Na sociedade global em que os conflitos assentes em convicções ideológicas são cada vez mais frequentes e, face ao atual nível de transição digital, os ataques às redes de telecomunicações e internet são cada vez mais um dos desafios mais apetecíveis dos países inimigos.
Ao nível dos serviços públicos, um ataque focado nas telecomunicações e transmissão de dados é suficiente para gerar o caos, fazendo com que os centros de coordenação não tenham como gerir os seus meios operacionais, e esses mesmos meios operacionais tenham de atuar autonomamente, não estando preparados para tal.
Ao nível familiar e social, um apagão de telecomunicações e dados, instalará o pânico gerado pela ansiedade de pais que não sabem dos seus filhos e se estão bem, sendo que o mesmo se passará entre outros graus de parentesco, amigos ou colegas de escola, trabalho, equipa.
A nova ordem mundial tornou os Estados, as famílias e as sociedades dependentes das telecomunicações e transmissão de dados, sendo o fluxo desse tráfego o sangue deste novo sistema em que a humanidade foi viciada, sem ele, o coração da humanidade, ou de pelo menos a parte que tem capacidade económica de adquirir e alimentar um smartphone, deixa de funcionar e, como num corpo de um ser humano, se a parte que depende diretamente da corrente sanguínea morre, a outra parte que depende indiretamente acaba também ela por morrer.
Um simples apagão total de telecomunicações e transmissão de dados, pode fazer colapsar o sistema financeiro e, ser capaz de gerar o caos que fará parecer a COVID19 algo inexpressivo quando comparado com esse risco.
A nova ordem mundial tende a fazer desaparecer o dinheiro físico e impor o dinheiro digital, acontece que, sem fluxo de dados os pagamentos não se processão e os saques, assaltos, furtos, roubos e violência instalam-se, sem que quase ninguém esteja preparado para vivenciar um cenário caótico e tumultuoso dessa dimensão.