Incompetência da autarquia de Oeiras e Sintra em matéria de proteção civil fez uma vítima ferido grave que luta pela vida

As cheias na rotunda de Tercena ocorrem praticamente todos os anos devido à há muito identificada excessiva impermeabilização do solo e insuficiente sistema de escoamento de águas pluviais. Contudo, nada foi feito ao longo de anos e, no passado dia 13 um homem de trinta e quatro anos de vida, foi arrastado acabando por sofrer uma paragem cardiorrespiratória que, apesar de revertida lhe deixara sequelas graves, encontrando-se a lutar pela vida com prognóstico muito reservado.

A ação antecipada que agora ambas as autarquias debatem poderia ter evitado esta vítima, contudo, sabendo-se que tal ocorre todos os anos e se o Gabinete Municipal de Proteção Civil de Oeiras funcionasse, teriam sido colocadas de prevenção equipas de prevenção prontas a intervir bem como a regular o trânsito evitando problemas maiores, contudo, o referido gabinete não tem capacidade de cumprir a antecipação expectável de um verdadeiro serviços de proteção civil, limitando-se a reagir aos acontecimentos, facto que só podemos lamentar.

Uma vez mais os Voluntários das Unidades Locais de Proteção Civil (ULPC) que a autarquia de Oeiras e demais deveriam ter criado tal como previsto na Lei 27/2006 e no Decreto Lei 44/2019, poderiam ter acompanhado a situação e evitado este acidente, ou mesmo socorrido imediatamente a vítima, bem como identificando previamente as situações de risco e procedendo à interdição da zona de risco, contudo, Oeiras não dispõe de Unidades Locais de Proteção Civil e, não é possível ter um bombeiro ou um polícia em cada rua.

As Unidades Locais de Proteção Civil são o instrumento que possibilita envolver os cidadãos na solução reduzindo os problemas, integrando-os, formando-os, equipando-os  e treinando-os como voluntários de proteção civil, contudo, conluios e promiscuidades políticas determinam a não existência de ULPC em Oeiras, tal como em Sintra e em muitos outros concelhos, considerando a APROSOC – Associação de Proteção Civil que, os autarcas desses concelhos e freguesias são corresponsáveis por ferimentos e mortes potencialmente evitáveis.

João Paulo Saraiva
Presidente da Direção da APROSOC