Quantidade não é qualidade e, talvez o foco devesse centrar-se em qualificação ao invés de massificação como muitos colegas advogam.
Muitos fazem QSO´s em frequências de chamada que deveriam ser por boas práticas apenas para isso e até em DX se ofendem.
Raramente se observa que alguém cumpre os procedimentos radiotelefónicos.
As frequências de radioamador são usadas como quem usa um telefone e brevemente e com a bênção da ANACOM até não radioamadores teremos a falar em frequências e satélites de amador, num total desnorte por ausência de conhecimento do que de facto é necessário no âmbito das comunicações de emergência. As mortes de 2017 de pouco serviram, vão ter de ter mais lições catastróficas até compreenderem as necessidades que devem por isso ser priorizadas.
A união dos radioamadores, tal como agradar a todos, além de utópico é absolutamente desnecessário, mas fomentar boas práticas conducentes ao respeito é fundamental para a sobrevivência do radioamadorismo.
Falta sim criar sinergias entre OVPCs e outras organizações que têm soluções em diálogo com OVPCs e outras organizações que conhecem de facto as necessidades das operações porque, muitos dos que lá andam, por estarem focados na operação e não conhecerem do ponto de vista técnico os constrangimentos de que estão a sofrer, não são capazes de traduzir tecnicamente os constrangimentos sentidos na prática, ai sim faria sentido. Mas o clubismo e bairrismo está de tal modo enraizado que impossibilita essas sinergias, todos somos muito expert´s em tudo isto e o resultado de continuarmos a fazer tudo da mesma forma não se traduz de facto em resultados diferentes, talvez por isso eu não retire do nariz o cheiro de carne humana queimada nos incêndios de 2017.
Tetra para a estratégia com a necessária cobertura é uma solução razoável, contudo, para a tática e manobras, como qualquer outra solução que incremente um delay seja simplesmente do vocoder ou de todo um sistema é por ora um erro (é somente a minha convicção).
Saudações fraternas de um curioso nestas coisas e, parabéns a todos os que ainda se dedicam a investigar e aperfeiçoar, pese embora eu não seja lá grande fã do digital para fins operacionais emergêncistas por razões práticas que só quem lá anda no terreno com capacidade de análise técnica conhece, sou obviamente amadorística e ludicamente interessado, pelo que aplaudo e saúdo o grupo.