Aquivos por Autor: João Saraiva

PROTEÇÃO ANIMAL – ONDA DE CALOR

Devido às elevadas temperaturas que se fazem sentir por todo o país é recomendável que:

– EVITES ao máximo passear animais de companhia nas horas de maior calor, exceto se tal for possível à sombra das árvores, com solo herborizado e, caso seja estritamente necessário .

– DISPONHAS SEMPRE de água limpa e fresca para os animais.

– NÃO DEIXES, seja sob que pretexto for, os animais fechados dentro de viaturas, ainda que por curtos espaços de tempo. seja

– VERIFICA SEMPRE a temperatura do solo a pisar pelos teus animais, para evitar queimaduras nas almofadas. No caso dos cães de trabalho devem usar botas adequadas face ao solo e temperaturas.

– NÃO DEIXES animais expostos ao Sol no exterior de casa, disponibiliza-lhes sempre espaços à sombra e arejados.

GOLPE DE CALOR – principais sinais:

» Respiração rápida e ofegante;

» Salivação excessiva;

» Pele muito quente;

» Taquicardia (frequência cardíaca acima do normal);

» Temperatura retal elevada;

» Fraqueza muscular, sem reação;

» Vómito;

» Diarreia;

» Descoordenação; motora e/ou de raciocínio (pode ter dificuldade em interpretar comandos);

» Tremores.

PRESTE regularmente atenção a estes sinais. O golpe de calor pode ser fatal para o seu animal de estimação, se não for detetado e assistido a tempo, pode comprometer o normal funcionamento dos órgãos vitais e causar lesões permanentes.

Durante o transporte até à clínica veterinária, é recomendável molhar o corpo do animal com água fria (nunca gelada) para promover o arrefecimento, bem como aplicar gelo na nuca e fontal em caso de crise convulsiva. O arrefecimento pode ser feito com recurso a toalhas molhadas que devem ser substituídas logo que água nela contida deixe de estar fria.

DEVE também oferecer água e humedecer a boca (gengivas e língua) do seu animal, sem forçá-lo a beber, e sem deixar que beba em excesso. Partilha esta recomendação e salva vidas.
Versão adaptada de versão original da Associação: nIRA

RISCO DE INCÊNDIO

Antes que um incêndio ameace a sua área, você precisará de acesso a várias fontes de informação atempada para receber alertas de dia ou noite!
– Siga os canais do seu Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) ou Unidade Local de Proteção Civil (ULPC) da sua freguesia, bem como a página do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
– Registe-se no seu SMPC para receber alertas locais por SMS.
– Mantenha os SMS no seu telemóvel em modo de alerta sonoro e por vibração, de modo a não perder nenhum alerta importante.
– Esteja atento aos alertas por SMS da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
– Estabeleça com os seus vizinhos uma rede de alerta e ajuda através de walkie-talkies sintonizados no mesmo canal.
– Adquira conhecimentos e equipamentos e, treine frequentemente ações e comportamentos de autoproteção.

Tenha sempre presente que nunca houve, não há e nunca haverá capacidade dos serviços de emergência responderem atempadamente a todas as solicitações em caso de acidente grave ou catástrofe, e que, as linhas de telecomunicações podem arder e impossibilitar o contacto com os serviços de emergência.

Previna-se e proteja-se. Esteja alerta e preparado para atuar esteja onde estiver.

A IMPORTÂNCIA DA BOA VIZINHANÇA

Antes que o mau tempo ocorra, faça um esforço para conhecer os seus vizinhos para que você possa contar com eles e eles consigo em caso de emergência.

Preste atenção aos idosos, pessoas com mobilidade reduzida ou necessidades especiais em situação de emergência.

Por vezes o seu vizinho é a única ajuda com que você pode contar.
Por vezes você, é a única ajuda com que o seu vizinho pode contar.

COMUNICAR COM OS RAIOS

 

Embora defendamos que o importante é a comunicação familiar e comunitária em situações de emergência, os nossos seguidores têm-nos feito sentir o seu desejo de comunicar com os membros da REDE RAIO, tendo por vezes duvida sobre o canal a utilizar, ou mesmo sobre os procedimentos de radiocomunicação que usamos entre nós.
Tendo em conta este desejo frequentemente manifestado, decidimos ajudar todos os que desejam comunicar com os RAIOS, bastando para tal que adiram ao grupo WhatsApp para nos dias das nossas atividades de radiocomunicações nos poderem questionar onde se encontram os RAIOS para os visitar ou orientarem as antenas dos seus equipamentos nessa direção e aumentar a probabilidade de contacto via rádio.

PLANO 3-3-9

O que é o Pano 3-3-9 ?

O Plano 3-3-9 é um plano de radiocomunicações de emergência na previsão ou ocorrência de desastre, que recomenda que para aumentar a probabilidade de comunicação de entreajuda local e coordenação dessa ajuda, durante pelo menos 3 minutos a cada 3 horas (3, 6, 9, 12) , ligue o seu rádio e anuncie a sua presença em canal 9 e CB e PMR446.

Podem existir planos locais de radiocomunicações de uso livre diferentes do Plano 3-3-9? 

Este plano não invalida que cada comunidade local não tenha o seu plano de comunicações e, o plano 3-3-9 destina-se essencialmente às comunidades sem plano de emergência de radiocomunicações, pois as que o têm já estarão organizadas quanto aos canais de encontro. Igualmente sem prejuízo de após o encontro em canal 9 seja indicado outro canal para o tráfego das operações cidadãs de apoio de emergência.

Só devo ligar o rádio de 3 em 3 horas?

A recomendação de ligar o rádio a cada 3 horas durante pelo menos 3 minutos aplica-se essencialmente a estações portáteis com necessidade de poupar bateria, nas situações em que a alimentação é contínua e/ou renovável recomenda-se que esteja continuamente ligado.

Porquê em canal 9? 

Porque em CB é o canal legalmente destinado em Portugal e na maioria dos países do mundo, salvo raras exceções, a comunicações de urgência, emergência, salvamento, segurança e socorro. Já em PMR446 embora não exista recomendação da comunidade europeia ou governamental, torna-se mais fácil o uso do canal 9 ao invés de se implementar um canal diferente, o que implicaria ter de decorar dois canais, algo que pode não ser fácil para pessoas com mais dificuldades de memória.

Porque emite a APROSOC recomendações? 

A APROSOC é uma organização de proteção civil reconhecida pelo Estado Português para o exercício de atividades de proteção civil, motivo pelo qual encontra legitimidade para emitir recomendações na ausência do papel governamental em matéria de autoproteção dos cidadãos.

Portugal não tem uma única ambulância psiquiátrica

São inúmeros os países em que podemos encontrar ambulâncias psiquiátricas ou ambulâncias psicológicas, as primeiras mais diferenciadas pelas paredes almofadadas e cadeiras especiais para evitar que o doente em surto psicótico sofra ferimentos durante o transporte assistencial psiquiátrico.  Em Portugal a doença mental continua a ser tabu e o investimento na saúde mental cada vez mais escasso. Aqui ao lado na vizinha Espanha existem ambulâncias psiquiátricas com tripulações espacializadas, e até mesmo ambulâncias veterinárias públicas, contudo em Portugal tal continua a ser uma miragem, num país em que a saúde mental pelas mais diversas razões de ordem social e outras afeta mais pessoas que o acidente vascular cerebral ou o enfarte agudo de miocárdio.

Crescente movimento Prepper e Sobrevivencialista em Portugal

Os serviços de proteção civil em Portugal, estão especialmente vocacionados para a gestão e apoio à intervenção, sendo que só num passado ainda muito recentemente despertaram para  a necessidade da prevenção, limitando contudo em muito essa vertente pelo facto de na maioria dos casos serem operacionalizados por quadros oriundos dos serviços de emergência e por isso mais vocacionados para a intervenção do que para a prevenção e mitigação de riscos, igualmente não vocacionados para a preparação dos cidadãos para a autoproteção.

Note-se por exemplo que apesar de serem vários os riscos, os planos de emergência dos edifícios são somente pensados para situações de incêndio, descorando sismos, tsunamis, cheias e inundações, acidentes siderais, acidentes nucleares, químicos, biológicos, entre outros em que os cidadãos não são preparados e nada está planeado.

Tanto por parte da estrutura central de proteção civil, quanto por parte das estruturas municipais de proteção civil, há uma grave lacuna no conhecimento e na capacidade de o difundir a todas as populações, sendo esta a principal razão do surgimento de Associações de Proteção Civil, bem como de comunidades informais, mas bastante proficientes no âmbito da preparação e da sobrevivência, conhecidos como Preppers e Sobrevivencialistas, dois conceitos distintos, mas convergentes. A ausência de estruturas técnicas e científicas no prepping e no sobrevivencialismo possibilitam a existência de alguma distorção conceptual de base científica em algumas matérias, contudo, ainda assim estes movimentos são mais eficazes e eficientes na preparação para um desastre do que qualquer serviço de proteção civil no nosso país. Por exemplo, certamente não conhecemos nenhum serviço de proteção civil em Portugal a preparar cidadãos para técnicas de improviso de ultimo recurso numa evacuação de um edifício colapsado, ou para a correta remoção de vítimas sob os escombros; bem como para a abordagem a ferimentos; a coordenação de equipas locais; as comunicações alternativas; a gestão de stocks de alimentos, medicamentos e outros bens essenciais; e tantas outras, mas, nas comunidades Preppers, sobrevivencialistas ou em algumas (raras) associações de proteção civil, estes temas são uma constante. Por exemplo, relativamente ao risco nuclear, algumas destas comunidades nacionais possuem reservas de comprimidos de iodeto de potássio para proteção da tiroide e, até mesmo tabelas de dosagens em função do peso da pessoa ou animal a proteger, algo ignorado pelos serviços de proteção civil.

O sistema governamental de proteção civil deveria empenhar-se na proteção dos cidadãos face aos riscos coletivos, envolvendo-os e integrando-os como parte da solução integrada, contudo a realidade é algo diferente. Esta realidade aliada ao progressivo aumento da consciência civil de que nunca houve, não há e nunca haverá capacidade instalada nos serviços de emergência de responder atempadamente a todas as emergências em caso de catástrofe, é só por si geradora do crescente surgimento de movimentos, associações e comunidades centradas nestas temáticas.

TEM EXTINTOR NO AUTOMÓVEL?

Facto:
Praticamente todos os dias um ou mais veículos se incendeiam nas estradas portuguesas.

Recomendação:
Não deixe produtos inflamáveis no interior do habitáculo ou bagageira.
Tenha sempre um extintor, idealmente de 4 ou 6 Kg para incêndios de classe ABC no seu automóvel e aprenda a utilizá-lo corretamente.