Arquivo mensal: Junho 2023

Ser-se voluntário de proteção civil é estar-se sempre e cada vez mais preparado…

Ser-se voluntário de proteção civil é estar-se sempre e cada vez mais preparado, o que faz com que quando a nossa preparação é conhecida o dia possa começar com um “vizinho o meu carro ficou sem bateria, pode ajudar?”
E claro que ajudamos, é sempre mais uma oportunidade do voluntário cumprir pelo menos uma boa ação do dia a que se obriga, até porque são situações que podem acontecer em situação de acidente grave ou catástrofe e que podem ter graves consequências nessas situações (por exemplo em caso de necessidade de evacuação), pelo que importa estar sempre preparado para tanto quanto possível tanto para a autoajuda quanto para a ajuda de proximidade.

Diferenças entre PMR e PMR446

O PMR (profissional mobile radio) abrange as bandas dos 30 aos 54MHz, 66 a 88MHz, 146 a 174MHz, 408 a 430MHz ou 440 a 470 MHz, é sujeito a licença e opera nas frequências dela constantes, podendo ser atribuídas potências de emissão entre 1 a 25W consoante a área a abranger a definir em função das células geográficas contratadas com a ANACOM. Estes equipamentos consoante o projeto de rede aprovado, podem ser apenas portáteis de mão, ou mesmo incluir estações móveis instaladas em viaturas ou fixas instaladas em edifícios, podem contem antenas externas ou mesmo retransmissores para aumentar o alcance.

O PMR446 (Personal Mobile Radio 446 MHz) não é sujeito a licença, pode ser usado com equipamentos portáteis de mão com antena inamovível (que não desenrosca), com uma potência aparente radiada máxima de 0,5W. Dispõe de 16 canais usáveis em modo analógico ou digital (DMR446) com espaçamento a 12,5KHz, ou 32 canais em modo digital (dPMR446) com espaçamento 6,25KHz entre canais, não pode estar instalado com antena exterior em viaturas ou edifícios.

Comparativamente o PMR dará sempre mais alcance que o PMR446, pelo que, usar equipamentos PMR446 limitados a 0,5W em PMR não retira os benefícios de alcance que retira de um equipamento PMR que geralmente utiliza potências da ordem dos 5W nas estações portáteis ou móveis, ou mesmo até 25W em estações móveis ou fixas. Por outro lado, existem equipamentos PMR446 para fins lúdicos com menor potência de áudio e equipamentos PMR446 semiprofissionais mais robustos e com características mais próximas de um PMR, contudo sem a potência de emissão de um PMR.

Os equipamentos PMR446 são utilizados por um indeterminado número de utilizadores, ao paço que no PMR a ANACOM controla e gere o número de utilizadores, reduzindo assim no PMR a probabilidade de interferência que no PMR446 é impossível de gerir.

Por outro lado, o uso de equipamentos de radioamador (multifrequências programáveis) em PMR não é o mesmo que usar um genuíno PMR, pelo facto de que o PMR possuiu características dedicadas que oferecem geralmente maior qualidade nas comunicações ainda que em baixa potência por opção esteja a operar, por exemplo em comunicações locais em que por exemplo os operadores não desejem ser escutados mais longe.

Mas importa ainda comparar o PMR com a CB (citizens band).
A CB é uma banda atualmente de uso livre em muitos países e as suas comunicações alcançam por vezes distâncias muito consideráveis até entre placas continentais do globo, situação esporádica muito aprazível, mas que causa muitos constrangimentos, nomeadamente o ruido de banda resultante do facto de em simultâneo em todo o mundo existirem muitos milhões de utilizadores, a que se somam os ruídos gerados por inúmeros sistemas não controlados. A CB não tem direito de proteção contra interferências, tal como o PMR446, ao invés do PMR em que caso existam interferências a autoridade administrativa de comunicações, no caso a ANACOM, está obrigada a localizar e fazer sessar a interferência, sendo esta uma das contrapartidas pelo pagamento de uma licença.

As licenças de PMR não são ilimitadas, pelo contrário elas limitam o número de utilizadores de modo que exista qualidade na usabilidade das frequências atribuídas, existem, contudo, diversos escalões de utilizadores dai resultando também diferentes custos de licença, existindo, portanto, teoricamente falando, uma relação entre custo benefício.

Com o fim da licença individual de equipamentos PMR, e obrigatoriedade somente de licença de rede, deixa de haver o rigor com o número de equipamentos de cada rede. Por exemplo, no escalão até 10 equipamento não implica que o detentor da licença não tenha mais equipamentos, por exemplo de reserva para a eventualidade de alguns avariarem ou, haver uma gestão seletiva dos utilizadores, tendo contudo o gestor de rede que garantir que a cada momento não estão mais equipamentos em operação do que os que constam na licença de rede, o que não implica que não existam mais equipamentos apenas em escuta, mas sim que o número de equipamentos que vão emitir não excede o escalão, de modo a não prejudicar outros utilizadores da frequência que no caso dos escalões limitados pode ser partilhada, podendo o detentor da rede licenciar uma rede ilimitada em termos de numero de equipamentos, mas também por isso com um custo superior.

No caso dos membros da APROSOC que somente dispõe de equipamentos PMR446 em áreas geográficas abrangidas por licenças PMR, não usufruem dos benefícios de maior alcance consolidado pela maior potência, bem como características de áudio e qualidades intrínsecas dos equipamentos PMR. Por outro lado, os membros da APROSOC que não dispõe e por isso não usam equipamentos PMR, não usufruem do facto da APROSOC pagar anualmente os custos de licença à ANACOM, utilizando muitas vezes equipamentos de uso livre de licença, quando têm o direito a usufruir de algo de fiabilidade superior.

Resgate animal

Temos dias que nos proporcionam várias boas ações.
Esta manhã detetámos junto à sede uma ave de tenra idade caída do ninho e, prontamente efetuámos um ninho improvisado e colocado a meia altura de uma árvore, para que a sua progenitora o recolhesse.

Ajuda de proximidade – Carnaxide 

Missão – Abertura de porta

Este dia de 28-06-2023 começou de uma forma diferente pois, cerca das 8:40 da manhã a campainha da Associação tocou e, do outro lado uma vizinha muito aflita que tinha saído à pressa para passear o cão porque tinha uma reunião de trabalho em seguida, deixou a chave e telemóvel em casa e lembrou-se de recorrer a nós. Prontamente os Associados 7 e 1, munidos de uma escada extensível e com acesso a uma janela entreaberta do segundo andar em que reside a referida vizinha, procederam à abertura de porta, possibilitando assim neste gesto de ajuda de boa vizinhança que a referida senhora regressasse à normalidade do seu dia e pudesse cumprir os seus compromissos.

Recorde-se que, os Voluntários de Proteção Civil da APROSOC se obrigam no seu decálogo à pratica de pelo menos uma boa ação diária, seja para com pessoas, animais ou ambiente, hoje estes dois voluntários fizeram-no de uma forma diferente.

APROSOC ON THE AIR

O Exercício Matinal Domingueiro de Radiocomunicações Cidadãs da APROSOC (EMDoRCA), que batizamos de APROSOC ON THE AIR (também ativo durante a semana em função da disponibilidade aleatória), objetiva a validação do Plano APROSOC de Comunicações de Emergência, tanto na vertente do contacto entre Associados da APROSOC entre si ou com outros utilizadores destes meios de comunicação nas imediações ou, na ponte entre cidadãos a necessitar de auxilio e os serviços de emergência e proteção civil mas, tem ainda implícito um outro objetivo que assumimos como primário, o de incentivar à validação dos Planos Familiares de Radiocomunicações de Emergência (PFRE) e/ou Planos Comunitários de Radiocomunicações de Emergência (PCRE). Consideramos tão ou mais importante do que comunicar com amigos, conhecidos e desconhecidos, o rotinar das radiocomunicações familiares, baseada nos mesmos princípios de correção procedimental técnica e elevada proficiência operativa.

Independente do número de estações contactadas, o APROSOC ON THE AIR pretende validar pontos de comunicação, não tanto com estações desconhecidas, mas essencialmente com estações de radiocomunicações fixas em casa, móveis instaladas em viaturas, e portáteis de mão, de familiares em primeira linha e, de amigos e conhecidos em segunda linha, em que se insere a comunicação entre Associados da APROSOC (conhecidos e amigos, portanto), sem prejuízo da comunicação com outros.

Os objetivos "major" do APROSOC ON THE AIR não se cumprem com contactos a longa distância e/ou com desconhecidos, sem prejuízo do quão aprazível tal seja e por isso válido, contudo, desconhecidos e distantes não são quem em situação de acidente grave ou catástrofe tem maior probabilidade de nos ajudar ou salvar, mas sim quem está mais perto e disponível para a ajuda de proximidade. O APROSOC ON THE AIR distingue-se assim pelos seus objetivos ímpares.

Se por um lado existe na APROSOC um Plano de Comunicações (PLACOM), com frequências e canais de referência, tal não invalida que cada família tenha o seu PFRE ou grupo de amigos tenha o seu PCRE, com canais e frequências por si escolhidos e eventualmente até com alguma confidencialidade e, a participação no APROSOC ON THE AIR não deve em circunstância alguma prejudicar a validação do PFRE/PCRE, pelo contrário deve possibilitar exercitar e validar diferentes pontos estratégicos de comunicação, bem como trajetos quotidianos nas imediações, seja para compras locais, seja mesmo no trajeto para o trabalho, escolas, centros de saúde, hospitais e outros locais regulares ou de reserva estratégica excecional. 

O PLACOM constitui assim um instrumento operacional dos voluntários de proteção civil da APROSOC, mas acima de tudo um plano de incentivo às iniciativas locais de cada Associado no plano familiar e dos contactos locais. 

Com fins de comunicação a longa distância ou de mera diversão existem inúmeros outros programas de inúmeras outras organizações, alguns dos quais de elevadíssima qualidade no cumprimento desses objetivos, mas com estes objetivos o programa da APROSOC continua a ser ímpar em Portugal e uma raridade no mundo, o que não o torna nem melhor nem pior, mas tão somente diferente e genuíno.

Por isso, sem qualquer intenção de desprimor por quaisquer outras organizações, grupos ou programas, não se deve comparar a atividade da APROSOC com a de quaisquer outras organizações formais ou informais, pelo simples facto de que nenhuma outra tem os mesmos fins estatutários da APROSOC, nem a APROSOC tem os mesmos objetivos estatutários de qualquer outra organização.

A operacionalização e materialização deste plano não depende da Associação, mas sim da boa vontade e da determinação de cada uma e cada um dos Associados da APROSOC. As linhas orientadoras são conhecidas, a atividade está na mão de cada uma e cada um daqueles que compõem e por isso são parte integrante desta Associação, porque uma Associação são pessoas, o resto apenas serve para que as pessoas façam acontecer.

Embora este treino não exclua a comunicação com quaisquer outras estações de radiocomunicações em CB27, PMR446 ou Rádio Amador, deve nortear-se pelos mais elevados padrões de proficuidade na comunicação, tendo em conta a correção dos procedimentos e a eficiência no uso do tempo de transmissão que deve ser o mais curto possível, sem esquecer a necessidade de espaços tendencialmente mínimos de 3 segundos entre transmissões contínuas.

 

 

Um indicativo rádio não é uma frase

Os indicativos rádio pretendem de forma breve identificar uma estação de rádio, seja ela de radiodifusão ou de radiocomunicações.

Ao longo dos anos desenvolveram-se indicativos rádio e nomes de estação de modo a economizar tempo, especialmente precioso em comunicações de emergência. Por exemplo, uma coisa é usar um indicativo do tipo “Delta 11 01” outra coisa é usar como indicativo “Corpo de Bombeiros da Associação Humanitária de Vila Nova de Foz Coa”, o mesmo se passando por exemplo com os novos indicativos da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em que, como se de indicativos para o público se tratassem, não usam indicativos mas sim a denominação completa, como por exemplo “Comando Sub-Regional da Grande Lisboa”, denotando assim quem tomou tais decisões de faltou às aulas de radiocomunicações, o que não será de espantar uma vez que alguns dos seus quadros se licenciaram com 40% e mais equivalências, além do saber faltou-lhes a originalidade, estranhando-se que, com tanta gente competente para o efeito naquela instituição, fosse logo alguém que faltou às aulas a tomar tal decisão. No mínimo tal situação envergonha a instituição, ou melhor, envergonharia se houvesse ao menos consciência da situação, pois passou-se de um acrónimo de 4 letras (CDOS), para uma frase que nunca mais acaba para se dar início à mensagem e, o acrónimo para a denominação atual nem sequer é foneticamente pronunciável de modo a poder ser utilizado como indicativo rádio.
Um dia destes, quando o INEM passar para a tutela da ANEPC, ainda vamos ouvir indicativos rádio do tipo “electroestetofonedoscópio 1” atinente ao médico da viatura médica, enfim, idiossincrasias.

Imaginem:

–         Comando Sub-Regional do Alto Minho, em Viana do Castelo;

–         Comando Sub-Regional do Alto Tâmega e Barroso, em Chaves;

–         Comando Sub-Regional da Área Metropolitana do Porto, no Porto;

–         Comando Sub-Regional do Ave, em Fafe;

–         Comando Sub-Regional do Cávado, em Braga;

–         Comando Sub-Regional do Douro, em Vila Real;

–         Comando Sub-Regional do Tâmega e Sousa, em Baião;

–         Comando Sub-Regional das Terras de Trás-os-Montes, em Bragança;

–         Comando Sub-Regional da Beira Baixa, em Castelo Branco;

–         Comando Sub-Regional das Beiras e Serra da Estrela, na Guarda;

–         Comando Sub-Regional da Região de Aveiro, em Aveiro;

–         Comando Sub-Regional da Região de Coimbra, em Coimbra;

–         Comando Sub-Regional da Região de Leiria, em Leiria;

–         Comando Sub-Regional de Viseu Dão Lafões, em Viseu;

–         Comando Sub-Regional da Grande Lisboa, em Lisboa;

–         Comando Sub-Regional da Península de Setúbal, em Palmela;

–         Comando Sub-Regional da Lezíria do Tejo, em Almeirim;

–         Comando Sub-Regional do Médio Tejo, em Vila Nova da Barquinha;

–         Comando Sub-Regional do Oeste, nas Caldas da Rainha;

–         Comando Sub-Regional do Alentejo Central, em Évora;

–         Comando Sub-Regional do Alentejo Litoral, em Grândola;

–         Comando Sub-Regional do Alto Alentejo, em Portalegre;

–         Comando Sub-Regional do Baixo Alentejo, em Beja;

–         Comando Sub-Regional do Algarve, em Loulé.

Principais Centrais dos Serviços de Emergência não resistem a um sismo como o de 1755

Muito se tem falado de escolas e de hospitais, mas muitas das vítimas vão ligar 112 e provavelmente não vão obter resposta, isto porque, ainda que eventualmente as linhas telefónicas não tivessem colapsado (algo pouco provável) os edifícios onde estão instalados por exemplo em os Centros de Orientação de Doentes (CODU), centrais de emergência do Instituto Nacional de Emergência Médica, não possuem na construção desses edifícios o sistema de isolamento de base que possibilita evitar o colapso desses edifícios. Provavelmente a avaliação de risco sísmico desses edifícios e outros que albergam as forças de segurança e outros serviços de emergência nunca foi equacionado.

Assim sendo, se por um lado as telecomunicações e as radiocomunicações são vulneráveis, as vias de comunicação rodoviária indispensáveis ao socorro e até mesmo os edifícios dos serviços de emergência não foram na maioria dos casos concebidos para resistir a sismos de forte magnitude.

TREINO DA REDE RAIO VAI TER INCREMENTO TECNOLÓGICO

Sabemos que a internet é falível e ainda recentemente tivemos disso uma mostra, mas ainda assim, possibilita-nos quando funciona, tirar partido dela para o treino de radiocomunicações da rede RAIO da APROSOC.

Brevemente os nossos Associados em locais mais isolados do país, terão oportunidade de treinar a rádio operação com um simples smartphone na mão interagindo com os colegas que estão a praticar com outros rádios da rede privativa noutras zonas do país.

Estamos a preparar alguns módulos de interface de ligação dos rádios aos smartphones que possibilitarão a ligação à App Zello e assim o aumento da participação no treino a nível nacional ou mesmo internacional.

Em função da capacidade financeira da Associação, procuraremos ampliar o mais possível esta iniciativa.

Juntas de Freguesia de Lisboa com Unidades Locais de Proteção Civil ao Abandono

Com exceção da Freguesia de Santo António, as demais Unidades Locais de Proteção Civil sofrem de falta de investimento e algumas delas como o caso de Campolide, estão completamente ao abandono e sem qualquer interesse por parte dos respetivos presidentes de Junta ou mesmo dos eleitos pelos diferentes grupos políticos para as Assembleias de Freguesia.

Regulamentos de Unidade Local de Proteção Civil obsoletos, Planos Locais de Emergência desatualizados ou mesmo inexistentes, ausência de políticas de incentivo ao voluntariado de proteção civil, ausência de iniciativas para o envolvimento dos fregueses na atividade de proteção civil e, ausência de tudo quanto está preconizado nas competências e atribuições daquelas unidades, são alguns dos fatores que se colocam nos mais baixos padrões de boas práticas de proteção civil local.

Como é sabido o nível local é a base, o nível mais importante sem o qual nenhum sistema por mais coluna dorsal que tenha sem pés dificilmente se manterá em pé e capaz de ser profícuo.

Por mais competentes e equipados que estejam os Bombeiros da Cidade, nunca serão suficientes para responder atempadamente a todas as ocorrências face a situações de acidente grave ou catástrofe e, nunca terão a necessária disponibilidade para a sensibilização, educação e preparação dos cidadãos para prevenir, mitigar, intervir na ajuda de proximidade e recuperar. Sem o envolvimento dos cidadãos o sistema local de proteção civil terá sempre mais pessoas do lado do problema do que operacionais do lado da solução.

A falta de visão política estratégica local sobre proteção civil é infelizmente uma evidência quase transversal à classe política, sendo este um fator determinante para a perda de vidas e bens que elevam facilmente o nível da ocorrência a acidente grave ou catástrofe resultante dessa ausência de convergência de esforços repartidos entre autarquias locais e cidadãos.

Não basta que se dote uma cidade de um sistema de aviso de tsunami, se a população não está sensibilizada para reagir adequadamente e não existem voluntários de proteção civil a sensibilizar continuamente e a exercitar regularmente.

Não basta que se distribuam coletes de voluntário e não se dotem esses voluntários de formação e equipamentos de primeiro socorro para assegurar o pré socorro em situações onde os meios de socorro tardem a chegar como tantas vezes ocorre.

Não basta que se integrem voluntários e se lhes ministre formação para atuar com base na comunicação através de plataformas dependentes de internet, se depois essas plataformas ou mesmo a internet falha e não tenham meios alternativos de radiocomunicação.

As Unidades Locais de Proteção Civil da cidade de Lisboa, são salvo raras exceções, o parente pobre das juntas de freguesia, em muitos casos são mesmo o mendigo sem abrigo, porque não têm instalações próprias e passam a vida a mendigar à junta algum investimento.

Sem condições dignas não se promove o voluntariado de proteção civil das Unidades Locais de Proteção Civil, vistas e usadas por muitos autarcas como instrumento de fachada eleitoralista, mas totalmente esvaziadas de competências e recursos.

Importa olhar para a proteção civil como uma prioridade na segurança coletiva dos cidadãos, algo que nas Juntas de Freguesia de Lisboa raramente acontece e, quando acontece, resume-se a programas limitados face ao estado atual da arte e das exigências contemporâneas face às ameaças naturais ou antropogénicas.

Importa talvez dizer que, esta é a realidade de Lisboa, existindo noutros concelhos melhores exemplos, mas também existindo na maioria dos concelhos piores exemplos.

Porque não usamos bandas laterais em CB nos treinos ao domingo de manhã?

A atividade na banda do cidadão está maioritariamente centrada em bandas laterais tanto nos 40 canais legais, quanto em canais ilegais, fazendo isto com que se torne poupo atrativa e desmotivadora para quem tem rádios CB (citizens band) apenas com AM/FM. Há quem passe dias a fio sem conseguir estabelecer um contacto em AM ou FM com exceção dos canais ocupados por profissionais dos transportes com as suas comunicações sui generis e pouco atrativas ou mesmo dissuasoras. Existem inúmeros canais com atividade em bandas laterais, geralmente ocupados por pessoas menos sensíveis às comunicações em AM/FM, embora como em tudo existem exceções. Pretendemos por isso que o treino de domingo seja a oportunidade de quem se inicia no CB, ou quem regressa e tem somente AM/FM saiba que tem oportunidade de ao domingo de manhã entre as 10:30 e as 11:30 estabelecer contacto com outras estações, fazer novas amizades, praticar procedimentos radiotelefónicos corretos e universais, sem se sentir instado a adquirir um rádio com bandas laterais (que pode nem ter condição económica para o adquirir) para comunicar com outros utilizadores da banda do cidadão.

Se fosse para operar em bandas laterais não se justificava esta nossa atividade domingueira, pois para isso basta selecionar outros canais e o que não falta por lá são pessoas com quem comunicar, geralmente privilegiando os contactos a longa distância, outro fator diferenciador da APROSOC que valoriza essencialmente a comunicação local.

Por outro lado, não somos adeptos de potências ilegais nem começamos a atividade a ligar o sintonizador automático do equipamento de radioamador para operar em CB, somos uma espécie de defensores dos legais e protetores dos mais fracos (no que concerne à potência de emissão), pois fazer contactos com grandes potências de emissão é fácil, difícil é com potências legais.

Neste contexto tudo se resume a opções, a opção de participar nas atividades incomuns porquanto objetivas da APROSOC, ou a participação em outras atividades mais comuns, facto indelével de que muito nos orgulhamos.