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RECOMENDAÇÕES  SOBRE MOBILIZAÇÃO DE ESTAÇÕES MÓVEIS SIRESP, TELECOMUNICAÇÕES E RADIOMADORES E/OU RADIOPERADORES PARA TEATROS DE OPERAÇÕES

Sempre que se prevê a especial complexidade de um Teatro de Operações, seja pelo número de recursos humanos e meios técnicos envolvidos ou expectáveis, a trajetória do incêndio poder atingir infraestruturas e cabos de telecomunicações ou, a cobertura da rede seja insuficiente, devem ser mobilizadas estações móveis retransmissoras a colocar em local que possibilite assegurar tanto a capacidade de tráfego quanto a cobertura adequada, ao invés de serem colocadas no local em frente às camaras televisivas.

Nas situações acima, devem também ser mobilizadas as organizações de voluntariado de proteção civil com competência em apoio às radiocomunicações de emergência, bem como as Associações de radioamadores e/ou radioperadores que tenham essa competência operacional, de modo  a que, em caso de falha das redes de telecomunicações, possam assegurar as comunicações entre as pessoas afetadas e seus familiares ou mesmo com os serviços de emergência. Para o efeito, deve existir um ou mais radioperadores com estes meios de radiocomunicação alternativa junto ao posto de comando e outros serviços essenciais, um ou mais em local estrategicamente elevado fora da zona de risco mas que tenha cobertura para todo o teatro de operações, e outros junto das populações afetadas.

Se possível devem igualmente solicitar-se aos operadores de telecomunicações móveis terrestres, a deslocação das suas estações retransmissoras móveis.

A mobilização destes meios somente quando as telecomunicações falham é um erro de principiante, inadmissível e notório de uma incomensurável ignorância, já que, se acionados após a falha, os meios têm um tempo de deslocação e, entretanto populações e operacionais estão privados de telecomunicações e radiocomunicações.

 

SEM REDE

5 anos passaram desde a tragédia de junho de 2017 e, muitas zonas que então não tinham rede de telemóvel continuam a não ter, outras felizmente passaram a ter.

Ajude-nos a compreender o que mudou desde então, informe-nos dos casos de que seja testemunha em que continua a não haver rede fora dos edifícios e dos casos onde passou a haver rede. Indique-nos por favor a localidade em causa.

Pode informar-nos em resposta a este artigo na zona de comentários, pelo e-mail: [email protected], ou por telegram ou WhatsApp 910 910 112.

O objetivo deste apelo é instar o poder político instituído a exercer sobre os operadores de telecomunicações as ações conducentes à resolução dos problemas identificados, não estamos a prometer nada para além de que faremos a nossa parte.

Ficamos muito gratos pela atenção e tempos dispensado,

APROSOC

Interferências prejudiciais pelo sistema CONVEL (EBICAB 700), ANACOM continua inoperante

O componente atualmente utilizado para a telealimentação das balizas do sistema CONVEL (EBICAB 700) da ferrovia em Portugal, que utiliza a frequência 27,115 MHz, não está conforme as disposições regulamentares em vigor e standards europeus, no que respeita à compatibilidade eletromagnética (EMC).

Para além do sinal na frequência fundamental de 27,115 MHz que é recebido a vários quilómetros de distância da linha férrea, são também recebidas várias harmónicas na banda do serviço de amador dos 28/29 MHz nas imediações da linha férrea, conforme se anexa, inutilizando várias frequências em serviços rádio com direito a proteção radioelétrica.

Foram efetuadas diversas observações não só na instalação fixa do serviço de amador e amador por satélite do reclamante, mas também em diversos locais do país, sempre com o mesmo resultado.

Não se conhece à data qualquer informação pública e/ou dirigida a algum cliente em particular dando conta de ações de fiscalização por parte da ANACOM no sentido da resolução destas interferências prejudiciais, pese o facto de este assunto já ser conhecido por essa Autoridade há bastante tempo.

Note-se ainda que estas interferências prejudiciais impedem o uso devido do canal 9 (destinado a comunicações de socorro, urgência e segurança) do Serviço Rádio Pessoal Banda do Cidadão (CB), pois uma das harmónicas geradas pelo equipamento de telealimentação coincide com a frequência desse canal (27,065 MHz).

Lista de frequências afetadas pelas interferências prejudiciais do sistema CONVEL (EBICAB 700):

>> Serviço de Amador e Amador por Satélite (SAAS) – Banda dos 28 MHz (10 metros):
– 28015 kHz
– 28065 kHz
– 28115 kHz
– 28165 kHz
– 28215 kHz
– 28265 kHz
– 28315 kHz
– 28365 kHz
– 28415 kHz
– 28465 kHz
– 28515 kHz
– 28565 kHz
– 28615 kHz
– 28665 kHz
– 28715 kHz
– 28765 kHz
– 28815 kHz
– 28865 kHz
– 28915 kHz
– 28965 kHz
– 29015 kHz
– 29065 kHz
– 29115 kHz
– 29165 kHz
– 29215 kHz
– 29265 kHz
– 29315 kHz
– 29365 kHz
– 29415 kHz
– 29465 kHz
– 29515 kHz
– 29565 kHz
– 29615 kHz
– 29665 kHz

>> Serviço Rádio Pessoal Banda do Cidadão (CB):
– 26965 kHz (canal 1)
– 27015 kHz (canal 5)
– 27065 kHz (canal 9)
– 27115 kHz (canal 13)
– 27165 kHz (canal 17)
– 27215 kHz (canal 21)
– 27265 kHz (canal 26)
– 27315 kHz (canal 31)
– 27365 kHz (canal 36)

Documentação relevante:
– ETSI EN 302 608
– UNISIG ERTMS/ETCS SUBSET-036 (FFFIS for Eurobalise)
– 2012/88/UE: Decisão da Comissão, de 25 de janeiro de 2012

 

Redes rádio digitais em emergência

A APROSOC testou ao longo de mais de duas décadas redes nos sistemas “DMR, TETRA, NXD e IDAS”, tendo concluído que com ou sem infraestruturas não têm aplicabilidade proficiente para comunicações de emergência em movimento, motivo pelo qual esta Associação apesar de possuir equipamentos digitais, os tem a funcionar em modo analógico.

De um modo geral todos os fabricantes anunciam maior sensibilidade de recepção em modo digital comparativamente com o modo analógico, o que não referem é a incacidade de restabelecimento imediato do sincronismo após corte.

Existem vários mitos urbanos em torno dos modos digitais, o que que supera o modo analógico em movimento é um desses mitos que não passa disso mesmo, um mito em que muitos creem, em especial os que nunca tiveram de usar esses meios em teatros de operações.

Nada há, contudo, a apontar aos modos digitais para ligação ponto a ponto fixo, exceto talvez a falta de fiabilidade do áudio.

Quanto ao facto de uma outra Associação ter adquirido recentemente uma rede DMR (digital mobile radio), a rede já existia e era detida por um membro dessa Associação tendo por várias vezes sido testada pela APROSOC, constatando-se sempre falhas graves de sincronismo na rede. Compreendemos que quem nunca experienciou a exigência de um teatro real de operações creia em redes digitais e outros milagres do mundo virtual, contudo, a realidade desaconselha até mesmo sistemas baseados em infraestruturas, por mais autonomia de baterias que tenham, já que o que não está na mão do homem no momento o homem não controla a todo o tempo.  

A emergência não se coaduna com a incerteza de quando se está a pressionar o botão de emissão e a luz de emissão acende, não se saber se efetivamente a emissão está a sair no retransmissor ou se, ficou inibida pelo circuito inibidor de transmissão com canal ocupado, como ocorre por exemplo numa rede de uma Associação de Proteção Civil detentora de vários retransmissores DMR na região de Lisboa.

Canal 9 na Banda do Cidadão e as falsas redes de comunicações de emergência

Outrora um canal monitorizado por inúmeras entidades de resposta à emergência, é na atualidade nos termos legais: “Canal de socorro, urgência e segurança – a frequência 27,065 MHz (canal 9) deve ser utilizada somente para o estabelecimento de comunicações de socorro, urgência e segurança.”, sendo o único canal de radiocomunicações de uso livre destinado a tal fim e que, possibilita legalmente o contacto entre serviços de proteção civil detentores de equipamentos CB em viaturas de comunicações e nas suas centrais de comunicações.

Ainda que não exista resposta por parte dos serviços de proteção civil, o canal 9 é uma referência para todos os utilizadores de rádios da banda do cidadão como ponto de encontro em caso de emergência, com especial importante para as comunicações locais de emergência, seja entre comuns cidadãos, seja na ligação com os voluntários das unidades locais de proteção civil ou das organizações de voluntariado de proteção civil.

A banda do cidadão será considerada na revisão em curso do Plano Nacional de Emergência de Proteção Civil, não como forma de contacto entre os cidadãos e os serviços de emergência, mas pela importância que tem na possibilidade de comunicação entre os cidadãos a necessitar de auxilio e as organizações de voluntariado de proteção civil legalmente reconhecidas para apoio às radiocomunicações de emergência, essas sim com funções delegadas de assegurar a ponte entre esses cidadãos e os serviços de emergência, sem prejuízo de diferentes planeamentos de âmbito municipal, local ou especial.

Não existe nenhum “plano 3-3-3” em qualquer diploma legal para fins de emergência, não existe o reconhecimento por parte de qualquer organismo público sobre a organização “macanudos.org”, nem existem quaisquer competências instaladas naquela pseudo organização que credibilizem o plano 3-3-3 como uma rede de comunicações de emergência onde se promove a “radioparolice” em detrimento dos procedimentos radiotelefónicos. Cada um crê no que entende, houve até quem defendesse que a Terra era plana, contudo toda a ignorância que sustenta o plano 3-3-3 é só por si grave devido ao facto de que pode ser lesiva de vítimas em perigo, fazendo-as crer numa “realidade” virtual.   É atenta a estes factos que a APROSOC continua a convidar os seus Associados que sejam adeptos da organização “macanudos.org” a apresentar a sua demissão nesta Associação, já que não é possível por um lado ser membro de uma organização de proteção civil e, por outro, ser simpatizante de uma organização que promove falsas redes de comunicações de emergência sem validação do conceito por qualquer especialista, técnico ou entidade credível. Será até mais fácil obter resposta no canal 34 LSB a um pedido de ajuda a qualquer hora, do que nos períodos indicados pelo plano 3-3-3, sendo que a ausência de procedimentos radiotelefónicos tanto se constata no canal 3 quanto no 34.

 

APROSOC ajuda a combater a ocupação errática do espectro radioelétrico

Nesta semana um elemento da APROSOC detetou num grande estabelecimento comercial de produtos asiáticos em Cascais, o uso indevido de radiotelefones de UHF a funcionar em frequência sujeita a licença, mas não licenciados para o efeito e a provocar interferências em utilizadores devidamente licenciados. Procedeu assim o membro da APROSOC à abordagem pedagógica do operador económico que após informado da infração e transtornos causados pelo uso da frequência em causa e da ilegalidade do uso dos equipamentos em causa, procedeu à suspensão do uso dos mesmos.

Compreendendo-se a necessidade do operador económico dispor de meios de radiocomunicações para continuar a responder à necessidade de radiocomunicação no espaço comercial que explora, foi recomendado que passasse a usar equipamentos da norma PMR446, ao que prontamente o operador económico aderiu e agradeceu o aconselhamento.

Não competindo à APROSOC a fiscalização radioelétrica, a todos os cidadãos e organização compete no âmbitos dos deveres de cidadania, contribuir para uma sociedade mais harmoniosa com as regras de boa coabitação do espaço radioelétrico, não se eximindo esta Associação desse dever cívico.

CÓDIGO Q – QSY QNY

•QSY – Devo mudar de frequência / canal? •QNY – Mude de frequência / canal  ou, mude para a frequência / canal _______ •

QSY é uma questão e QNY é uma resposta.

Nas comunicações de emergência tenha sempre presente que o seu interlocutor pode não dominar este ou outros códigos que você domine.

Por outro lado, o significado de cada código Q pode variar ligeiramente em função do serviço, por exemplo entre o serviço aeronáutico e o serviço marítimo, ou mesmo na génese deste código para uso em telegrafia (código Morse). Tenha sempre presente que se trata de uma adaptação para CB.

Bombeiros podem vir a ser responsabilizados por constrangimentos às comunicações provocados por rádios ilegais

Com os devido respeito que nos merecem todos os bombeiros…

A autoridade nacional de comunicações (ANACOM), a própria autoridade nacional de emergência e proteção civil (ANEPC), bem como a autoridade de segurança alimentar e económica (ASAE), que chegou a ser presidida pelo atual presidente da liga de bombeiros portugueses (LBP) (e que na qualidade de presidente da ASAE chegou a ordenar a apreensão de equipamentos de e radiocomunicações em inconformidade técnica destinados a bombeiros, os VERTEX VX160 versão EUA importados pela empresa CARTIL), tem feito vista grossa ao uso de rádios ilegais por bombeiros entre outros. Rádios estes que a própria ANACOM conhece o facto de gerarem radiações não essenciais e que, a comunidade técnica de radiocomunicações sabe que prejudica as próprias comunicações de bombeiros e outros serviços devido ao facto de quando emitem numa frequência, emitirem simultaneamente radiações não essenciais em muitas outras frequências.

Um acidente gerado ou potenciado por este tipo de equipamentos é face à massificação da sua distribuição uma inevitabilidade, bem como a respetiva responsabilização criminal daqueles que crêem início o uso de Taís equipamentos cuja sua certificação mesmo para o serviço de amador foi revogada em inúmeros países do mundo.

A importação só não foi proibida pelo facto dos radioamadores os poderem usar e modificar para fins de investigação tecnológica, estando está massificação de distribuição desta “pandemia” radioelétrica totalmente fora do controlo de fronteiras aduaneiras.

CBs clássicos e muito mais…

Os rádios CB (citizens band) (banda do cidadão) clássicos alimentam a nostalgia de muitos daqueles que se iniciaram na banda do cidadão nas décadas de 60 a 90, e fazem ainda as delícias de muitos dos mais novos entusiastas desta rede social que é a citizens band.

A APROSOC sempre reconheceu a utilidade dos rádios CB em emergências, bem como no combate ao isolamento e exclusão social e, durante a fase mais dura da pandemia COVID-19, o confinamento de 2020 a APROSOC intensificou os contactos via rádio CB, tanto em FM como no modo mais tradicional o AM, possibilitando assim ser mais inclusiva daqueles que somente dispõe de rádios clássicos.

Embora sejamos mais adeptos do FM (modulação de frequência) pela superior qualidade de áudio e compreensibilidade a maiores distâncias, para a comunicação a curtas distâncias o AM tem os seus encantos e possibilita também de certo modo reviver os bons velhos tempos da CB, motivo pelo qual sempre que uma estação nos contacta em AM (modulação de amplitude) e o contacto é possível nesse modo, não perdemos a oportunidade de comunicar no modo mais tradicional.

Os rádios clássicos sofrem mais o desgaste dos anos que os mais modernos, devido ao facto de os antigos utilizarem muitos condensadores eletrolíticos que secam com o tempo e carecem ser substituídos, ou outros componentes mais vulneráveis ao passar do tempo, como os medidores de agulha, entre outros, contudo, as autoridades continuam a aceitar o uso dos equipamentos antigos que não firam as regras do país em que operam, sendo por isso aceitável o uso de um rádio que esteve certificado em Portugal ainda que não cumpra as atuais regras da diretiva Europeia que recomenda a multinorma, sendo os aspetos mais relevantes para as autoridades os limites de radiações não essenciais, e estar dentro da potência e das frequências legalmente permitidas, numa base de não interferência noutros serviços.

Muitos de nós nascidos nos anos 40 a 70 e até após isso, tivemos como primeiro walkie-talkie um CB, na maioria dos casos apenas com o canal 14.

Por estes motivos é possível encontrar frequentemente elementos dos macanudos e macanudas da APROSOC em QSO (conversação) com equipamentos clássicos e muitas vezes em AM, em que alguns de nós saciamos a nostalgia de um passado do qual fomos tirados, mas que não saiu de nós.

Não esquecemos ainda que, outrora muitas vidas foram salvas através de comunicações por simples rádios CB de AM e, muitas outras continuam a ser salvas por rádios de AM em muitos países onde o FM não é permitido ou não é o modo predominante, tendo o CB tido e continua a ter um papel importante como alternativa de emergência quando falham as telecomunicações de acesso público.

Já quanto às bandas laterais (SSB – single side band) que muitos equipamentos clássicos e modernos possuem, possibilitam comunicações a maior distância, contudo é um modo menos inclusivo, porque exige equipamentos mais caros e a constante sintonia do clarificador de voz (clarifier) de estação para estação recebida, atendendo ao facto do oscilador de batimento sobre a frequência de entrada no recetor, ser muito crítico quanto à precisão e, os equipamentos CB de SSB não disporem de sistema de sintonia automática de clarifier. No caso de conversação com diversas estações CB no mesmo canal em SSB, muitas vezes requer que cada vez que um fala tenha de se sintonizar o clarifier, sendo claramente o AM ou o FM mais cómodo de operar que o USB (uper side band) ou LSB (lower side band) resultantes respetivamente da subdivisão superior ou inferior da SSB, por estes motivos somos acérrimos defensores do FM pela qualidade de áudio e alcance e, do AM por ser o mais inclusivo em Portugal e em muitos outros países.

Internamente o grupo de Macanudos e Macanudas da APROSOC testa frequentemente os limites e os encantos dos CB´s clássicos, também os que apenas têm AM e respondemos frequentemente a chamadas em canal 11 AM.

73/51

João Paulo Saraiva 
CB: “DUKE”

#macanudos #macanudas #cbradio #27mhz