Aquivos por Autor: João Saraiva

Tertúlias Temáticas em Carnaxide

A Organização Mundial de Saúde concluiu que a solidão mata tanto quanto fumar 15 cigarros por dia, também por esse motivo, solitários ou não, e porque acreditamos que em rede social (presencial) somos mais felizes, realizamos regularmente em Carnaxide tertúlias temáticas no âmbito dos fins estatutários desta Associação, nomeadamente no eixo da cidadania proativa em proteção civil (mas não só), onde são abordados temas como:

    • O que é a proteção civil e como está organizado o sistema nacional
    • Enquadramento do voluntariado de proteção civil
    • Organização de grupos de ajuda de proximidade
    • Radiocomunicações locais de emergência
    • Radioamadorismo e outras atividades de radiocomunicação lúdica
    • Socorrismo
    • Reconhecimento e avaliação de situação
    • Como reportar uma emergência
    • Sistema Integrado de Emergência Médica 
    • Técnicas de evacuação de pessoas com mobilidade reduzida
    • entre outros

As tertúlias são abertas a todos os que sejam ou pretendam vir a ser Voluntários, Associados ou Simpatizantes da APROSOC – Associação de Proteção Civil e, porque é uma questão frequente, sim os reformados podem participar e até ser muito úteis. Estas tertúlias são intergeracionais.

Como qualquer tertúlia o petisco está sempre presente para acompanhar o tema do encontro e, é sempre um momento de partilha de conhecimento.

Se reside ou trabalha no concelho de Oeiras ou na periferia e quer juntar-se a nós manifeste-nos AQUI sua intenção de presença e indicamos-lhe o endereço do local de encontro.
Se preferir também pode contactar-nos pelo telefone 910 910 112 ou pelo e-mail: [email protected]

Ambulâncias INEM finalmente com adrenalina micro-doseada

Foram precisas inúmeras mortes para que fosse possível o INEM passar a dispor nas suas ambulâncias de injetores de adrenalina micro-doseada que possibilita reverter em caso de reação anafilática o edema da epiglote e a morte.

 

Recorde-se que esta foi uma reivindicação de inúmeras organizações, entre as quais a APROSOC – Associação de Proteção Civil, da qual nem sequer ousamos congratularmo-nos, por quão tardia tal implementação foi e, por isso tantas mortes que podiam ter sido evitadas não o foram.

 

#anapen #epipen #adenalina #choqueanafilatico

Estar preparado em radiocomunicações locais alternativas

Muitos são os que dizem estar preparados de radiocomunicações para emergências, mas, na maioria dos casos podem desconhecer o que isso significa, já que, sem familiares ou amigos igualmente preparados por perto, de pouco ou nada em algumas situações os seus meios lhe podem ser úteis.

É bonito pensar-se num mundo perfeito em que se chama uma ambulância e ela chega em poucos minutos como acontece na maioria dos casos quotidianos, contudo, mesmo no quotidiano há quem espere 3 horas ou mesmo morra à espera de uma ambulância ou outro meio de socorro ou salvamento. Importa por isso que se o meio de socorro não chega, tenhamos familiares ou amigos que nos levem até à unidade de saúde ou, que sejam capazes de nos socorrer, um amigo médico, enfermeiro, socorrista ou outro profissional de saúde em função da situação pode fazer a diferença. Mas como contacto um familiar ou vizinho para me ajudar se não existir rede telefónica no momento? Como posso pedir socorro se numa catástrofe todos os operadores das centrais 112 ou do centro de orientação de doentes urgentes (CODU) do INEM estiverem ocupados? Como pedir socorro à corporação de Bombeiros com duas ou três linhas telefónicas e igual número de operadores de central? Tudo isto parece muito rebuscado, mas aconteceu inúmeras vezes em Portugal em tempo de cheias e inundações, incêndios, pandemia, temporais, e não só.

As redes de radiocomunicações locais de emergência têm diferentes níveis, sendo o primeiro o do agregado familiar, equipado, mas também treinado. O segundo nível é o comunitário, seja a aldeia, o quarteirão, o bairro. O Terceiro nível é o Tático local, ou seja, a comunidade equipada e treinada, estabelece autonomamente redes paralelas aos serviços de emergência e proteção civil, de modo a complementar a capacidade de tráfego de mensagens, fazendo assim por exemplo chegar em tempo útil à corporação de bombeiros (cujas linhas telefónicas estão ocupadas com pedidos de socorro porque a linha 112 não atende), a informação de que na rua X junto ao número 99, um homem de 82 anos com antecedentes de DPOC foi resgatado de uma cave inundada por vizinhos, encontra-se em hipotermia e dificuldade respiratória e necessita de assistência médica.

Para que tal possa ser possível, isto exige equipagem, validação da equipagem, ou seja, garantir a compatibilidade dos equipamentos, bem como treino, ou seja, garantir que cada um sabe manusear e operar o equipamento que tem, bem como, sabe cumprir os adequados procedimentos radiotelefónicos e, para isto não basta um dos elementos de um agregado familiar, é necessário que vários ou idealmente todos pratiquem, algo quase impossível na esmagadora maioria dos agregados familiares, algo que não faz parte da cultura da sociedade portuguesa que tendencialmente substitui a preparação para a autoproteção por fé.

O ideal seriam as redes familiares e comunitárias, o possível são redes comunitárias pois raríssimas são as famílias em que todos os membros do agregado familiar encaram a realidade em detrimento da fé e do mundo virtual, mas, o concretizável na maioria dos casos face à esmagadora maioria de ausência de interesse dos cidadãos por estes assuntos, são redes táticas civis, improfícuas quando comparadas com a proficuidade de outros exemplos que nos chegam de outras partes do globo, o que infelizmente só nós pode entristecer pelo povo que somos e onde o que importa é quem no mundo coloca mais bolas dentro de uma baliza, enquanto em simultâneo morrem pessoas por falta de deteção, acionamento de meios de socorro, e assistência médica ou de salvamento.

Cá continuo eu a pregar aos peixes, é que nem nos membros dos serviços de proteção civil se observam exemplos a replicar.

Em muitos casos, nem um familiar atende de imediato o telemóvel para resposta a uma situação que pode ser de emergência, um pedido de ajuda ou socorro, ou simplesmente para ouvir as suas últimas palavras. É o povo que somos, gostemos ou não, é o que somos.

Mas felizmente existem bons, escassos, eu diria mesmo raríssimos casos de agregados familiares preparados, são esses exemplos que me fazem acreditar que, ao longo do tempo de vida que me resta, conseguirei contribuir para que mais famílias estejam preparadas em comunicações locais alternativas, aumentando assim a sua chance de sobrevivência face a situações de emergência, sejam elas de natureza médica, polícia ou de salvamento.

Autor: João Paulo Saraiva

GT- OEIRAS

O que pretendemos com o Grupo Territorial de Oeiras  (GTO)?

Como temos na Associação Técnicos de Proteção Civil e outros especialistas que concorrem para as atividades de proteção civil, idealizamos realizar ações de sensibilização aos munícipes interessados, para a cidadania proativa em proteção civil, de modo a contribuir para um maior envolvimento dos cidadãos nas atividades de proteção civil, na identificação e reporte de situações de risco, na prevenção e mitigação, na autoproteção e na ajuda de proximidade, bem como na resiliência, tornando-os operacionais de cidadania proativa em proteção civil (vulgos voluntários de proteção civil).

Idealiza-se que os grupos de cidadãos progressivamente preparados e equipados, possam atuar predominantemente na sua área de residência, mas também em caso de necessidade noutras áreas geográficas. Por exemplo, em caso de cheias e inundações em Algés, os operacionais de Linda-a-Velha, Carnaxide,… podem auxiliar de forma coordenada em ações complementares e convergentes à dos serviços de emergência.

Para tal precisamos de reunir mais interessados residentes no concelho de Oeiras, atendendo ao facto da maioria dos Associados da APROSOC – Associação de Proteção Civil estar dispersa por outros concelhos de Portugal continental.

Apesar de na atualidade os operacionais no concelho de Oeiras não serem muitos, ainda assim atuam frequentemente na prevenção e mitigação, identificação e reporte de riscos, pelo que, cremos que se mais formos, mais contribuiremos para a segurança coletiva no concelho de Oeiras.

VENTOS FORTES

  • Não estacione veículos junto de estruturas ou árvores que possam cair;
  • Recolha para dentro de casa objetos que possam voar, cair ou ser arremessados pelo vento;
  • Abrigue dentro de casa animais de companhia que habitualmente fiquem no exterior;
  • Fixe bem objetos exteriores que não possam ser guardados no interior de casa;
  • Recolha vazos e floreiras das janelas;
  • Tenha sempre uma lanterna à mão para a eventualidade de faltar a eletricidade;
  • Mantenha-se atento e em contacto com vizinhos, familiares e amigos que possam vir a necessitar da sua ajuda.

SAÚDE – INSUFICIÊNCIA DE RESPOSTA ÀS NECESSIDADES DE TRANSPORTE SECUNDÁRIO É UMA INEVITABILIDADE

Ex.mos Senhores

As informações que têm chegado a esta Associação por parte de profissionais de diferentes classes da saúde, permitem-nos concluir que não só a assistência hospitalar está em risco, como o serviço de transferência inter-hospitalar (transporte secundário aéreo e terrestre) sofrerá graves constrangimentos, podendo em muitos casos não existir capacidade de resposta devido ao aumento da necessidade de transferência resultante do encerramento de serviços hospitalares, situação que inevitavelmente sobrecarregará ainda mais o “sistema de emergência pré-hospitalar” já de si colapsado quotidianamente, com tempos de resposta que ultrapassam por vezes três horas em situações de emergência.

Recorde-se que, o acompanhamento de muitos destes utentes entre unidades hospitalares, carece de acompanhamento médico, atendendo ao facto de não existir uma carreira paramédica pré-hospitalar em Portugal.

Esta situação contribui inevitavelmente para elevar a taxa de morbilidade e mortalidade em Portugal continental, já em níveis próprios de países subdesenvolvidos, não podendo por isso a APROSOC – Associação de Proteção Civil, deixar de manifestar uma incomensurável preocupação com esta situação que pode atingir o nível de catástrofe.

Com os melhores cumprimentos. Atentamente,

João Paulo Saraiva 

Presidente da Direção

Técnico de Proteção Civil