Num teatro de operações de acidente grave ou catástrofe, os operacionais do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS), estão totalmente empenhados no cumprimento das suas missões, sendo por isso por vezes mais fácil a quem está de fora a deteção de situações a carecer de resposta imediata. Os especialistas em radiocomunicações de emergência, podem ao monitorizar radiocomunicações cidadãs (de uso livre) e amadoras, aperceber-se de situações a carecer de apoio ou ajuda imediata, devendo de imediato comunicar essas situações aos serviços de emergência, sem prejuízo da ação imediata de, no limite das competências, capacidades e disponibilidades de cada um destes especialistas, assegurar a resposta necessária até chega dos meios de socorro e ou salvamento.
Tal como existem radioperadores e radioamadores especializados em comunicações a longa distância (DX), existem outros dedicados à especificidade das radiocomunicações locais de emergência, sendo este um dos eixos de atividade da APROSOC – Associação de Proteção Civil, a par da capacitação em autoproteção civil.
No âmbito das radiocomunicações locais de emergência, a APROSOC tem antes de outros objetivos, a capacitação dos seus Associados a título individual, familiar e comunitário, para a comunicação alternativa através de meios de radiocomunicações face a situações em que as telecomunicações de acesso público falhem, situações que ocorrem frequentemente em incêndios rurais, tornados, tempestades, sismos, atentados informáticos maliciosos, entre outras situações de génese natural, antropogénica ou complexa.
Neste contexto, a APROSOC realiza regularmente sessões de partilha de conhecimento técnico e de treino de boas práticas em procedimentos radiotelefónicos que possibilitam testar a compatibilidade dos equipamentos, bem como a manutenção do conhecimento das características, vantagens e limitações desses equipamentos, com base em conceitos universais emergêncistas associado ao conhecimento empírico de cada especialista.
A comunicação via rádio entre membros da APROSOC processa-se através dos canais preconizados no Plano de Comunicações (PLACOME).
A vertente das radiocomunicações é indispensável à AUTOPROTEÇÃO CIVIL e coordenação das operações locais de socorro, motivo pelo qual a APROSOC tem as radiocomunicações organizadas em rede, a REDE RAIO, cuja localização das estações que a compõe e solicitaram figurar, podem ser visualizadas no Mapa da Rede.