REGISTO DE VOLUNTÁRIO

Recomendamos ler com atenção todo o texto que se segue, para evitar a eliminação da sua inscrição por incumprimento dos requisitos mínimos. 

Nos últimos anos a sociedade civil portuguesa sofreu mutações sociológicas que nos levam a concluir que, no âmbito do voluntariado de resposta de emergência face a desastres, por um lado é difícil contar com a maioria das pessoas integradas para esse efeito nas organizações e, por outro, é fácil contar com as pessoas disponíveis que espontaneamente se voluntariam para colocar as suas competências ao serviço da missão. Neste contexto, a APROSOC Associação de Proteção Civil, fez um período de reflexão e análise que possibilitou ainda compreender que, as redes sociais facilitam em muito a ativação de voluntários informais espontâneos, situação bastante positiva que tem, contudo, uma grave vulnerabilidade, o facto de em alguns desastres não estarem disponíveis redes de telecomunicações e internet, criando assim uma barreira a essa ativação. É aqui que, as pessoas que dispõem de walkie-talkies ou estações de radiocomunicações instaladas em veículo ou em casa (a funcionar autonomamente), ganham particular relevo local se face a um desastre ligarem os seus equipamentos para poderem ser ativados e coordenarem a ação de ajuda de proximidade entre si, sem prejuízo da ativação poder também ser feita pelas redes sociais caso funcionem.

Não há, nunca houve e nunca haverá serviços de emergência com capacidade de responder atempadamente a todas as ocorrências face a um desastre caótico.

Se sente que está preparado (é estar em progressiva aquisição de conhecimentos e equipamentos de autoproteção) e é capaz de ajudar numa situação de desastre sem esperar quaisquer contrapartidas, de forma empenhada e em total autonomia individual em trabalho de grupo, então fará sentido fazer o seu registo como voluntário desta Associação, cuja atuação se centra essencialmente na sua área de residência, sem prejuízo de poder atuar em qualquer outra zona do país quando for solicitado ou por lá estiver de passagem, em férias ou trabalho.

Lembre-se sempre que, o voluntário não é uma autoridade, é uma ajuda, a mão amiga, e que, estar preparado implica a constante busca de conhecimentos e equipamentos para atuar em segurança, na sua autoproteção, na proteção da sua família e ajuda de proximidade à sua comunidade.

As missões operacionais em que a APROSOC – Associação de Proteção Civil intervém em equipa, são sempre missões de apoio no limite das competências, capacidades e disponibilidades instaladas, versando desde a busca de pessoas desaparecidas, os primeiros socorros físicos ou psicológicos, a distribuição de bens essenciais,…, a ponte de telecomunicação entre pessoas que procuram outras pessoas, ou mesmo entre as pessoas a necessitar de auxilio e os serviços capazes de o prestar.

O registo de voluntário informal não o identifica como parte integrante desta Associação, mas sim como ativo disponível para com ela colaborar e seguira a filosofia de atuação desta Associação em situações de catástrofe.

O desejável é nunca ter de ser contactado para mobilização, mas deve sempre estar preparado para, a qualquer momento, ser acionado face a uma situação de desastre ou, se auto ativar na inexistência de redes de telecomunicações ou radiocomunicações que possibilitem ativá-lo.

Tenha sempre presente que, no mínimo deve sempre dispor de equipamentos de proteção individual adequado à situação de risco a que se expõe e que, a atuação deve sempre que possível ocorrer em equipa de modo a garantir condições de segurança.

O seu registo é gratuito e não necessita adquirir nada para colaborar para além do que consta das recomendações anteriores. Deve somente preparar-se para proteger-se a si e aos seus em caso de desastre, bem como estudar e divulgar as recomendações da APROSOC no âmbito da autoproteção, sendo esses conhecimentos e equipamentos de que disponha os que deverá colocar ao dispor dos outros caso não tenha sido vítima e os seus estejam em segurança, para assim os poder ajudar.

Este tipo de voluntariado não carece de qualquer autorização de qualquer autoridade para atuar, a sua atuação de corre de estados de necessidade efetivos e não de qualquer outra situação e, nestes casos os serviços e autoridades não conseguem estar em todo o lado e dar resposta a todas as situações, dai resultando a necessidade de apoio dos voluntários de proteção civil da APROSOC.

Para ser Voluntário na APROSOC, deve evidenciar ser detentor de algumas competências próprias com aplicabilidade, constante procura de conhecimentos técnicos e equipagem para se autoproteger e auxiliar terceiros quando a situação assim o exija, de outro modo, a sua inscrição será eliminada após um período prolongado de ausência de evidências dessa ação.  

A dimensão filosófica da intervenção da APROSOC – Associação de Proteção Civil, está para além da capacidade de compreensão ou gestão das autoridades, mas legalmente devidamente enquadrada pelos regimes de exceção, não deve por isso o voluntário confundir a emergência quotidiana ( a que devem responder os serviços de emergência e proteção civil) com o regime de excecionalidade de uma catástrofe caótica que o legitima para atuar e em que não estão disponíveis meios de emergência e proteção civil em tempo útil.

Importa ainda ter consciência de que o voluntariado de proteção civil não se faz somente na fase de emergência em que quase todos aparecem diante das câmaras dos órgãos de comunicação social, faz-se essencialmente para evitar de tais situações ocorram (mitigação) ou quando não possível evitar, tentar limitar os efeitos (prevenção), bem como após a fase de emergência (intervenção), no restabelecimento da normalidade (recuperação e resiliência) e, na prevenção, mitigação e recuperação é igualmente importante convergir esforços de proximidade.

REGISTO DE VOLUNTÁRIO INFORMAL
Após o registo será contactado para uma reunião via WhatsApp, decisiva para a sua integração como voluntário.