Ex.mos(as) Senhores(as)
A APROSOC – Associação de Proteção Civil, recomenda aos grupos parlamentares da Assembleia da República, um voto de louvor aos 13 militares que se recusaram ordeiramente a sair em missão, arriscando as suas carreiras para não se colocarem não só a si em risco desnecessário e acrescido, bem como não colocar os demais camaradas em risco e não denunciarem às forças inimigas as fragilidades dos meios de combate da Marinha de Guerra Portuguesa que, os órgão de comunicação social acabariam por expor. O que era expectável para aqueles que o conhecem como ninguém e, pelos vistos até melhor que o comandante de missão, viria de facto a ocorrer no navio de guerra “Mondego”, que regressara a terra sem condições de navegabilidade, rebocado, para vergonha nacional que, os 13 militares que se recusaram a sair em missão quiseram evitar mas não conseguiram devido à inépcia e teimosia dos seus superiores hierárquicos que, aparentemente não têm a capacidade de análise que apregoam aos órgãos de comunicação social e que, são merecedores de procedimento disciplinar, desde o comandante de missão ao Chefe de Estado Maior da Armada, por terem colocado em causa o bom nome e superior interesse de Portugal no âmbito da defesa nacional e dos tratados internacionais de defesa.
Estava em causa antes de mais a segurança, não de combate que poderia não ocorrer, mas que se ocorresse determinaria provavelmente a extinção de toda a tripulação, porque um navio sem condições de navegabilidade perde capacidade de manobra.
Sair com um navio neste estado para a guerra, é como sair com este navio neste estado para a guerra sem munições, a vulnerabilidade é uma constante útil ao inimigo e no mínimo injusta para os nossos compatriotas tripulantes daquele navio.
Até na Guerra, a segurança se impõe e, não podemos esquecer que o condição de vida militar não se alheia dos direitos consagrados no Artigo 59 da Constituição da República Portuguesa
Se o navio mondego não tivesse regressado e a sua tripulação, provavelmente tudo estaria a ser visto de modo diferente.
O ato praticado por aqueles 13 militares é, na sua dimensão, um ato equivalente ao 25 de Abril de 1974.
O maior perigo é a hipocrisia da sociedade em que vivemos e em que apregoamos valores que na realidade não temos e não praticamos. O maior risco é não dar ouvidos a quem sabe e teimar em colocar a prova à mercê da sorte.
Que bons mares tragam os marinheiros portugueses sempre a salvo de regresso a casa.