Quanto mais curta for a comunicação maior poderá ser a dificuldade de garantir a fiabilidade da mensagem recebida, pois lá diz o ditado popular que “depressa e bem não há quem”, contudo, neste contexto é reforçada a importância dos equipamentos portáteis ( a bateria), tal como a importância da autonomia e de baterias suplementares e formas de as recarregar quando falha e rede de distribuição de energia. Podemos considerar a possibilidade de utilização de dínamos, carregadores de ligação à tomada de isqueiro de automóvel, painéis solares portáteis, ou até em alguns casos de mini geradores eólicos ou movidos a água. Ainda assim, importa estar preparado para a possibilidade de ser surpreendidos num momento de impreparação, pelo que pode ser crucial para o sucesso da comunicação, o treino especial de transmissão rápida, do tipo do que é usado por equipas táticas de emergência, com as necessárias adaptações à especificidade da missão, ao mesmo tempo que, se deseja que se utilizem procedimentos radiotelefónicos standard.
O ideal seria uma comunicação calma e pausada, mas o possível devido a diversos fatores tais como a autonomia de bateria, as condições de segurança no local ideal, entre ouras, é por vezes uma comunicação muito breve.
Os exercícios de radiocomunicações com objetivos de aplicabilidade em emergência devem por isso ter em conta entre outras questões, uma questão constante, quanto tempo se demora a transmitir uma mensagem possibilitando que face às condições de receção é recebida e compreendida com total fiabilidade?
A questão faz-nos certamente pensar em diversas variáveis necessárias para uma resposta, mas o objetivo deste artigo não é uma resposta, mas sim a consciencialização de que o treino rotinado de brevidade nas comunicações é uma potencial necessidade real em situação de emergência.
Este é um dos objetivos que a APROSOC procura aprimorar nos seus exercícios de radiocomunicações cidadãs aos domingos de manhã, abertos a todos os interessados.
Pense nisto!