Arquivo mensal: Outubro 2021

Crónica de João Saraiva: a legalidade vs pirataria nas radiocomunicações

O programa de radiocomunicações cidadãs da APROSOC é o único que têm um código de conduta que apela ao cumprimento da legalidade, motivo pelo qual é de entre todos os outros que se encontram no ciberespaço, aquele que tem menos aderentes. A maioria dos utilizadores dos meios de radiocomunicações cidadãs não são adeptos do cumprimento das Leis e do respeito pelos demais usufrutuários do espectro radioelétrico, optando facilmente por uso de potências acima das legalmente permitidas, facto que muito prejudica os utilizadores cumpridores dos limites impostos pela legislação vigente. É até frequente o argumento de que, “sem recurso a mais potência que a legalmente permitida não se chega a lado nenhum”, mas ignoram essas pessoas que a finalidade das radiocomunicações cidadãs são as comunicações locais e que, sempre que tal é ultrapassada dentro dos limites da legalidade, é uma exceção concedida pela natureza.
Na APROSOC pautamos pela legalidade e pela harmonia no usufruto do espectro radioelétrico.  

73 e Harmonia nas radiocomunicações

João Paulo Saraiva
#01 | CT1EBZ

Crónica de João Saraiva: porque mudamos frequentemente de canal nas radiocomunicações cidadãs?

Nas radiocomunicações cidadãs (citizens band 27MHz, personal mobile radio (PMR) 446 MHz, low power device (LPD) 433 MHz), os canais são livres e todos os podem usar e, com exceção do canal 9 e 11 na CB, todos os outros podem ser usados para qualquer fim. No caso da APROSOC a nova filosofia é de constante procura da harmonia, evitando assim tanto quanto possível conflituar com outras entidades ou grupos de cidadãos. Por exemplo, sempre que existe atividade profissional próxima num canal que estamos a usar para fins lúdicos, mudamos de canal e, caso essa atividade se mantenha evitamos usar esse canal porque as atividades profissionais em nosso entendimento devem ter prioridade por contribuírem para a economia e desenvolvimento do país.

Para além do uso de outros utilizadores, está também permanentemente presente a possibilidade de interferência local, por exemplo de sistemas de distribuição de televisão por cabo, sistemas de difusão de internet, sistemas de comando e controlo eletrónico, transmissão de dados através da rede de distribuição elétrica, entre outras possíveis fontes de interferência.

Temos assim canais onde tendencialmente nos encontramos, mas pode a todo o tempo ocorrer a necessidade de mudar para outro canal seja qual for a atividade que estejamos a praticar.

Tendemos a estar pelos canais 16 das diferentes bandas de radiocomunicações cidadãs, mas se reiteradamente surgirem constrangimentos no canal temporariamente adotado, procuraremos outros que possibilitem mitigar esses constrangimentos, podemos pontualmente estar em quaisquer outros canais se a situação localmente assim o forçar pois, somos comuns utilizadores do espectro radioelétrico e, não desejamos ter quaisquer privilégios em relação a qualquer outras entidades ou cidadãos.

Quando nos desencontramos e o canal adotado está ocupado, regressamos geralmente em CB 27 a canal 11FM, PMR446 canal 8 e LPD433 canal 12, destes, o único oficialmente reservado para chamada é o 11 em CB 27.

73´S e harmonia nas radiocomunicações

João Paulo Saraiva
#01 | CT1EBZ

Crónica de João Paulo Saraiva: o Radiomontanhismo é um bem…

As radiocomunicações cidadãs (citizens band 27MHz, personal mobile radio (PMR) 446 MHz, low power device (LPD) 433 MHz), tal como o radioamadorismo, embora com distintos objetivos tem em comum o facto de serem formas de combate ao isolamento e exclusão social, é mais uma forma de estar em contacto com outras pessoas, mesmo em locais onde o telemóvel não tem cobertura de rede e, em situações de emergência estes meios de radiocomunicações podem ser muito úteis.

A recém denominada atividade de RADIOMONTANHISMO, junta aos aprazíveis momentos da radiocomunicação o prazer de desfrutar de momentos ao ar livre pelos trilhos, montes e montanhas, seja a pé, de jipe, de bicicleta ou em voo livre, todos podem comunicar livremente.

A recente definição de conceito de RADIOMONTANHISMO, objetiva facilitar a reunião daqueles que gostam destas atividades, bem como de possibilitar que outros descubram esta atividade e possam se assim o desejarem interessar-se e vir também a praticá-la.

Não é necessário estar filiado em nenhuma Associação para praticar o RADIOMONTANHISMO, porque o acesso aos trilhos, montes e montanhas é livre, bem como o uso de equipamentos de radiocomunicações cidadãs nas bandas de uso livre de licenças e taxas.

A facultativa filiação no Grupo de RADIOMONTANHISMO da APROSOC objetiva somente uma maior partilha de informação privilegiada em canal fechado nas redes sociais, aconselhamento especializado, atividades organizadas, bem como uma cultura de boas práticas éticas e legais a bem da harmoniosa coabitação no espectro radioelétrico, cultivadas através de sessões de formação via zoom reservadas a Associados.

Pegar num rádio e comunicar nos trilhos e cumes qualquer pessoa pode fazer, mas o conceito do RADIOMONTANHISMO tem implícito um decálogo que norteia uma filosofia própria da APROSOC a que ninguém é incentivado a aderir, mas, em que todos que nela se revejam podem aderir.

No RADIOMONTANHISMO cultivam-se valores de amizade, através do contacto com quem não pode sair de casa, ou mesmo numa política de boa “vizinhança” dando uma boleia a um praticante que more próximo e não tem como se deslocar até ao cume para praticar. Deste modo cultiva-se também o companheirismo, um valor de que temos cada vez mais noção.

O RADIOMONTANHISMO é uma atividade 100% lúdica, mas conducente a uma melhor preparação para situações de emergência, bem-estar físico e psicológico, sendo por isso um bem que desejamos praticar.

No RADIOMONTANHISMO o lema é “a harmonia” tanto nas radiocomunicações como com a natureza e ambiente, tendo por isso estes praticantes o dever distintivo de respeitar os demais utilizadores do espectro radioelétrico, a natureza e o ambiente, nomeadamente não produzir ruído desnecessário, não deixar lixo nos locais por onde passam ou praticam, bem como preferencialmente devem sempre recolher algum do lixo encontrado, pois se todos agirmos assim estaremos a contribuir para o bem estar da fauna, da flora, da humanidade e do planeta.

A APROSOC tem um grupo de Radiomontanhismo composto por Associados amantes desta modalidade, mas só adere quem muito desejar fazer parte deste.

Emergência redes Sociais

Muitas organizações, incluindo autoridades, têm hoje grupos em redes sociais para comunicação em grupo com os seus membros, muitas vezes sem grupos redundantes para a eventualidade de falha dessa rede e, o mesmo acontece com as famílias. Recomendamos que dupliques os grupos em diversas redes sociais e nomeies uma rede primária para uso quotidiano e, outras secundárias para uso em caso de falha da primária, contudo, essa forma de comunicação não substitui a necessidade de ter os números de telefone de todos esses seus contactos, ou mesmo de todos possuírem meios de radiocomunicações para contacto local.

O excesso de dependências quotidiana das redes sociais acresce constrangimentos de comunicação nas situações de emergência, importando por isso que tenhas redundâncias. #socialmedia #redessociais #socialnet #facebook #instagram #whatsapp #twitter #telegram

O apagão do Facebook

Com todos os atrativos que o Facebook, o Instagram e o WhatsApp inegavelmente possuem, o facto de serem os mais usados em todo o mundo aumenta a sua vulnerabilidade.

A Facebook, uma das empresas de redes sociais que possui três aplicações de comunicação via internet, voltou ontem a mostrar ao mundo a vulnerabilidade das comunicações eletrónicas. Na APROSOC usamos outras vias de comunicação interna e externa como alternativa, mas, tudo é falível e, importa por isso mantermo-nos constantemente atentos e não excessivamente dependentes destas formas de comunicação mais vulneráveis, privilegiando outras.

Muitas famílias e grupos de amigos usam grupos de comunicação por exemplo no WhatsApp e no Messenger e ignoram outras tais como por exemplo o Telegram entre outras Apps, essas pessoas ontem ficaram privadas da sua rotina de comunicação que, caso possuíssem alternativas não teria sido afetada.

A APROSOC recomenda aos seus Associados que criem grupos duplicados de comunicação em diferentes redes sociais, pois caso um destes apagões de um dos fornecedores de serviços gratuitos de comunicação via internet ocorra durante uma emergência, pode implicar o contacto um a um com cada um dos familiares, amigos ou colegas que necessitam estar em contacto em grupo.

De momento, algumas das redes de troca de mensagens menos vulneráveis são, o Telegram e, o Signal, mas, em proximidade nada disto substitui a proficiência das radiocomunicações cidadãs com recurso a radiotelefones (vulgos walkie-talkies) CB (citizens band), ou PMR446 (personal mobile radio), ou mesmo do LPD433 (low power device) em especial em caso de emergência.  

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