“CAÇA À RAPOSA” (CAÇA À INTERFERÊNCIA NAS RADIOCOMUNICAÇÕES)

No próximo fim de semana temos um desafio algo diferente para os nossos Associados e para outros colegas que entendam participar juntando-se a nós nesta iniciativa.

Há canais PMR446 interferidos com beacons, uns que emitem mensagens periodicamente mensagens geradas informaticamente, outros ligados a plataformas via internet que criam uma rede. Em muitos casos fazem parte da composição destes equipamentos, rádios de UHF de amador ou profissional, com 5, 25 ou mais Watts de potência, perturbando assim gravemente quem pretende as comunicações de quem está a utilizar equipamentos PMR446 legais com os seus apenas 0,5W de potência aparente radiada.
Aquilo que nos propomos neste desafio é, sair para a rua em grupo e, de forma coordenada, com as instruções que serão disponibilizadas no briefing inicial, proceder à localização da fonte de emissão para posterior apelo por carta ao infrator para cessação da emissão ilícita, sendo comunicada a infração à ANACOM, aos Serviços do Ministério Público e, se necessário à Provedoria de Justiça.

Para além dos beacons, há também utilizadores do PMR446 a fazê-lo com equipamentos de amador ou profissional também com mais potência que a legalmente permitida, neste contexto, e uma vez que algumas unidades em campo terão medidores de intensidade de campo. Nestes casos, será também comunicada a infração à ANACOM, aos Serviços do Ministério Público e, se necessário à Provedoria de Justiça.

A localização de qualquer interferência que lhe seja prejudicial ou ao público em geral, constitui um direito mas também um dever de cidadania, podendo portanto se efetuada por qualquer cidadão a título individual ou coletivo, não podendo por isso esta Associação aceitar que impere a lei dos mais fortes em bandas de radiocomunicações destinadas a todos os seus usufrutuários com equipamentos que cumprem as normas mas que são prejudicados pela inconsciência ou má intenção de outros que decidem em clara violação com os princípios constitucionais consagrados no artigo 13.º da Constituição da Republica Portuguesa fazer o que querem e bem entendem prejudicando terceiros que na maioria dos casos nem sequer conhecem e que em muitos casos nem sequer percebem que estão a prejudicar. Ontem mesmo no período da noite surgiram ações deliberadas em canal 7 PMR446 com emissões com elevadas potências e, tendencialmente ao sábado à noite surgem em canal 3, não sendo por isso difícil chegar à identificação das localizações dessas fontes de emissão funestas.

É sabido que estas iniciativas não acolheram aplausos dos infratores, mas não buscamos aplausos nem holofotes nem tão pouco abordaremos quem quer que seja, somente passar umas horas diferentes em diversão lícita no combate à diversão ilícita e ébria.

Esta ação a desenvolver na Área Metropolitana de Lisboa, em zona previamente escolhida, terá lugar no próximo Domingo e será coordenada com os Associados da APROSOC e outros voluntários que se disponibilizem e sejam aceites para o efeito.

Embora o assunto da mobilização seja sério, esta atividade não deixará de se revestir por um lado de uma certa componente de socialização bem como de teste de adequação de vestuário e calçado às condições meteorológicas, bem como de desenvolvimento pessoal no âmbito do uso das tecnologias empregues que no caso servem para detetar interferências, mas que noutro casos podem servir para localizar pessoas perdidas e munidas de um pequeno walkie-talkie PMR446 ou outro.

As manifestações de interesse em participar devem-nos ser dirigidas pelo WhatsApp da APROSOC através do número 910 910 112, sendo que os Associados ficam automaticamente inscritos e, os não associados terão uma entrevista on-line prévia à formalização da inscrição na atividade.

Este tipo de atividade conhecida como “caça à raposa”, é também com objetivos meramente lúdicos praticada por escuteiros/escoteiros e outros grupos de cidadãos, a APROSOC apenas lhe confere objetivos de interesse público.