outros, contudo, as autoridades continuam a aceitar o uso dos equipamentos antigos que não firam as regras do país em que operam, sendo por isso aceitável o uso de um rádio que esteve certificado em Portugal ainda que não cumpra as atuais regras da diretiva Europeia que recomenda a multinorma, sendo os aspetos mais relevantes para as autoridades os limites de radiações não essenciais, e estar dentro da potência e das frequências legalmente permitidas, numa base de não interferência noutros serviços.

Muitos de nós nascidos nos anos 40 a 70 e até após isso, tivemos como primeiro walkie-talkie um CB, na maioria dos casos apenas com o canal 14.

Por estes motivos é possível encontrar frequentemente elementos dos macanudos e macanudas da APROSOC em QSO (conversação) com equipamentos clássicos e muitas vezes em AM, em que alguns de nós saciamos a nostalgia de um passado do qual fomos tirados, mas que não saiu de nós.

Não esquecemos ainda que, outrora muitas vidas foram salvas através de comunicações por simples rádios CB de AM e, muitas outras continuam a ser salvas por rádios de AM em muitos países onde o FM não é permitido ou não é o modo predominante, tendo o CB tido e continua a ter um papel importante como alternativa de emergência quando falham as telecomunicações de acesso público.

Já quanto às bandas laterais (SSB – single side band) que muitos equipamentos clássicos e modernos possuem, possibilitam comunicações a maior distância, contudo é um modo menos inclusivo, porque exige equipamentos mais caros e a constante sintonia do clarificador de voz (clarifier) de estação para estação recebida, atendendo ao facto do oscilador de batimento sobre a frequência de entrada no recetor, ser muito crítico quanto à precisão e, os equipamentos CB de SSB não disporem de sistema de sintonia automática de clarifier. No caso de conversação com diversas estações CB no mesmo canal em SSB, muitas vezes requer que cada vez que um fala tenha de se sintonizar o clarifier, sendo claramente o AM ou o FM mais cómodo de operar que o USB (uper side band) ou LSB (lower side band) resultantes respetivamente da subdivisão superior ou inferior da SSB, por estes motivos somos acérrimos defensores do FM pela qualidade de áudio e alcance e, do AM por ser o mais inclusivo em Portugal e em muitos outros países.

Internamente o grupo de Macanudos e Macanudas da APROSOC testa frequentemente os limites e os encantos dos CB´s clássicos, também os que apenas têm AM e respondemos frequentemente a chamadas em canal 11 AM.

73/51

João Paulo Saraiva 
CB: “DUKE”

#macanudos #macanudas #cbradio #27mhz