Arquivo mensal: Março 2022

ACIDENTE NUCLEAR – EMERGÊNCIAS RADIOLÓGICAS

O Que são as Emergências Radiológicas ? 

Em caso de acidente grave numa instalação com um reator nuclear (central nuclear, navio de propulsão nuclear,…), pela queda dum satélite com reator nuclear ou por um incêndio no transporte de material radioativo, existe o risco de dispersão de matérias radioativas que podem constituir um perigo para o homem e para o ambiente. Concretamente, se em caso de acidente se verificar uma avaria nos sistemas e nas barreiras de segurança do reator, existe o risco de libertação de uma nuvem radioativa que se espalha no ambiente.

Quais as consequências de uma nuvem radioativa?

Neste caso, homens e animais podem ficar expostos:

a) a uma irradiação externa pela nuvem radioativa durante a sua passagem ou pelas matérias radioativas que se depositam no solo;

b) a uma irradiação interna pela inalação do ar contaminado ou pelo consumo de alimentos contaminados.

Os caminhos de exposição humana são:

Por efluentes gasosos:
– Ar – Irradiação externa
– Ar – Inalação
– Ar – Depósito nos solos – Irradiação externa
– Ar – Depósito de cultivos (Hortaliças) – Consumo humano
– Ar – Depósito de pastos – Ingestão pelo gado – Consumo humano

Por efluentes líquidos:
– Água – Ingestão
– Água – Depósito em cultivos por rega – Consumo humano
– Água – Peixes – Consumo humano
– Água – Irradiação externa (atividades recreativas: natação, pesca desportiva, etc)
– Água – Acumulação em lodos, areias e argilas – Irradiação externa

A radioatividade é incolor, inodora e invisível, mas pode ser detetada com aparelhos de medição.

Como atua a radioatividade?

As matérias radioativas estão em permanente transformação, emitindo radiações portadoras de energia. As radiações podem modificar e destruir as células do corpo humano. Se um grande número de células é atingido, existe um grave perigo para a saúde.

Por um lado, existe uma distinção entre os efeitos imediatos, que se manifestam após uma irradiação muito importante e, por outro lado, os efeitos a longo prazo, que podem vir a manifestar-se no seguimento de irradiações mais fracas. Os efeitos imediatos manifestam-se, o mais tardar, após alguns dias e dão origem a danos corporais graves, muitas vezes irreversíveis. Os efeitos a longo prazo manifestam-se após vários anos, originando doenças cancerígenas e deformações congénitas.

Mesmo em caso de acidente nuclear proveniente das unidades navais de propulsão nuclear, as medidas de proteção permitem que a população não fique exposta a uma irradiação de efeitos imediatos. Estas mesmas medidas de proteção procuram igualmente reduzir ao mínimo os efeitos a longo prazo.

Caminhos de Exposição do Homem 

Exposição HumanaPor efluentes gasosos:

– Ar – Irradiação externa
– Ar – Inalação
– Ar – Depósito nos solos – Irradiação externa
– Ar – Depósito de cultivos (Hortaliças) – Consumo humano
– Ar – Depósito de pastos – Ingestão pelo gado – Consumo humano

Por efluentes líquidos:

– Água – Ingestão
– Água – Depósito em cultivos por rega – Consumo humano
– Água – Peixes – Consumo humano
– Água – Irradiação externa (atividades recreativas: natação, pesca desportiva, etc)
– Água – Acumulação em lodos, areias e argilas – Irradiação externa

 

Quais são as medidas previstas para alertar, proteger e socorrer a população?

As medidas de prevenção e de proteção consistem principalmente em:

avisar a população;

manter a população em zonas determinadas;

evacuar a população.

A aplicação destas medidas de prevenção e de proteção é feita em função da gravidade do acidente:

Aviso à população:

A população é avisada e mantida ao corrente da situação através de mensagens difundidas pelas estações nacionais de radiodifusão e pela televisão.

Refúgio nas casas:

A dose de irradiação recebida no interior de uma casa é nitidamente inferior à da rua. Deve, no entanto, verificar se os ventiladores e o ar condicionado estão desligados e se as portas e janelas estão fechadas. O abrigo da população dentro de casa oferece uma proteção considerável contra as radiações. A cave duma casa oferece uma proteção ainda mais eficaz.

Mais vale estar abrigado em casa e ser depois evacuado, do que ser irradiado no exterior aquando da passagem da nuvem radioativa.

Evacuação da população:

Se a situação radiológica for avaliada de tal forma que a população de certas zonas, mesmo abrigada dentro das casas, pode vir a sofrer doses de irradiação demasiado elevadas, proceder-se-á à sua evacuação temporária.

As pessoas que não possam encontrar refúgio pelos seus próprios meios, serão recolhidas e alojadas em centros de acolhimento instalados pela Proteção Civil.

Findo o período de tempo considerado como necessário para uma evacuação de segurança, as pessoas regressarão às suas casas.

Além disso, serão instalados centros de descontaminação devidamente localizados fora da zona contaminada.

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O que fazer em caso de aviso ?

O aviso é desencadeado quando a contaminação radioativa for considerada perigosa para a população.

Instruções para toda a população:

Ouça as estações nacionais de radiodifusão e a televisão que difundirão as diretivas e conselhos das autoridades competentes;

Não vá, por esta razão, buscar as crianças às escolas pré-primárias, primárias ou creches. Elas serão acompanhadas pelo pessoal responsável;

Volte para casa ou vá para qualquer outro local construído em cimento, pedra ou tijolo, onde possa abrigar-se e acompanhe as indicações das autoridades através da rádio e televisão;

Feche todas as portas e janelas que dão para o exterior;

Desligue todos os sistemas de ventilação e ar condicionado;

Desligue a chama dos aparelhos de aquecimento e apague as lareiras;

Desligue os botões do aquecimento e feche a ventilação das chaminés;

Coloque camadas de papel de jornal ou panos húmidos nas frestas das janelas e portas para reduzir a entrada de ar;

Desligue os sistemas de recolha de água da chuva;

Traga para dentro de casa os seus animais domésticos;

Beba água da torneira e coma só os alimentos que estiverem dentro de casa. Evite consumir os legumes e a fruta colhida recentemente, até que seja difundida instrução em contrário;

Só utilize o telefone em caso de necessidade absoluta para não sobrecarregar as linhas;

Mantenha-se ocupado, embora atento à difusão dos avisos.

Instruções complementares para os agricultores e horticultores:

Leve o gado para locais fechados;

Na medida do possível, reduza a ventilação natural ou artificial desses locais;

Prepare e conserve em local fechado, forragens e alimentos empacotados para a alimentação do gado;

Cubra o feno que se encontra ao ar livre com plástico;

Feche as estufas.

Instruções especiais para as escolas:

Os responsáveis das escolas devem ouvir as estações nacionais de radiodifusão e a televisão e informar todos os professores da situação. Todas as escolas estão equipadas com rádios recetores.

De acordo com as diretivas das autoridades, os responsáveis das escolas públicas e privadas devem organizar o regresso a casa das crianças ou devem mantê-las provisoriamente na escola. As crianças ficam sob a guarda dos professores enquanto permanecerem na escola.

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O que fazer em caso de evacuação

Se por medida de precaução, as autoridades decidirem a evacuação de determinadas zonas, esta medida será comunicada aos habitantes através de mensagem difundida por uma estação de radiodifusão, ou por altifalantes em viaturas credenciadas pelos serviços de proteção civil.

Após o aviso de evacuação siga as instruções seguintes:

Leve consigo os seus documentos (bilhete de identidade, cartão da segurança social, etc.), bem como dinheiro ou outro meio de pagamento;

Deixe fechadas as torneiras de água, o gás, e a eletricidade, como é habitual quando sai de casa;

Feche à chave as portas que dão para o exterior.

Em caso de evacuação em meio de transporte próprio:

Utilize o seu carro, tendo o cuidado de fechar bem as janelas e de desligar os sistemas de climatização e ventilação;

Ligue o rádio do carro e ouça uma estação nacional de difusão;

Siga os itinerários aconselhados pelas autoridades.

As pessoas que não se possam abrigar em casa de parentes ou de amigos, devem dirigir-se ao centros de acolhimento designados pelas autoridades de proteção civil.

Em caso de evacuação em meio de transporte coletivo:

Se não puder sair de casa pelos seus próprios, deve dirigir-se ao local de encontro designado pelas autoridades de proteção civil. Será então evacuado de autocarro;

As pessoas doentes ou deficientes devem telefonar para o 112 para poderem ser evacuadas.

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Mantenha-se calmo e não entre em pânico.

Ouça uma estação nacional de radiodifusão.

Siga escrupulosamente as instruções das autoridades.

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A aplicação eficaz das medidas de prevenção e de proteção exige espírito de solidariedade, entreajuda e respeito mútuo.

 

Fonte: ANEPC – Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil

http://www.prociv.pt/pt-pt/RISCOSPREV/RISCOSTEC/EMERGENCIASRADIOLOGICAS/Paginas/default.aspx#!#collapse-4

 

Reservas de combustíveis e energia elétrica alternativa

No atual contexto de guerra da Europa, é possível que os combustíveis atinjam máximos históricos, deixando de possibilitar às classes baixa e média o uso do automóvel mas, acresce que pode ocorrer a escassez de abastecimento e uma corrida aos postos de abastecimento. Assim sendo, seria pertinente fazer-se reserva de combustível em Jerricans, de modo a ter forma de fazer um abastecimento em caso de extrema necessidade de uso do automóvel, mas também de modo a economizar qualquer coisa com a compra aos preços atuais evitando a compra aos preços a que se prevê venham a chegar.

Importa ter atenção às condições de segurança para armazenamento de combustível, nomeadamente a ventilação e o facto de não dever ser armazenado em apartamentos.

Quanto às energia elétrica alternativa, para quem não dispõe de sistemas de painéis solares, talvez esteja na altura de pensar nisso ou, pelo menos dispor de pequenos painéis e baterias para recarregar pequenos equipamentos como  telemóveis, walkie-talkies, rádio telefonia, lanternas, entre outros.

Existem power bank´s com painéis solares que recarregam totalmente entre 1 a 4 dias dependendo da potência do painel, equacione também essa solução.

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Este artigo não é uma recomendação, somente um contributo reflexivo.

João Paulo Saraiva

Apoio à Ucrânia

Os cidadãos que pretendam apoiar aquele país contra a invasão de que estão a ser alvo por parte da Rússia, podem doar bens essenciais através da “Associação S.O.S. Exército”, com sede em Kiev, entrando em contacto com o seu delegado em Portugal, Sr. Maksyn Bohun, através do telemóvel 967 409 745.

Voluntários de Radiocomunicações em Situações de Emergência

São comuns cidadãos operadores de meios de radiocomunicações, treinados especificamente para situações de emergência, que quotidianamente para além de treinar procuram capacitar e treinar famílias e comunidades para a autonomia de radiocomunicações como alternativa na falha das telecomunicações de acesso público.

Face a situações de emergências em acidentes graves, catástrofes ou caos social, estes voluntários intervém na ponte de comunicação entre cidadãos, bem como, entre esses e os serviços de emergência quando privados dos convencionais meios de telecomunicações, sem prejuízo do aproveitamento das demais competências destes voluntários quando necessário serem colocadas em prática, já que têm as mais variadíssimas profissões, existido entre eles por exemplo: médicos, arquitetos, socorristas, tripulantes de ambulância, bombeiros, manobradores de maquinaria ligeira ou pesada, engenheiros, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, aposentados das forças de segurança e da forças armadas, entre muitas outras.

Estes voluntários têm, portanto, como principal missão o apoio às radiocomunicações de emergência, especialmente de âmbito local, sem prejuízo de no limite das suas competências, capacidades e disponibilidades desempenharem outras funções no âmbito das missões que estatutariamente esta Associação prossegue ou mesmo de outros apoios não especializados que se revelem necessários.

Não é necessário ser-se radioamador, engenheiro ou doutor para ser voluntário de radiocomunicações em situações de emergência, basta ter disponibilidade, vocação e vontade de aprender, sendo irrelevante a taxa de candidatos que não conseguem atingir os padrões mínimos de proficiência na radioperação de emergência quando de facto se para isso se disponibilizam.

Nem sempre é necessário recorrer-se a frequências de radioamador para cumprir esta missão de âmbito local, muitas vezes através de redes privativas, da banda do cidadão e outras bandas de uso livre conseguem-se estabelecer redes de radiocomunicações locais capazes de dar resposta às necessidades, sendo a APROSOC uma das Associações que seguramente mais têm contribuído para a sensibilização pública sobre estas alternativas.

Para integrar o grupo de radioperadores se se preparam para apoio às radiocomunicações de emergência na APROSOC, basta ter vocação e um forte desejo de fazer todo o percurso de capacitação.

Onde dispõe na sua zona de abrigos subterrâneos?

Em algumas cidades o metropolitano subterrâneo, ou mesmo túneis rodoviários, podem possibilitar esse abrigo de emergência, tal como algumas caves e subcaves de alguns edifícios, contudo essa não é a realidade transversal a todo o território nacional.

Os Bunkers existentes no nosso país destinam-se essencialmente a proteger os titulares dos órgãos de soberania.

Em países em que as famílias são economicamente mais privilegiadas, muitas destas famílias optam por construir os seus bunkers e armazenar os bens essenciais à sua sobrevivência, até mesmo para se autoproteger de grandes incêndios, tornados, conflitos armados, bombardeamentos, aviso de queda de objeto sideral e outros fenómenos destruidores.