A ATIVIDADE DE PROTEÇÃO CIVIL DOS CIDADÃOS É A AUTOPROTEÇÃO CIVIL

Na Lei de Bases de Proteção Civil, “A proteção civil é a atividade desenvolvida pelos cidadãos e por todas as entidades públicas e privadas com a finalidade de prevenir riscos coletivos inerentes a situações de acidente grave ou catástrofe, de atenuar os seus efeitos e proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo quando aquelas situações ocorram.”, mas na realidade a administração central do Estado chama a si a proteção civil apesar das suas incapacidades de a garantir aos cidadãos.

Quando os acidentes graves ou catástrofes ocorrem, os serviços de emergência médica, bombeiros e forças de segurança, estão na segunda linha de reação logo após os comuns cidadãos. No entanto, frequentemente a capacidade de resposta esgota-se face ao número de vítimas, ficando muitas delas à mercê da própria sorte, podendo acabar por ser vítimas da própria impreparação e, muitas delas não serem socorridas e salvas, é ai que entre a AUTOPROTEÇÃO CIVIL, a proteção resultante da preparação de cada cidadão.

Sismos, tsunamis, tempestades, pandemias, terrorismo, inundações, cheias, grandes incêndios, acidentes siderais, acidentes antrópicos, … Estes acidentes graves ou catástrofes podem ocorrer sem aviso prévio e por isso apanharmo-nos desprevenidos, afetando uma pequena comunidade, uma região ou mesmo a totalidade do território nacional ou mais ainda.

As suas consequências são frequentemente devastadoras, deixando um rasto de destruição e morte ou, pessoas ou mesmo famílias inteiras com a vida irremediavelmente destruída pela perda dos seus bens, fontes de rendimento e teto.

As previsões anunciam que os desastres vão ser cada vez mais frequentes e os seus efeitos mais intensos, também por força das alterações climáticas e aumento das vulnerabilidades das populações devidas a fatores demográficos, culturais e sociais.

Face a estas evidências, temos apostado em atividades conducentes à prevenção e preparação dos cidadãos para emergências, acidentes graves ou catástrofes (a AUTOPROTEÇÃO CIVIL), no sentido de tanto quanto possível mitigar os efeitos funestos dessas situações através de uma ação rápida e eficaz dos cidadãos que constituem a primeira resposta às emergências, mesmo antes de qualquer ação dos serviços de emergência e proteção civil e que, precisamente por isso importa preparar para prevenir, mitigar, alertar, socorrer e recuperar.

Por exemplo, na falha de telecomunicações de acesso público, os vulgos “walkie-talkies”, possibilitam a coordenação local de resposta informal às emergências, sendo um dos meios de eleição para este efeito, contudo, é importante ter consciência de que nem todos os equipamentos são compatíveis, dai decorrendo constrangimentos. Procuramos manter-nos permanentemente em contacto comunitário local reforçando assim a sensação e, efetiva segurança, fazemo-lo através de equipamentos da Banda do Cidadão (CB- Citizens Band), PMR446, Rádio Amadores, e essencialmente Redes Privativas locais dedicadas.