APROSOC acusa Governo de corresponsabilidade na dimensão de catástrofes futuras

Desde pelo menos 2010 que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, e desde 2011 por parte da atual APROSOC que, o governo recebeu recomendações para implementar os avisos por difusão celular às populações em perigo, recomendações ignoradas e das quais podem ter resultado inúmeras mortes.

Outros países europeus ativaram recentemente remotamente a difusão celular (cell broadcast) nos smartphones de todos os cidadãos, após em articulação com os operadores de telecomunicações terem ativado esta tecnologia em todas as redes móveis. No caso da Alemanha, esta iniciativa surgiu na sequência do facto de em cheias e inundações recentes, terem concluído que o envio de avisos por sms  terá contribuído para a dimensão dos prejuízos materiais e mesmo para algumas das mortes ocorridas em pessoas que não foram avisadas ou que o aviso por SMS chegou tarde demais.

Uma cidadã portuguesa imigrante na Alemanha e Associada da APROSOC – Associação de Proteção Civil, constatou há dias que as suas definições de receção de alertas por difusão celular foi remotamente ativada, esta nossa Associada manifesta-se agradada  com o facto por contribuir para a sua segurança e dos seus, bem como de todos.

O Governo Português poderia ter aproveitado o Plano de Recuperação e Resiliência para complementar o investimento que falta para que a cell broadcast seja uma realidade em Portugal, a aquisição de consolas de envio para a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, ou invés disso optou por um conjunto de outros investimentos importantes mas não tão prioritários quanto a segurança coletiva dos cidadãos, facto que só podemos lamentar.