Redes rádio digitais em emergência

A APROSOC testou ao longo de mais de duas décadas redes nos sistemas “DMR, TETRA, NXD e IDAS”, tendo concluído que com ou sem infraestruturas não têm aplicabilidade proficiente para comunicações de emergência em movimento, motivo pelo qual esta Associação apesar de possuir equipamentos digitais, os tem a funcionar em modo analógico.

De um modo geral todos os fabricantes anunciam maior sensibilidade de recepção em modo digital comparativamente com o modo analógico, o que não referem é a incacidade de restabelecimento imediato do sincronismo após corte.

Existem vários mitos urbanos em torno dos modos digitais, o que que supera o modo analógico em movimento é um desses mitos que não passa disso mesmo, um mito em que muitos creem, em especial os que nunca tiveram de usar esses meios em teatros de operações.

Nada há, contudo, a apontar aos modos digitais para ligação ponto a ponto fixo, exceto talvez a falta de fiabilidade do áudio.

Quanto ao facto de uma outra Associação ter adquirido recentemente uma rede DMR (digital mobile radio), a rede já existia e era detida por um membro dessa Associação tendo por várias vezes sido testada pela APROSOC, constatando-se sempre falhas graves de sincronismo na rede. Compreendemos que quem nunca experienciou a exigência de um teatro real de operações creia em redes digitais e outros milagres do mundo virtual, contudo, a realidade desaconselha até mesmo sistemas baseados em infraestruturas, por mais autonomia de baterias que tenham, já que o que não está na mão do homem no momento o homem não controla a todo o tempo.  

A emergência não se coaduna com a incerteza de quando se está a pressionar o botão de emissão e a luz de emissão acende, não se saber se efetivamente a emissão está a sair no retransmissor ou se, ficou inibida pelo circuito inibidor de transmissão com canal ocupado, como ocorre por exemplo numa rede de uma Associação de Proteção Civil detentora de vários retransmissores DMR na região de Lisboa.