O 1º pilar da protecção civil…

São as populações, organizadas, formadas, equipadas, e treinadas para a prevenção, intervenção, e recuperação em caso de emergência, acidente grave ou catástrofe, a quem compete: prevenir; alertar as autoridades; replicar os avisos e recomendações de autoprotecção; a ajuda, socorro e assistência de proximidade sempre que os agentes de protecção civil não respondam atempadamente ou até à sua chegada. Sem este pilar no sistema nacional de protecção civil continuará a faltar um elo da cadeia que compromete o sucesso de toda esta cadeia de quatro elos indispensáveis a uma prevenção, mitigação, alerta, aviso, recuperação, com probabilidade de sucesso.

• São os comuns cidadãos são geralmente deixados do lado de fora do perímetro de segurança nos exercícios de acidente (montras de vaidades), aqueles que num cenário de catástrofe estão do lado de dentro porque não há outros, em muitos casos durante horas ou mesmo dias, não se podendo assim esperar que estejam preparados para algo para o qual lhes reservam o papel de meros expectadores;

• Em cenários de catástrofe, muitas vezes os comuns cidadãos somente podem contar com a ajuda uns dos outros, durante horas, dias, semanas, e é bom que tenhamos essa consciência;

• Os cidadãos precisam organizar-se, formar-se, equipar-se, treinar-se, mas isto não significa que tenham ou queiram ser todos médicos, bombeiros, enfermeiros, militares,… , podem ser tão somente VOLUNTÁRIOS DE PROTECÇÃO CIVIL, tantos quantos possível, e é necessária iniciativa nesse sentido. Sabemos que este caminho nunca estará percorrido, mas na APROSOC já iniciámos o caminho, mesmo contra tudo e todos os opositores que se alimentam destes constrangimentos.
As populações não podem nem devem ficar de braços cruzados a aguardar a iniciativa do Estado.Todas as populações devem:

• Os cidadãos precisam dotar-se de formação de: primeiros socorros; 1ª intervenção contra incêndios; noções básicas de protecção civil e inerentes riscos, vulnerabilidades e recomendações de autoprotecção; noções básicas de operação radiotelefónica de emergência;

• As populações devem possuir redes de comunicações rádio descomplexas e económicas através das radiocomunicações cidadãs, ou seja, com recurso a rádios de uso livre de taxas ou licenças como sejam os rádios CB (Citizen Band) em 27MHz, ou rádios PMR446 em 446 MHz, ou outras que venham a surgir com esse propósito;

• Os cidadãos devem acompanhar continuamente as situações de risco, e adoptar as correspondentes medidas de autoprotecção, bem como replicar os avisos e recomendações a familiares, amigos e vizinhos;

• Cada cidadãos deve possuir na lista telefónica do telemóvel os contactos dos serviços de emergência, tendo presente que a consulta via internet nem sempre estará disponível;

• Cada cidadão deve identificar locais de abrigo seguro para os diferentes tipos de risco, e partilhar essa informação com familiares, amigos e vizinhos;

• Cada família deve elaborar um plano prático de emergência familiar;

• Cada cidadão deve possuir um kit individual de sobrevivência;

• A família deve dotar a habitação de sistemas de detecção de risco tais como detectores de gás de cozinha, detector de monóxido de carbono,…;

• A família deve impermeabilizar os telhados à entrada de faúlhas, e tornar as portas e janelas resistentes a faúlhas e calor em caso de incêndio exterior;

• A família deve dotar a habitação das saídas de emergência possíveis devidamente assinaladas para eventual necessidade de evacuação;

• Cada cidadão deve estar atento às notícias veiculadas por rádio, TV, e redes sociais, sempre que existam riscos expectáveis;

• Cada cidadãos deve evitar o tráfego de comunicações por telemóvel quando estão em curso operações de socorro que não o afectam nem aos seus familiares;

• Todo o cidadão deve utilizar todos os meios ao seu alcance para alertar as autoridades para a existência de situações de potencial perigo;

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Há iniciativas que se você não tiver ninguém terá por si!

APROSOC.pt

Artigo recuperado de Janeiro de 2018