RADIOCOMUNICAÇÕES CIDADÃS NA AUTOPROTEÇÃO CIVIL

O importante das radiocomunicações cidadãs nas emergências são as redes locais, as que não dependem de quaisquer infraestruturas, ou seja, simplex (directo).

Mais importante que fazer DX para a China ou echolink para o Brasil é saber como comunicar com o familiar, amigo ou vizinho que nos pode auxiliar e, a maioria de nós não sabe em que frequências estão os vizinhos que têm meios de radiocomunicação, quais os seus indicativos de chamada ou mesmo se conseguem ou não comunicar em direto para pedir ou disponibilizar ajuda de proximidade.

Os meios de radiocomunicação cidadã possibilitam geralmente comunicação de curto alcance, contudo, quando se consegue alcançar um local estrategicamente mais elevado, como o topo de um edifício ou um monte, o alcance é substancialmente superior devido à supressão de obstáculos a atenuar as ondas radioelétricas. É isto que treinamos aos domingos de manhã na APROSOC, procurando alcançar um sítio alcançável a pé para verificar o alcance, mas também reconhecendo o alcance local sem recurso a locais elevados.
Caso vários elementos da família ou comunidade que se encontram mais distantes (dentro de uma distância plausível) consigam alcançar em segurança locais mais elevados, aumenta substancialmente a probabilidade de se conseguirem contactar via rádio.

Nem sempre mais potência significa conseguir chegar onde se pretende, por vezes significa somente mais potência refletida ou absorvida pelos obstáculos físicos, sendo contudo inegável que mais potência pode significar mais alcance, mas também maior consumo  e por consequência menor autonomia dos equipamentos alimentados a baterias.

Quando temos as redes de telemóvel a funcionar em pleno tudo isto nos parece rebuscado e próprio de pessoas mentalmente insanas mas, quando por qualquer motivo as redes de telemóvel e internet desaparecem as radiocomunicações cidadãs são uma alternativa ao alcance daqueles que estão PREPARADOS, sendo esta uma das vertentes da AUTOPROTEÇÃO CIVIL.