Artigo de opinião: QAP na banda do cidadão

Reflexão sobre o Associativismo na banda do cidadão e demais bandas cidadãs de radiocomunicações

Aprecio muitas das Associações e grupos com filosofia própria que elegem um canal tendencial para as suas atividades ou, mais corretamente dão uso ao canal de chamada e após a chamada correspondida rumam a um canal livre ou menos ocupado localmente. São estas últimas geralmente as melhor sucedidas, as demais funcionam como uma espécie de “Maria vai com as outras”, ou seja, os seus membros tendem a parar em canais mais populosos e por ali se mantêm a ouvir o que calha enquanto perdem chamadas no canal de chamada e comunicações dos seus colegas de organização num canal para onde rumaram. Muitos dos adeptos da filosofia “Maria vai com as outras”, engrossando a atividade de outras Associações e grupos enquanto esvaziam as atividades da sua própria organização.

Numa Associação ou grupo o que ela faz é a súmula do conjunto individual de cada grupo e, ao invés do que a maioria crê, não é somente a atividade organizada pela administração, pois nestas organizações quando todos são voluntários a disponibilidade não abunda.

Organizações que tendem a não ter canais/frequências ditos ponto de encontro, tendem a nada contribuir para facilitar a comunicação entre amigos e conhecidos em situações de catástrofe e, não basta irem de vez em quando ao canal eventualmente combinado, é necessário manter a escuta tendencialmente permanente para que exista alguma probabilidade de contacto.

O princípio do canal/frequência QAP (aquele em que quando estamos em casa, no automóvel, ou mesmo com o walkie-talkie escutamos), é aquele que mais evita o desencontro, em especial se periodicamente premir o PTT (push to talk) para anunciar a sua presença no canal.

No caso da banda do cidadão muitos tendem a estar à escuta em certo canal popular e populoso porque nem esses nem outros contribuem para fortalecer a presença em canal de chamada, juntando-se assim a outros grupos informais e prejudicando gravemente a proficuidade da sua organização no que concerne à resposta a chamadas no canal ou frequências QAP.
Geralmente os que tendem a escutar mais certos canais mais heterogéneos populares e populosos, tendem a ser aqueles que revelam menor nível cultural ou menor grau académico e que por isso ao invés de apostarem em captar mais informação optam por ouvir despautérios como música para os seus ouvidos.

Na APROSOC recomendamos aos nossos Associados, voluntários e simpatizantes, a monitorização do canal de chamada (11). Isto sem prejuízo de recurso a qualquer outro canal livre ou, de quem tem equipamentos com busca a memórias ou busca a dois canais monitorizar vários canais em simultâneo e, face a estados de alerta especial de nível laranja ou vermelho, a monitorização do canal 9 em simultâneo, dai muitos dos Associados e voluntários optarem por equipamentos com características invulgares ou mesmo disporem de mais do que um rádio.

 

Embora esta seja a tendência atual da APROSOC esta não garante que seja definitiva, já que a única coisa definitiva na vida é a morte.

“Já agora, talvez valha a pena pensar nisto”

João Paulo Saraiva
Estação FÉNIX 01