Canais / Frequências para pedir socorro em caso de emergência, quais são?

O título deste artigo é uma das questões que mais surgem por quem nos procura por pretender equipar-se preventivamente para situações de emergência e pretende ter equipamentos de radiocomunicações como alternativa às telecomunicações de acesso público quando falham. Contudo, a resposta que aqui se apresenta, tem tanto de realista quanto de delusória. Na realidade na atualidade embora muitos serviços municipais de proteção civil e algumas corporações de bombeiros tenham rádios CB (citizens band), o ruído na frequência impossibilita que os tenham ligados e em bom som prontos a responder a pedidos de socorro, pelo que, na melhor das hipóteses somente em cenários acidente grave ou de catástrofe atentaram eventualmente a esses meios de radiocomunicação.

Não seria nem sério nem responsável afirmar que a APROSOC garante essa resposta, embora tudo façamos nesse sentido nos teatros de operações em que estamos presentes, existindo inúmeros outros constrangimentos que potenciam que a comunicação não se estabeleça, não somente em CB mas também em PMR446 (personal mobile radio).

Ainda que todos os cidadãos estivessem habilitados a usar equipamentos de radioamador, nem mesmo nas bandas destinadas ao serviço de amador ou amador por satélite se garante resposta, pois tudo depende de boas vontades.

É por estes motivos que, a APROSOC – Associação de Proteção Civil, recomenda que no âmbito da autoproteção e sobrevivencialismo, os cidadãos se organizem em redes de radiocomunicações comunitárias, sejam elas familiares, de condomínio, de bairro ou coletividade. Deste modo a proximidade aliada a um programa operacional de radiocomunicações, possibilita a comunicação até mesmo para ativar serviços de emergência onde os telefones não funcionam, bastando que o recetor do pedido de socorro o comunique aos serviço respetivo se tiver a sorte de ter contacto telefónico, ou se desloque presencialmente para o fazer.

Pode então dizer-se que, não basta ter radiotelefones, é necessário estar treinado em radiocomunicações e ter um plano operacional para que tudo funcione dentro do possível.

Existem em Portugal  algumas Associações empenhadas em contribuir para a integração dos cidadãos em planos operacionais de radiocomunicações cidadãs como alternativa às telecomunicações de acesso público quendo falham, capazes de preparar os cidadãos não só para o uso das radiocomunicações cidadãs, bem como para acesso a recursos de execução legitimados por estado de necessidade decorrente de vidas ou bens em perigo. No caso da APROSOC, estas últimas alternativas são disponibilizadas somente a Associados após se constatar que são pessoas idóneas e não usam esses meios para outros fins que não os de salvar vidas ou bens e, que o fazem nas frequências e com os procedimentos corretos e tidos por adequados ao estado de necessidade em causa, bem como, não estejam filiados em qualquer outra Associação de radiocomunicações que não a APROSOC.