Autoproteção 2.0, o “sobrevivencialismo”

É sabido que nenhum sistema de proteção civil tem capacidades ilimitadas e, que nenhum sistema governamental garante a total segurança dos cidadãos face a fenómenos extremos de exceção que ultrapassem a capacidade de resposta atempada dos serviços de emergência. Dizer aos cidadãos que podem depositar toda a sua confiança nos serviços governamentais no que à proteção civil é atinente, em especial face a fenómenos catastróficos cuja dimensão o país e o mundo ainda não conhecem, tais como por exemplo a colisão de objeto sideral com o planeta terra, é no mínimo desonesto.

Já no que concerne à resposta a fenómenos extremos adversos conhecidos são muitos os casos conhecidos de incapacidade de resposta atempada por parte dos serviços de emergência e proteção civil, facilmente se compreendendo que os cidadãos de Portugal e do mundo necessitam passar a uma fase 2.0 da preparação para fenómenos catastróficos geradores de caos social, extinção em massa, ou outros.

Até então, nenhuma organização nacional ousou fazer uma associação sequencial do sobrevivencialismo à proteção civil, de modo conducente à preparação dos cidadãos para a autoproteção quando vai poder contar com os serviços de emergência e proteção civil, mas também para quando a capacidade de resposta desses serviços colapsa, o que como sabemos já acontece frequentemente.

A APROSOC – Associação de Proteção Civil, comprometida com a sensibilização dos cidadãos para a sua autoproteção, assume assim mais uma ação inovadora e geradora de sensibilização que vai muito para além do “em caso de emergência ligue 112” porque, sabemos que face ao caos social não existirão recursos de emergência para responder a todas as situações, provavelmente o 112 não funcionará, provavelmente de bombeiro, socorrista, médico, polícia e resgatador, todos os cidadãos terão de ter um pouco, importando por isso conferir a todos as “skills” indispensáveis à sua sobrevivência, tornando-os mais resistentes e resilientes, mas também menos dependentes de serviços que face a tais cenários nada garantem.