APROSOC – Associação de Proteção Civil propõe moralização dos radares de velocidade automóvel

Advoga esta Associação que deve existir uma moralização pública dos radares de velocidade automóvel, de modo que sejam vistos como efetivamente pedagógicos ao invés de uma mera estratégia de caça à multa para aumentar a receita de algumas entidades públicas.

Propõe assim esta Associação que:

  1. A colocação de radares de velocidade seja efetuada com base em critérios de sinistralidade e seu índice de feridos graves e mortes e que, estes números sejam tornados públicos antes da colocação do respetivo sistema de radar.
  2. Cada radar tenha uma placa identificativa e sobejamente visível com o nome e idade do último ferido grave ou morto ocorrido no troço em que é aplicado o radar, se para tal a o próprio ou família não se opuser, de modo a sensibilizar os condutores e homenagear as vítimas.
  3. Que da receita das coimas, uma percentagem simbólica, seja repartida com as Organizações de Voluntariado de Proteção Civil (OVPC) reconhecidas pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), bem como pelas Unidades Locais de Proteção Civil das Juntas ou Uniões de Freguesia que,  desenvolvam de um modo geral campanhas próprias e ações preventivas de redução da sinistralidade (nomeadamente através da identificação e reporte das situações de perigo que detetem nas nas vias) e/ou ajudem a divulgar pelos seus canais próprios as campanhas das forças de segurança e autoridades rodoviárias, propondo-se uma percentagem desejavelmente não inferior a  2% para as OVPC e ULPC que tenham campanhas de sensibilização e ações de prevenção no âmbito da segurança rodoviária e, desejavelmente não inferior a 1% para as que somente as divulguem em massa nas redes sociais e outros canais próprios.

Acreditamos que estas 3 medidas mudarão por completo a forma como os condutores passam a olhar para os radares, mas acima de tudo que, mudará também o comportamento dos condutores que circulam nas vias rodoviárias com mais elevado índice de sinistralidade, podendo ainda esta iniciativa legitimar outras ações de sensibilização, tais como de certo modo algumas famílias já o fazem, com a colocação da imagem, nome e flores nos locais onde um ou vários seus familiares perderam a vida, podendo esta homenagem póstuma ser feita através da placa identificativa de modelo semelhante à colocada nos radares.