Ex.mos Senhores
As informações que têm chegado a esta Associação por parte de profissionais de diferentes classes da saúde, permitem-nos concluir que não só a assistência hospitalar está em risco, como o serviço de transferência inter-hospitalar (transporte secundário aéreo e terrestre) sofrerá graves constrangimentos, podendo em muitos casos não existir capacidade de resposta devido ao aumento da necessidade de transferência resultante do encerramento de serviços hospitalares, situação que inevitavelmente sobrecarregará ainda mais o “sistema de emergência pré-hospitalar” já de si colapsado quotidianamente, com tempos de resposta que ultrapassam por vezes três horas em situações de emergência.
Recorde-se que, o acompanhamento de muitos destes utentes entre unidades hospitalares, carece de acompanhamento médico, atendendo ao facto de não existir uma carreira paramédica pré-hospitalar em Portugal.
Esta situação contribui inevitavelmente para elevar a taxa de morbilidade e mortalidade em Portugal continental, já em níveis próprios de países subdesenvolvidos, não podendo por isso a APROSOC – Associação de Proteção Civil, deixar de manifestar uma incomensurável preocupação com esta situação que pode atingir o nível de catástrofe.
Com os melhores cumprimentos. Atentamente,
João Paulo Saraiva
Presidente da Direção
Técnico de Proteção Civil