Com mais de duas centenas de vítimas mortais e a forte possibilidade deste número ser inimaginavelmente superior, este cenário apocalíptico atesta a incompetência governativa, quer no que respeita ao ordenamento do território, quer no que concerne à preparação das populações, bem como dos dispositivos de proteção civil, já que há muito existia a previsão para o que veio a ocorrer. De certo modo esta ocorrência vem atestar o gene espanhol dos serviços de proteção civil em Portugal.
Por outro lado, tal como em Portugal, a mobilização de recursos foi lenta e insuficiente, determinando esta gestão a dimensão das consequências desta catástrofe que, tem tanto de natural quanto de antropogénica.
Mas cedo ou mais tarde, a natureza castiga sempre o homem por não a respeitar.