As instalações do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) passaram a ser Pet Friendly, contudo, no estrito cumprimento da sua missão, aquele instituto tem diariamente inúmeros meios de emergência médica inoperacionais pelo simples facto de que o seu quadro de pessoal há muito deixou de ser suficiente para os operacionalizar, o que faz com que todos os dias alguém espere ou morra à espera de uma ambulância que não chega ou que tem tempos de resposta mais comuns em países de terceiro mundo, desrespeitando os standards europeus.
Acresce que, na nova “Lei Orgânica do INEM”, aquele instituto deixou de ter meios operacionais, pelo que não se compreende porque é o INEM detentor de meios que não consegue operacionalizar e, não transitam estes para o Ministério da Administração Interna, de modo a serem operacionalizados e assim servirem o interesse público.
Este centro de interesses instalados, de todos conhecido como INEM, é em nossa convicção uma falácia, alegando taxas de satisfação de 99% porque aqueles que morrem não preenchem inquéritos de satisfação.
Para a APROSOC – Associação de Proteção Civil, importa alterar o modelo de Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), importa que as empresas de ambulâncias privadas ou do sector social sejam chamadas a complementar a capacidade de resposta e, até mesmo se necessário em caso de catástrofe, as ambulâncias das forças de segurança e forças armadas, o que não se verificou por exemplo na catástrofe de Pedrógão Grande.
Importa ainda apurar a taxa de responsabilidade do atual modelo da morbilidade e mortalidade, porque ela em nossa convicção existe e é responsável por inúmeros casos. Este modelo de SIEM há muito se esgotou, contudo, a tutela continua a ignorar este facto.
Importa ainda referir que, o sistema de telecomunicações e informático do INEM falha reiteradamente e, embora como redundância se recorra a receber chamadas por telemóvel e fazer registos em papel, esta situação é insustentável e, em caso de catástrofe será responsável por um significativo aumento do número de vítimas sem resposta aos pedidos de socorro pré-hospitalar, aumentando a dimensão da catástrofe.
O melhor que poderia acontecer ao INEM seria talvez a transferência dos meios operacionais para a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e seus parceiros que, não sendo a solução perfeita, seria contudo a solução minimizadora do quão lesiva a atual situação é ao interesse público.