Há aldeias e aldeias do interior onde ninguém acede às redes sociais

Nos incêndios continuamos a constatar que existem pelo país fora aldeias em que ninguém tem um smartphone, um tablet ou um PC para aceder às redes sociais e estar informado.

São aldeias onde geralmente não há gente jovem e onde os mais velhos invocam em muitos casos dificuldades em aprender a utilizar as novas tecnologias.

Estes cidadãos geralmente vêm TV ou ouvem rádio, mas encontramos também quem não tenha TV e quem apenas ouve rádio quando está em casa, passando-se dias em que o rádio não é ligado.

Os avisos e alertas por SMS, embora fiquem muito aquém das vantagens da difusão celular, seriam uma forma de despertar os cidadãos para os perigos, mas tal só acontece quando a situação é demasiado crítica e já não há tempo para ações preventivas mais significativas.

O interior profundo do país em geral é assim discriminado e os cidadãos mais idosos em particular sofrem mais esta infoexclusão.

É possível encontrarmos mesmo cafés de aldeia sem televisão ou rádio, dizem que “quebraria a paz do sítio”, mas telemóvel todos têm, especialmente os 2G, apenas para chamadas e SMS.

Por vezes nas férias lá aparecem alguns jovens nas aldeias, durante alguns dias, mas, o 3 e 4 G em muitas aldeias é ainda uma miragem.