Só para os “preparacionistas”

Para estar preparados para as emergências de proteção civil, os cidadãos precisam estar integrados em comunidades preocupadas com o tema, que cultivem uma cultura de segurança coletiva todos os dias, para que a formação empírica conducente à equipagem de preparação seja possível. Não seria sério dizer-se que basta acompanhar o que as autoridades trazem a a público para se estar preparado para as emergências de proteção civil, nem as organizações não governamentais de proteção civil como é o caso da APROSOC, poderiam trazer a público em canais abertos toda a informação “preparacionista”, sob pena de serem interpretados como alarmistas e estarem a anunciar ocorrências impossíveis de prever. Por outro lado, a imprevisibilidade de determinado tipo de ocorrências faz com que a intensidade e celeridade da preparação seja uma constante e não algo que se faz quando não há mais nada de jeito para fazer nas nossas vidas.

Na vertente das telecomunicações por exemplo, muitas pessoas morreram por exemplo nos incêndios, isoladas nas suas casas por falta de comunicação que as informasse para sair a tempo de evitar a tragédia, mas esta situação replica-se em inúmeras outras géneses de desastres. Sabemos que é difícil avisar todos, mas também sabemos por experiência prática que é possível avisar mais.

Nem mesmo os incêndios de 2017 ou a pandemia que atravessamos foi suficiente para conduzir os cidadãos a um grau de preparação para emergências mais exigentes e, por outro lado, a condição económica de grande parte da nossa sociedade, aliada à inversão de prioridades no investimento, leva a que seja mais fácil ver alguém rezar para que o incêndio não lhe destrua a casa do que ver esse alguém a limpar o mato em redor da casa.

A maioria dos cidadãos não quer saber de proteção civil, nem das géneses dos desastres que tal como a pandemia para muitos eram coisas que só aconteciam aos outros ou uma página virada na história apesar de ter reescrito mais um livro com 5 milhões de páginas.

Pelos motivos acima descritos, e para evitar alarmismos, a APROSOC deixa de ter conteúdos “preparacionistas” públicos e, passa a difundi-los somente aos seus Associados subscritores do Grupo (interno) de Autoproteção.

Apesar de tudo, deixamos-te uma dica de preparacionismo, tem pelo menos 2 ou 3 garrafões de 5 litros de água por pessoa em casa e desliga o quadro elétrico durante 24 horas num dia de inverno para compreenderes o que precisas.

De estatísticas estão os cemitérios cheios.

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João Paulo Saraiva