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Os voluntários de proteção civil …

Os voluntários de proteção civil não se destinam a substituir os Bombeiros, essa é a ideia mais patética que alguém pode ter.
São os Bombeiros que, independentemente da farda que vestem, estão formados e equipados para no limite das condições de segurança possíveis intervirem na proteção e socorro de pessoas e bens.

Os voluntários de proteção civil não podem interferir nas operações de socorro, podem sim, se tal for pertinente e aceite, auxiliar os operacionais dos agentes de proteção civil em ação ou, e essencialmente, a atuação da autoproteção bem como a proteção e socorro (no limite das suas competência e capacidades) dos seus familiares, amigos, vizinhos, animais e bens.

No apoio aos Bombeiros e demais agentes de proteção civil, os voluntários de proteção civil podem prestar apoio logístico (alimentação, água potável), ajudar a puxar ou enrolar mangueira, ou auxiliar no transporte de pessoas e bens, nomeadamente em ações de evacuação de pessoas e animais.

Os voluntários de proteção civil devem auxiliar os Bombeiros e demais agentes de proteção civil, sem nunca interferir nas operações ou procurarem substituir-se a eles.

Não constitui forma de substituição dos agentes de proteção civil a atuação onde eles por insuficiência de capacidade de resposta não estejam presentes.

Por outro lado, enquanto os agentes de proteção civil atuam essencialmente na fase de emergência, o voluntário de proteção civil pode atuar na prevenção, na intervenção na fase de emergência e, na fase de recuperação, ou seja, a reposição da normalidade.

A APROSOC – Associação de Proteção Civil, não se revê por isso em comentários e posições que advoguem formas de os voluntários de proteção civil concorrerem com os agentes de proteção civil, reiterando que defende a complementaridade convergente ao invés da ação supletiva. Importa, contudo, que as populações se organizem e coordenem no sentido de, como voluntários de proteção civil, serem capazes de proteger e socorrer até chegada dos agentes de proteção civil, ou onde estes não cheguem em tempo útil, mas sem exageros de modo a não desincentivar os serviços de emergência e proteção civil do cumprimento da sua missão.

Talvez importa ainda referir que, as organizações de voluntariado de proteção civil, não são agente de proteção civil, mas sim, entidades com especial dever de cooperação. Os agentes de proteção civil são os que constam da imagem.

Saudações fraternas

João Paulo Saraiva
Presidente da Direção da APROSOC