Arquivo mensal: Setembro 2023
FALECIMENTO DA ASSOCIADA 39 – HELENA RIBEIRO
Estimados Associados
É com enorme consternação que vos comunico o falecimento da nossa Associada nº 39 – HELENA SOFIA AFONSO RIBEIRO.
Nos últimos três anos a Sofia como a tratamos, afastou-se de quase tudo e todos na sequência da sua doença prolongada e, muito foi sentida a sua falta, que agora se torna eterna de corpo, mas que nunca deixará de estar presente nas nossas mentes pela enorme companheira e camarada que foi, assim será recordada pelos momentos que com ela vivemos no incêndio de 2017 em Pedrógão Grande, e nas inúmeras saídas de assistência à comunidade sem abrigo de Lisboa onde se destacava pela excelente capacidade de comunicar e ser empática com todos aqueles que assistimos.
Quero por tudo o que a Sofia representou para os que na APROSOC se cruzaram com ela, e em meu nome pessoal, endereçar aos familiares e amigos enlutados pela morte da Sofia, as mais sentidas condolências.
As cerimónias fúnebres da nossa camarada Sofia, terão lugar amanhã, sexta-feira, pelas 17h na Igreja Paroquial de Paço de Arcos e, no sábado pelas 12h no cemitério de Rio de Mouro.
João Paulo Saraiva
Presidente da Direção
https://www.tsf.pt/sociedade/sms-ajudam-sem-abrigo-com-telemovel-5735673.html
Morte por calor dentro de veículo fechado
A mente humana é passível de lapsos fatais, pelo que, é importante que, seja no caso de um bebé, ou qualquer outro ser vivo, os cidadãos se unam para salvar vidas, no caso, prestando atenção ao interior dos automóveis onde pode estar alguém a agonizar com calor extremo, ou mesmo a sofrer uma doença súbita.
Juntos, se nos mobilizarmos, podemos salvar vidas.
PLATAFORMA NACIONAL PARA A REDUÇÃO DO RISCO DE CATÁSTROFES (PNRRC) ADOTOU NA INTEGRA A FILOSOFIA QUE A APROSOC VEM ADVOGANDO
Na página da PNRRC pode ler-se um texto que, embora pareça retirado da página da APROSOC e dos muitos artigos de opinião que nela se têm produzido nesta Associação e em todas as outras que a antecederam e contribuíram para que esta sucessão e culminar de projetos associativos de proteção civil. O artigo tem ainda assim alguma originalidade e, reflete de facto uma preocupação que para a APROSOC é desde sempre central mas que, para as estruturas governamentais comprometidas com uma industria de resposta, tem dificuldade em colocar em prática.
Assim, numa publicação da PNRRC, pode ler-se o seguinte em https://www.pnrrc.pt/index.php/990-2/:
“Informação sobre Riscos
De acordo com a Lei de Bases da Proteção Civil, os Cidadãos assumem-se, simultaneamente, protagonistas e agentes de proteção civil no direito à informação sobre os riscos que correm no seu dia-a-dia e na adoção de medidas preventivas e comportamentos de autoproteção em situação de emergência.
É preciso relembrar o papel fundamental que um cidadão bem preparado desempenha numa emergência, já que os serviços de proteção e socorro nunca serão suficientemente lestos a prestar os cuidados necessários.
Nestas circunstâncias, cabe ao cidadão a importante missão de proteger a sua vida e a dos seus próximos – família, vizinhos e comunidade – socorrer quem necessite e de acordo com procedimentos antecipadamente treinados e apreendidos, informar a sua comunidade e as autoridades – mantendo-se ao mesmo tempo informado – e colaborar ativamente com as autoridades e agentes de proteção civil.
O objetivo principal de qualquer campanha de sensibilização na área da proteção civil deverá ter como principal objetivo induzir alterações comportamentais na população, de modo a que esta esteja informada de quais os procedimentos a tomar para determinados riscos.
As populações poderão dar um contributo ao nível de ações de consciencialização e de planeamento para a prevenção do risco e para o ordenamento do território, uma vez que a perceção que estas têm do mundo e dos seus problemas é diferente da perceção dos profissionais envolvidos nessas tarefas. Por em prática a participação pública é atualmente imperioso e obrigatório, para que todas as partes envolvidas no processo o concretizem da melhor forma.”
Salientamos ainda o facto de, a subcomissão desta plataforma ser composta pelas seguintes entidades:
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- Agência Portuguesa do Ambiente
- Alto Comissariado para as Migrações
- Associação Insular de Geografia
- Associação Nacional de Municípios Portugueses
- Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais
- Associação Portuguesa de Seguradores
- Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil
- Caixa Geral de Depósitos
- Câmara Municipal da Amadora
- Câmara Municipal de Cascais
- Câmara Municipal do Funchal
- Câmara Municipal de Lisboa
- Câmara Municipal de Setúbal
- Câmara Municipal de Torres Vedras
- Câmara Municipal de Odivelas
- Centro de Estudos Sociais – Universidade de Coimbra
- Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género
- Direção-Geral do Património Cultural
- Direção-Geral da Autoridade Marítima
- Direção-Geral das Atividades Económicas
- Direção-Geral de Estabelecimentos Escolares
- Direção-Geral da Saúde
- Direção-Geral do Território
- EDP – Energias de Portugal
- EPAL
- E-REDES
- Estado-Maior General das Forças Armadas
- Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
- Galp Energia
- Guarda Nacional Republicana
- Infraestruturas de Portugal
- Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas
- Instituto Nacional de Emergência Médica
- Instituto Nacional para a Reabilitação
- Instituto Português do Mar e Atmosfera
- Instituto Superior Técnico
- Liga dos Bombeiros Portugueses
- NOS
- Ordem dos Arquitetos
- Ordem dos Engenheiros
- Ordem Engenheiros Técnicos
- Polícia de Segurança Pública
- Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira
- Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores
- Sistema de Segurança Interna
- SONAE
Não podemos deixar de lamentar, o facto de tão pouco estar a ser feito para colmatar as necessidades elencadas.
A ATIVIDADE DE PROTEÇÃO CIVIL DOS CIDADÃOS É A AUTOPROTEÇÃO CIVIL
Na Lei de Bases de Proteção Civil, “A proteção civil é a atividade desenvolvida pelos cidadãos e por todas as entidades públicas e privadas com a finalidade de prevenir riscos coletivos inerentes a situações de acidente grave ou catástrofe, de atenuar os seus efeitos e proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo quando aquelas situações ocorram.”, mas na realidade a administração central do Estado chama a si a proteção civil apesar das suas incapacidades de a garantir aos cidadãos.
Quando os acidentes graves ou catástrofes ocorrem, os serviços de emergência médica, bombeiros e forças de segurança, estão na segunda linha de reação logo após os comuns cidadãos. No entanto, frequentemente a capacidade de resposta esgota-se face ao número de vítimas, ficando muitas delas à mercê da própria sorte, podendo acabar por ser vítimas da própria impreparação e, muitas delas não serem socorridas e salvas, é ai que entre a AUTOPROTEÇÃO CIVIL, a proteção resultante da preparação de cada cidadão.
Sismos, tsunamis, tempestades, pandemias, terrorismo, inundações, cheias, grandes incêndios, acidentes siderais, acidentes antrópicos, … Estes acidentes graves ou catástrofes podem ocorrer sem aviso prévio e por isso apanharmo-nos desprevenidos, afetando uma pequena comunidade, uma região ou mesmo a totalidade do território nacional ou mais ainda.
As suas consequências são frequentemente devastadoras, deixando um rasto de destruição e morte ou, pessoas ou mesmo famílias inteiras com a vida irremediavelmente destruída pela perda dos seus bens, fontes de rendimento e teto.
As previsões anunciam que os desastres vão ser cada vez mais frequentes e os seus efeitos mais intensos, também por força das alterações climáticas e aumento das vulnerabilidades das populações devidas a fatores demográficos, culturais e sociais.
Face a estas evidências, temos apostado em atividades conducentes à prevenção e preparação dos cidadãos para emergências, acidentes graves ou catástrofes (a AUTOPROTEÇÃO CIVIL), no sentido de tanto quanto possível mitigar os efeitos funestos dessas situações através de uma ação rápida e eficaz dos cidadãos que constituem a primeira resposta às emergências, mesmo antes de qualquer ação dos serviços de emergência e proteção civil e que, precisamente por isso importa preparar para prevenir, mitigar, alertar, socorrer e recuperar.
Por exemplo, na falha de telecomunicações de acesso público, os vulgos “walkie-talkies”, possibilitam a coordenação local de resposta informal às emergências, sendo um dos meios de eleição para este efeito, contudo, é importante ter consciência de que nem todos os equipamentos são compatíveis, dai decorrendo constrangimentos. Procuramos manter-nos permanentemente em contacto comunitário local reforçando assim a sensação e, efetiva segurança, fazemo-lo através de equipamentos da Banda do Cidadão (CB- Citizens Band), PMR446, Rádio Amadores, e essencialmente Redes Privativas locais dedicadas.
PERIGO: RAIOS ATMOSFÉRICOS
Embora sejam acontecimentos raros, os raios atmosféricos provocam ferimentos em pessoas e animais, podendo mesmo provocar a morte. Com aviso de trovoada, mantenha-se preferencialmente sob teto coberto, afastado de fios elétricos e torneiras de água. Se estiver dentro de um automóvel evite o contacto com partes metálicas e mantenha os vidros totalmente fechados.
Na rua, mantenha-se afastado de árvores e estruturas metálicas e preferencialmente sob teto coberto.
AJUDA DE PROXIMIDADE EM CASO DE SISMO
Nas primeiras horas após um sismo destruidor, os cidadãos contam apenas com a ajuda de proximidade, os serviços de emergência também sofrem e demoram a reorganizar-se. Quanto mais preparados os vizinhos estiverem para a prevenção e mitigação de riscos nas habitações, bem como nos locais de trabalho e, especial atenção à segurança dos locais por onde passam, maior a probabilidade de escaparem ilesos e poderem ajudar outros tornando-se parte da solução popular ao invés de parte do problema sistémico.
Conhecer os seus vizinhos e as suas vulnerabilidades e recursos pode revelar-se um fator de grande ajuda também nestas situações no âmbito da AUTOPROTEÇÃO CIVIL.
#sismo @sismo
Comunicações em caso de Sismo
Em caso de sismo as telecomunicações são quase sempre afetadas, quer por interrupção das linhas telefónicas ou de energia elétrica, quer devido à queda de infraestruturas de telecomunicações ou à sobrelotação dos canais de telecomunicação.
A alternativa que possibilita continuar a comunicar em proximidade e organizar a primeira resposta dos cidadãos são as radiocomunicações locais, através de vulgos walkie-talkies.
#sismo
@sismo
SISMO SENTIDO EM PORTUGAL
Ontem parte do país voltou a sentir um abalo sísmico, de baixa intensidade, felizmente, mas o suficiente para fazer algumas pessoas refletir sobre a preparação ou a falta dela para tais riscos.
O jornalista que no seu estúdio, redação ou gabinete não conhece sequer as características de resistência estrutural a sismos do edifício. Um cidadão que passeia numa grande superfície comercial e que sente o sismo, mas repara que não há mesas ou não são suficientes para todos, e que não sabe como se proteger porque apenas se fala de agachar debaixo da mesa. Um adolescente numa escada rolante que fica sem saber o que fazer. Uma jovem que estava deitada na cama a dormir e acorda, mas que repara que não tem uma mesa no quarto onde se agachar e proteger. Uma infinidade de situações não abordadas na campanha a Terra Treme da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e, da esmagadora maioria dos Serviços Municipais de Proteção Civil, alguns destes que se ligarmos durante a noite estão encerrados ou, como recentemente nos aconteceu em pleno agosto, se ligarmos respondem-nos que “de momento os colegas estão de férias”. Um grupo de cidadãos numa discoteca que sente o chão tremer e crê que faz parte do espetáculo. Um conjunto de cidadãos que estavam a divertir-se na roda gigante de um parque de diversões e sentem tremer e de repente todas as luzes se apagam e tudo para. Isto para não descrevermos todos os cenários possíveis e ainda mais trágicos.
Ficou-nos na memória a imagem na região de Kahramanmaras, na Turquia, em que um pai segura a mão da filha, morta na sequência do terramoto que assolou a Turquia e a Síria.Esta rapariga, ou não sentiu o sismo, ou não teve tempo, ou não soube o que fazer para se proteger. Se repararmos ao lado da cama ficou um espaço paralelo à cama chamado de “triângulo da vida”, mas no nosso e outros países pouco ou nada se fala sobre isto.
Somos o país dos incêndios, onde os demais riscos elencados nos estudos das géneses dos desastres são esquecidos e por isso não se faz preparação e somos totalmente surpreendidos com fenómenos conhecidos e expectáveis como foi o caso da pandemia, por vezes das cheias, e esperemos que nunca sejamos lembrados dos riscos siderais.
Não. Não estamos preparados. Mas na realidade isso pouco parece importar à maioria dos cidadãos, embora exista quem se importe de facto, como é disso exemplo a equipa liderada pela Doutora Claúdia Pinto, do programa RESIST da Câmara Municipal de Lisboa, um programa que deveria merecer prioridade de investimento e replicação em todas as autarquias, mas que não o está a ter.
Face a tudo o que é possível e deve ser feito na prevenção e mitigação, o programa A TERRA TREME é uma gota de água num oceano, que nem baixa a maré, nem o faz transbordar, é praticamente inócuo e, mais cedo ou mais tarde, esta inércia e inépcia governativa, mas também de cada um dos cidadãos, será responsável por uma dimensão trágica e catastrófica, potencialmente mitigável se este assunto fosse uma prioridade.
O que fizeram ontem os cidadãos que sentiram o sismo? Quantos se protegerem? Qual a efetiva preparação? Quantos cidadãos estão preparados para reagir?
A não resposta a algumas destas questões deveriam implicar demissões de algumas figuras com responsabilidade política na proteção civil, pela total ausência de preparação dos cidadãos para a AUTOPROTEÇÃO CIVIL, mas isso é impensável num país como Portugal em que a inércia e inépcia são premiadas.
@sismo #sismo
FAGÚLHAS NOS INCÊNDIOS RURAIS
Nos incêndios rurais, muitas habitações são destruídas pela infiltração de fagulhas (incandescentes) que entram pela chaminé, frinchas entre telhas ou outras. A colocação de rede metálica de malha muito apertada que evite a entrada de fagulhas na chaminé e por baixo das telhas, possibilita evitar danos maiores.