Arquivo mensal: Julho 2022

Programa “Aldeias Resilientes” da AVIPG é uma deturpação do programa original desenhado pelos técnicos da APROSOC – Associação de Proteção Civil

O programa “Aldeias Resilientes” implementado pela Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrogão Grande (AVIPG) em 2019, é uma deturpação do programa original concebido pelos técnicos da APROSOC e validado pelos participantes no seminário coorganizado entre ambas as Associações em 14 de outubro de 2017.

O programa original não atentava somente aos riscos atinentes aos incêndios, mas sim a todos os riscos no âmbito da proteção civil incluindo a incapacidade de resposta atempada aos casos de emergência médica, com a equipagem das aldeias com equipamentos de socorro em suporta básico de vida e desfibrilhação automática externa.

O programa implementado fere ainda o programa original pelo facto de não integrar as equipas de autodefesa das aldeias em Unidades Locais de Proteção Civil (ULPC) das Juntas ou Uniões de Freguesia, ou em Organizações de Voluntariado de Proteção Civil (OVPC), retirando assim o programa, tal como o governo fez com o falacioso programa Aldeias Seguras, do que estava legislado, as ULPC e OVPC, criando-se portanto programas de legalidade ou pelo menos lógica duvidosa fora da filosofia legal de base para o efeito.

Importa esclarecer que as equipas criadas não estão dotadas de vias de radiocomunicação tática, nem a sua coordenação tem vias de coordenação estratégica caso falhem as telecomunicações de acesso público, ou seja, uma vez mais um projeto de faz de conta que possibilita novas tragédias envolvendo estas equipas sejam elas “equipas de autodefesa das aldeias”, sejam elas “das aldeias seguras e pessoas seguras”. Cria-se na prática uma falsa sensação de segurança que na realidade pode não existir.

Pedrogão Grande, Castanheira de Pêra e, Figueiró dos Vinhos, continuam sem Unidades Locais de Proteção Civil e sem acréscimo de segurança comparativo aos que existia em 2017 em muitas aldeias daqueles concelhos. As vítimas de paragem cardiorrespiratória em algumas localidades (Alge, por exemplo) continuam a ter a certeza de que morrem antes de lá chegar uma ambulância que não chega em tempo útil, sem que alguém tenha sido preparado naquela aldeia ou próxima para assegurar o suporte básico de vida com recurso ao desfibrilhador automático externo para ganhar tempo até chegada de ambulância, viatura médica ou helicóptero.

O país continua a desperdiçar verbas em programas avulso, que deveria concentrar em programas de facto pensados por especialistas. O Programa Aldeias Resilientes da AVIPG nada tem, portanto, a ver com o desenhado pela APROSOC sendo uma deturpação que pode até ter nexo para quem dele participou no âmbito da vertente dos incêndios, mas que não responde às necessidades das pessoas por ele servidas e que em nossa convicção mais cedo ou mais tarde fará inevitavelmente novas tragédias.

Compreendemos  as fortes convicções das entidades envolvidas, mas não validamos tal programa como eficaz e eficiente, pelo contrário.

Notícia de 2019 sobre o assunto

Incêndios: Projeto “Aldeias Resilientes” em Pedrógão Grande devia ser replicado, diz associação

Artigo de opinião
João Paulo Saraiva
Presidente da Direção da APROSOC
Coordenador do grupo de trabalho do Projeto “Aldeias Resilientes”

Créditos Fotográficos: Observador

“ALDEIAS SEGURAS E PESSOAS SEGURAS” SÃO UM DESINCENTIVO AO CUMPRIMENTO DA LEI

Ao invés de promover as Unidades Locais de Proteção Civil, o atual Governo tem promovido formas de contornar essa solução de eleição para a autoproteção das populações. Ao implementar nas aldeias estes programas que muito pouco acrescentam à segurança e capacidade de autoproteção dos cidadãos, o Governo gera uma sensação de segurança e de proteção que na realidade não existe, pelo simples facto de que não consegue garantir aos cidadãos que ligam 112, que vão ter resposta atempada de meios de socorro. Tal situação deixa em muitos casos esses cidadãos à mercê da própria sorte.

A ação de sensibilização no programa de propaganda política “aldeias seguras, pessoa segura” deveria estar integrada num programa nacional estratégico de Unidades Locais de Proteção Civil, ao invés de surgir como um remendo que atesta a incapacidade governativa para pôr em prática o que está legislado ao mesmo tempo que desincentiva inequivocamente o cumprimento do disposto no Art.º 8º da Lei 65/2007, bem como Art.º 8º do Decreto-Lei 44/2019.

É necessário acabar com esta estratégia de remendo e faz de conta e apostar no que de mais racional está legislado.

João Paulo Saraiva
Presidente da Direção

ARTIGO DE OPINIÃO: PRESIDENTE DA APROSOC “DESMENTE” LIGA DOS BOMBEIROS PORTUGUESES

Lamentavelmente sou forçado a desmentir o Sr. Comandante Carlos Gomes que em representação da Liga dos Bombeiros Portugueses na Sic Notícias há 4 dias, cometeu incorreções factuais.

As suas declarações começam muito bem até ao momento em que afirma que mais de 90% das viaturas das corporações de bombeiros não foram comparticipadas pelo Estado, pois bem, esta declaração é totalmente falsa nos termos e pelos factos seguintes:

1º O Estado é um território com fronteiras delimitadas e reconhecidas internacionalmente, com o seu povo, e um governo;

2º A Administração Central do Estado é do Estado mas não é o Estado;

3º As autarquias gozam de parcial autonomia financeira da Administração Central do Estado, mas dependem das verbas transferidas pela Administração Central do Estado;

4º Sendo os cidadãos e todas as entidades públicas e privadas parte do Estado, pode concluir-se que, não existe nenhuma viatura que tenha sido adquirida sem comparticipação do Estado, seja através de subsídio da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, seja através de donativos dos cidadãos e/ou empresas, seja por subsídio das autarquias locais enquanto extensão da administração central do Estado;

Reitero que, é, portanto, falso o que sobre o assunto foi afirmado pelo Sr. Comandante em Representação da Liga dos Bombeiros Portugueses e que, em bom rigor o mesmo se passa com os quarteis de Bombeiros, ou seja, a qualquer momento poderá a Administração Central do Estado, declarar a Nacionalização (perda do património a favor do Estado) das Corporações de Bombeiros porque, na realidade quase tudo quanto integra o património das Associações de Bombeiros foi financiado pelo Estado independentemente da percentagem de comparticipação ou não por parte da Administração Central do Estado, foi financiado pelo Estado, ainda que através das receitas próprias dos serviços cobrados aos utentes ou ao Serviço Nacional de Saúde, também ele parte integrante do Estado.

Tenho pelo Sr. Comandante – Carlos Gomes, uma enorme estima, consideração e admiração pelo trabalho desenvolvido, não podendo contudo, no cumprimento dos fins estatutários da Associação a que presido,  estar minimamente de acordo com esta parte das declarações proferidas, respeitando contudo diferentes opiniões.

João Paulo Saraiva
Presidente da Direção da APROSOC

A política de proteção civil do atual Governo não está totalmente errada, mas é, contudo, “criminosa”

Enquanto “brincamos” às “aldeias (IN)seguras e pessoas (In)seguras” continua a morrer gente e animais, os operacionais continuam sem qualquer controlo de segurança e saúde no trabalho, são carne para canhão que acumulam flictenas nos pés e outras lesões, numa área profissional onde deliberada e criminosamente a Autoridade para as Condições no Trabalho não atua, para não por a nu tudo o que de quão criminoso está em vigor tantos nos Bombeiros, quanto nas Forças Armadas e Forças de Segurança, já para não falar do mal amado INEM enterrado até ao pescoço em interesses instalados e em escravidão laboral e perseguição das vozes incómodas.

Com a atual política de António Costa e seus “irmãos de avental” nada de significativo mudará para melhor, e nada se fará que não sirva para promover alguém a um lugar de destaque, preferencialmente em Bruxelas.

Programas que para pouco mais servem que para alimentar negócios de amigos, mas que pouco servem para proteger as pessoas. Ausência de pacotes financeiros de incentivo à constituição, equipagem e operacionalização das unidades locais de proteção civil, determinam a incapacidade de resposta adequada e atempada em missões auxiliares (por exemplo de rescaldo) que os operacionais da primeira linha se vêm obrigados a abandonar nos incêndios  para procurar salvar outras habitações em risco e de que, à “rabanada” de vento seguinte resultam em mais uma projeção, mais um foco de incêndio secundário ou reacendimento, e que deita a perder todo o trabalho realizado pela primeira linha.

Não há bombeiros, não há militares, não há forças de segurança algumas com capacidade numérica e energia suficiente face ao número, dimensão e potência dos incêndios rurais nos dias mais críticos. Sem o envolvimento coordenado dos cidadãos através das unidades locais de proteção civil, eventualmente em articulação com organizações de voluntariado de proteção civil, nas próximas décadas continuaremos a contar cadáveres de pessoas, animais, habitações destruídas, e alguém continuará a afirmar que, “os incêndios foram bons para a economia” deste país subsídio-dependente da União Europeia onde impera o “coitadísmo” para obter condescendência no cumprimento das metas do défice e bazucas financeiras, enquanto os cofres do estado arrecadam IVA, IRC e IRS resultante das operações de reconstrução de tudo o que o fogo levou.

O Governo, seja ele qual for, seja qual for a cor política ou a ordem de avental transversal a todas as cores, é culpado de cada perda de vida humana, animal ou bens, mas da culpa à responsabilidade vai uma grande distância, pois a culpa resultante da inércia e inépcia é uma coisa, mas a assunção de responsabilidades, essa recai sempre sobre os mesmos, os contribuintes.

Estamos perante um Governo que não é capaz de impor multas dissuasoras de comportamentos de risco de incêndio, não é capaz de impor sequer a quem atira beatas de cigarros pela janela da viatura a perda de pontos na carta. Um Governo umas vezes de meias medidas em alternância com as medidas nenhumas.

As autarquias continuam de costas voltadas para as Organizações de Voluntariado de Proteção Civil (OVPC), a estrutura nacional de Proteção Civil, continua a não ser capaz de responder adequadamente na gestão e coordenação de meios, ou sequer de utilizar para o efeito todos os recurso de radiocomunicações que têm à disposição e que poderiam ser operacionalizados por voluntários da OVPC com elevados benefícios na gestão de meios. Estas OVPC continuam a suportar os cursos de seguros, combustíveis, alimentação e tudo mais que implica sua atuação no terreno, ou seja, existir existem, mas para pouco mais servem do que para as estatísticas.

É incomensurável a inépcia de que resulta o subaproveitamento dos recursos de radiocomunicações colocados pelos contribuintes à disposição dos serviços e agentes de emergência e proteção civil, tal como incomensurável é a inépcia política no que à Proteção Civil é atinente, pese embora o facto de existirem pessoas muito competentes na estrutura.

Muito mais haveria a dizer, mas o texto já vai longo e a paciência do povo para textos longos começa a ser escassa, tal como o crédito dado às políticas de proteção civil de um Governo que continua a ter a desfaçatez de pedir a confiança dos cidadãos nos serviços e agentes de emergência e proteção civil, enquanto o número de mortes, feridos e perdas materiais se amontoa.

Artigo de Opinião de: João Paulo Saraiva
Presidente da Direção da APROSOC

Autarquias são as principais responsáveis pela gravidade dos incêndios

Apesar dos esforços legislativos desenvolvidos e de que resultam alguns diplomas legais de que se destaca o Decreto-Lei 44/2019, a maioria das autarquias continua sem implementar as Unidades Locais de Proteção Civil, muitos autarcas nem sabem bem qual a sua utilidade e o resultado está à vista.

De causa antrópica ou natural, os incêndios sempre existiram e vão continuar a existir e, nunca existirão nos agentes de proteção civil recursos técnicos e humanos, suficientes e capazes de fazer a primeira intervenção atempada e assegurar a consolidação do rescaldo de modo a evitar reacendimentos resultantes de projeções ou novas ignições.

A atual situação é de marginalização dos cidadãos que querem proteger o que é seu ou do seu vizinho, contudo, ainda que seja para realizarem trabalhos de consolidação de rescaldo têm de andar a esconder-se por caminhos secundários para fugir ao controlo das forças policiais. Muitos destes cidadãos têm ferramentas e equipamentos que lhes possibilitam dar um importante contributo nas operações de combate aos incêndios, contudo, proibidos de circular em áreas por vezes já ardidas e em que as forças de combate aos incêndios já abandonaram para responder a outras situações, são por vezes colocados à distância como espectadores a observar o que é seu a arder apenas porque não lhes possibilitaram participar nas operações de rescaldo.

Estes cidadãos deveriam estar integrados nas Unidades Locais de Proteção Civil de cada freguesia, ser apoiados com ações de sensibilização conducentes à sua segurança durante as operações de rescaldo como de apoio às tripulações de veículos das forças que combatem os incêndios, sob a supervisão e às ordens de cada chefe de equipa de modo a ser garantida a sua segurança.

Ninguém conhece melhor a sua propriedade que o proprietário, ninguém conhece melhor os caminhos e atalhos do que aqueles que lá moram, ainda assim são colocados como expectadores à distância, enquanto forças que por vezes vieram de locais a centenas de quilómetros de distância vão combater um incêndio num local que não conhecem, por caminhos que desconhecem, expostas por vezes a perigos que não vislumbram.

Se é verdade que muitos Presidentes de Junta ou União de Freguesias não tomam a iniciativa de constituir Unidades Locais de Proteção Civil, não menos verdade é o facto de que muitas vezes essas propostas são reprovadas por Presidentes de Câmara ou mesmo em Assembleia Municipal.

Aqueles que têm por missão o combate aos incêndios também são humanos, também precisam de apoio, também ficam com os pés lastimados dentro daquelas botas de bombeiros, também precisam da ajuda dos voluntários de proteção civil das Unidades Locais de Proteção Civil, para os encaminharem, para os alertarem dos perigos locais, para lhes indicarem pontos de água, para lhes doarem algum alimento ou água potável para poderem continuar a combater um inimigo tão desigual mas, sem este apoio ora popular e marginalizado que se deseja organizado em Unidades Locais de Proteção Civil, nada do que de pior se observa nos incêndios (número de ignições, duração, extensão e prejuízos) se alterará.

É sabido que o interior têm muitas pessoas idosas e incapazes de integrar as Unidades Locais de Proteção Civil, mas existe ainda gente capaz que não integrada faz apenas parte do problema quando poderia ser parte da solução.

Artigo de opinião de: João Paulo Saraiva
Presidente da Direção da APROSOC

APROSOC – AÇÃO SOCIAL

Alguns voluntários da APROSOC colaboram regularmente através de uma parceria entre esta Associação e algumas Instituições Particulares de Solidariedade Social, na recolha, acondicionamento, assemblagem e distribuição de bens essenciais.

Esta ação solidariedade da APROSOC está-lhe intrínseca desde a sua génese e é uma das faces menos visíveis da Associação que raramente trazemos a público, mas que, não podemos deixar de o fazer, como forma de singelo agradecimento aos nossos voluntários, homens e maioritariamente mulheres que a troco de nada se disponibilizam para ajudar os mais necessitados.

Na imagem duas das nossas voluntárias a acondicionar produtos de pastelaria para distribuição a quem deles necessita e que se não tivessem este aproveitamento acabariam provavelmente no lixo.

Um agradecimento especial às nossas voluntárias deste mês, a Lizandra (OÁSIS 246), a Cristiana (OÁSIS 248) e a Maria (OÁSIS 249).

Bem hajam sempre em prol dos que mais necessitam da nossa ajuda

Incêndios Rurais – Idosos

  • Se tem familiares mais idosos ou sem hábitos de visualização ou audição dos órgãos de comunicação social, esta é a altura certa para os contactar e lhes transmitir as recomendações das autoridades para evitar incêndios;
  • Muitos idosos residentes no espaço rural, toda a vida fizeram sardinhadas ou churrascadas no verão, faz parte da sua tradição mas, as condições meteorológicas estão, fruto das alterações climáticas, diferentes de outrora, exigindo de todos comportamentos responsáveis e tolerância zero à margem para erros conducentes à ignição de incêndios;
  • Todos juntos, somos mais capazes de proteger a floresta e, todos aqueles que sofrem de agravamento de doenças respiratórias com os fumos dos incêndios;
  • Vamos todos proteger a integridade física dos nossos idosos.

INCÊNDIOS RURAIS

» Se estiver a defender a sua propriedade das chamas, garanta que tem condições de segurança para o fazer e, tenha presente que os bens perdidos podem ser substituídos, a sua vida e dos seus familiares não;

» Se receber instruções das autoridades para evacuar a sua propriedade, respeite essas instruções, são para sua segurança;

» No combate às chamas, ou no apoio popular aos agentes de proteção civil, use roupas resistentes ao fogo e que cubram todo o corpo;

» Sempre que estiver a defender a sua propriedade dos incêndios e tenha acesso à rede de telecomunicações, ligue 117 e informe a sua localização exata, pontos de referência e ponto de situação do incêndio.

Há aldeias e aldeias do interior onde ninguém acede às redes sociais

Nos incêndios continuamos a constatar que existem pelo país fora aldeias em que ninguém tem um smartphone, um tablet ou um PC para aceder às redes sociais e estar informado.

São aldeias onde geralmente não há gente jovem e onde os mais velhos invocam em muitos casos dificuldades em aprender a utilizar as novas tecnologias.

Estes cidadãos geralmente vêm TV ou ouvem rádio, mas encontramos também quem não tenha TV e quem apenas ouve rádio quando está em casa, passando-se dias em que o rádio não é ligado.

Os avisos e alertas por SMS, embora fiquem muito aquém das vantagens da difusão celular, seriam uma forma de despertar os cidadãos para os perigos, mas tal só acontece quando a situação é demasiado crítica e já não há tempo para ações preventivas mais significativas.

O interior profundo do país em geral é assim discriminado e os cidadãos mais idosos em particular sofrem mais esta infoexclusão.

É possível encontrarmos mesmo cafés de aldeia sem televisão ou rádio, dizem que “quebraria a paz do sítio”, mas telemóvel todos têm, especialmente os 2G, apenas para chamadas e SMS.

Por vezes nas férias lá aparecem alguns jovens nas aldeias, durante alguns dias, mas, o 3 e 4 G em muitas aldeias é ainda uma miragem.

Valores filosóficos da APROSOC em Proteção Civil

A filosofia de participação na proteção civil por parte da APROSOC assenta na capacitação dos Associados para organização de comunidades locais de voluntários para prevenção, autoproteção e resposta ao apoio de emergências nas suas áreas de residência, onde não existam Unidades Locais de Proteção Civil, sendo que onde as existem recomendamos que as integrem sem prejuízo da incessante procura de mais saberes e melhor equipagem e treino individual, familiar e populacional.

A APROSOC é a soma do trabalho dos seus Associados e Voluntários, bem como a inerente partilha de saberes.

Sem a ação de cada um dos membros da APROSOC, esta Associação é pouco mais do que o papel da sua constituição, o valor de uma Associação assenta essencialmente nas pessoas que a compõe. Mais do que a imagem que uma Associação projeta, que pode ser trabalhada através de técnicas, nenhuma imagem por melhor que seja é mais importante do que a soma das ações de cada membro da Associação.

Mais do que a adrenalina da ação na intervenção, a APROSOC valoriza a prevenção, mitigação e preparação evitando os riscos possíveis de evitar preparados para os que não são evitáveis e, mais capazes de ser resilientes faca e acidentes graves ou catástrofes.

O propósito dos Associados numa Associação é o financiamento e/ou participação nas atividades e concretização de objetivos estatutários e, não aceitar esta realidade é puro negacionismo.

Acreditamos que nem os cidadão organizados para proteção civil substituem os serviços e agentes de proteção civil, nem esses substituem o dever dos cidadãos organizarem a sua autoproteção. Ambas as ações se complementam em simbiose. Para além da autoproteção, não devemos perder de vista que os agentes de proteção civil são nossos concidadãos, devendo por isso todos nós prestarmos-lhes toda a colaboração possível.