Um indicativo rádio não é uma frase

Os indicativos rádio pretendem de forma breve identificar uma estação de rádio, seja ela de radiodifusão ou de radiocomunicações.

Ao longo dos anos desenvolveram-se indicativos rádio e nomes de estação de modo a economizar tempo, especialmente precioso em comunicações de emergência. Por exemplo, uma coisa é usar um indicativo do tipo “Delta 11 01” outra coisa é usar como indicativo “Corpo de Bombeiros da Associação Humanitária de Vila Nova de Foz Coa”, o mesmo se passando por exemplo com os novos indicativos da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em que, como se de indicativos para o público se tratassem, não usam indicativos mas sim a denominação completa, como por exemplo “Comando Sub-Regional da Grande Lisboa”, denotando assim quem tomou tais decisões de faltou às aulas de radiocomunicações, o que não será de espantar uma vez que alguns dos seus quadros se licenciaram com 40% e mais equivalências, além do saber faltou-lhes a originalidade, estranhando-se que, com tanta gente competente para o efeito naquela instituição, fosse logo alguém que faltou às aulas a tomar tal decisão. No mínimo tal situação envergonha a instituição, ou melhor, envergonharia se houvesse ao menos consciência da situação, pois passou-se de um acrónimo de 4 letras (CDOS), para uma frase que nunca mais acaba para se dar início à mensagem e, o acrónimo para a denominação atual nem sequer é foneticamente pronunciável de modo a poder ser utilizado como indicativo rádio.
Um dia destes, quando o INEM passar para a tutela da ANEPC, ainda vamos ouvir indicativos rádio do tipo “electroestetofonedoscópio 1” atinente ao médico da viatura médica, enfim, idiossincrasias.

Imaginem:

–         Comando Sub-Regional do Alto Minho, em Viana do Castelo;

–         Comando Sub-Regional do Alto Tâmega e Barroso, em Chaves;

–         Comando Sub-Regional da Área Metropolitana do Porto, no Porto;

–         Comando Sub-Regional do Ave, em Fafe;

–         Comando Sub-Regional do Cávado, em Braga;

–         Comando Sub-Regional do Douro, em Vila Real;

–         Comando Sub-Regional do Tâmega e Sousa, em Baião;

–         Comando Sub-Regional das Terras de Trás-os-Montes, em Bragança;

–         Comando Sub-Regional da Beira Baixa, em Castelo Branco;

–         Comando Sub-Regional das Beiras e Serra da Estrela, na Guarda;

–         Comando Sub-Regional da Região de Aveiro, em Aveiro;

–         Comando Sub-Regional da Região de Coimbra, em Coimbra;

–         Comando Sub-Regional da Região de Leiria, em Leiria;

–         Comando Sub-Regional de Viseu Dão Lafões, em Viseu;

–         Comando Sub-Regional da Grande Lisboa, em Lisboa;

–         Comando Sub-Regional da Península de Setúbal, em Palmela;

–         Comando Sub-Regional da Lezíria do Tejo, em Almeirim;

–         Comando Sub-Regional do Médio Tejo, em Vila Nova da Barquinha;

–         Comando Sub-Regional do Oeste, nas Caldas da Rainha;

–         Comando Sub-Regional do Alentejo Central, em Évora;

–         Comando Sub-Regional do Alentejo Litoral, em Grândola;

–         Comando Sub-Regional do Alto Alentejo, em Portalegre;

–         Comando Sub-Regional do Baixo Alentejo, em Beja;

–         Comando Sub-Regional do Algarve, em Loulé.