Arquivo mensal: Abril 2024

INEM Pet Friendly mas sem recursos para socorrer

As instalações do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) passaram a ser Pet Friendly, contudo, no estrito cumprimento da sua missão, aquele instituto tem diariamente inúmeros meios de emergência médica inoperacionais pelo simples facto de que o seu quadro de pessoal há muito deixou de ser suficiente para os operacionalizar, o que faz com que todos os dias alguém espere ou morra à espera de uma ambulância que não chega ou que tem tempos de resposta mais comuns em países de terceiro mundo, desrespeitando os standards europeus.

Acresce que, na nova “Lei Orgânica do INEM”, aquele instituto deixou de ter meios operacionais, pelo que não se compreende porque é o INEM detentor de meios que não consegue operacionalizar e, não transitam estes para o Ministério da Administração Interna, de modo a serem operacionalizados e assim servirem o interesse público.

Este centro de interesses instalados, de todos conhecido como INEM, é em nossa convicção uma falácia, alegando taxas de satisfação de 99% porque aqueles que morrem não preenchem inquéritos de satisfação.

Para a APROSOC – Associação de Proteção Civil, importa alterar o modelo de Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), importa que as empresas de ambulâncias privadas ou do sector social sejam chamadas a complementar a capacidade de resposta e, até mesmo se necessário em caso de catástrofe, as ambulâncias das forças de segurança e forças armadas, o que não se verificou por exemplo na catástrofe de Pedrógão Grande.

Importa ainda apurar a taxa de responsabilidade do atual modelo da morbilidade e mortalidade, porque ela em nossa convicção existe e é responsável por inúmeros casos. Este modelo de SIEM há muito se esgotou, contudo, a tutela continua a ignorar este facto.

Importa ainda referir que, o sistema de telecomunicações e informático do INEM falha reiteradamente e, embora como redundância se recorra a receber chamadas por telemóvel e fazer registos em papel, esta situação é insustentável e, em caso de catástrofe será responsável por um significativo aumento do número de vítimas sem resposta aos pedidos de socorro pré-hospitalar, aumentando a dimensão da catástrofe.

O melhor que poderia acontecer ao INEM seria talvez a transferência dos meios operacionais para a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e seus parceiros que, não sendo a solução perfeita, seria contudo a solução minimizadora do quão lesiva a atual situação é ao interesse público.

EXERCÍCIO DE PROTEÇÃO CIVIL – TSUNAMI CAXIAS – OEIRAS 2024

EXERCÍCIO, EXERCÍCIO, EXERCÍCIO!

Circunstância

Vamos aproveitar o facto de o Município de Oeiras ter finalmente dado ouvidos à APROSOC sobre o risco de tsunami ao fim de duas décadas de alertas e reivindicações em Assembleia Municipais e não só, para de forma autónoma, complementar e convergente, mas não interferente, exercitar naquele que é o primeiro exercício sobre este tema na história do concelho de Oeiras.

Na sequência da última réplica de sismo de 7.1 na escala de Richter que abalou a região de Lisboa e Vale do Tejo em 211007ABR24 e afetou significativamente as telecomunicações de acesso público, acaba de ser emitido um aviso de Tsunami que deverá chegar à costa de Lisboa em 211030ABR24 (+- ~10min.), sendo previsíveis efeitos devastadores entre Troia e Ericeira, estando os serviços de emergência a mobilizar-se para a evacuação de praias e demais zonas de risco.

Ação a desenvolver

Cumpre aos operacionais da APROSOC no âmbito das suas valências, assegurar a cobertura de radiocomunicações num sector da orla costeira da área potencialmente afetada compreendido entre Paço de Arcos e Algés, sendo solicitado que façamos o aviso rádio PMR446 e CB a todos os cidadãos que estiverem nessa área e, retransmitamos os constrangimentos detetados ao SMPC de Oeiras.

Empenhamento de meios

Para o cumprimento da missão torna-se necessário fazer chegar um colega ou equipa ao estacionamento do reduto sul do estabelecimento prisional de Caxias e/ou, em alternativa ao lado este do reservatório de água em Leceia, de modo a assegurar a cobertura da área pretendida, sendo ainda necessário fazer chegar um colega ou equipa, o mais próximo possível do SMPC de Oeiras em Carnaxide, que fará se necessário a ponte com aquele serviço.

Canais rádio a empenhar

  • PMR446 canal 9 (446.10625MHz) CTCSS 1 (67.0Hz)
  • CB canal 9 FM (27.065MHz)
  • HAM VHF 145.3875MHz

Objetivos do exercício

  • Testar a disponibilidade dos operacionais para exercícios;
  • Exercitar comunicações de emergência cumprindo procedimentos radiotelefónicos sem esquecer a expressão de serviço “EXERCÍCIO, EXERCÍCIO, EXERCÍCIO”, no início e fim de cada transmissão para evitar gerar alarme social;
  • Exercitar Aviso de Evacuação.

Constrangimentos

Ao domingo de manhã temos o habitual treino de radiocomunicações neste período horário, sendo possível que surjam colegas que não tenham conhecimento do exercício e que por isso procurem fazer teste de cobertura ou exercitar a comunicação noutros contextos, importa por isso não perder o foco no exercício entre as 10H00 e as 10H30.