Em caso de acidente ou atentado nuclear, o país não dispõe de reservas de iodeto de potássio para toda a população, não existem centros de descontaminação capazes de responder em tempo útil às necessidades de toda a população, nunca se exercitou uma evacuação dessa natureza e nem sequer existem recursos humanos nas forças armadas e forças de segurança capazes de controlar a situação e assegurar a proteção de pessoas e bens, os serviços de emergência que quotidianamente já colapsam vão ter residual capacidade de resposta.

As pessoas não estão minimamente sensibilizadas para a sua autoproteção face a uma situação desta natureza, não têm sequer como se isolar em casa e sobreviver durante alguns dias, não têm medidores de radiação nem equipamento para evitar a contaminação. A articulação entre serviços meteorológicos e do ambiente nunca foi exercitada para este fim e, a maioria dos cidadãos estão vulneráveis.

A Diretiva Operacional Nacional para este tipo de risco está desatualizada e não é exequível e a inépcia sobre o assunto na área governativa central e local é incomensuravelmente dantesca.

Nenhum Serviço Municipal de Proteção Civil está minimente preparado para estas situações e, os ditos agentes de proteção civil são completamente alheios a este risco, tal como aconteceu com o risco biológico durante a pandemia. A maioria dos serviços de emergência não dispõe sequer de medidores de radiação.

A estrutura de proteção civil nem os seus funcionários será capaz de proteger e a maioria deles nem sequer estão preparados para se autoproteger ou aos seus familiares.

O país não tem reservas estratégicas de equipamentos de proteção individual para este risco, tal como na pandemia descobriremos que não há fatos, máscaras, luvas, calçado e fita selante para proteção do corpo ao risco nuclear.

Na realidade, proteção civil é um assunto com o qual os cidadãos nem se deviam preocupar, porque o importante é a AUTOPROTEÇÃO CIVIL.

A sua proteção civil é você, o resto é sorte!