Associação Humanitária dos Bombeiros de Carnaxide fez 112 anos de existência

Criada para proteger e socorrer a população de Carnaxide, foi nos últimos anos transformada numa central de “táxis”, para gerir o transporte de doentes não urgentes, mas não apenas os utentes de Carnaxide, já que assegura através de contratos com Unidades Hospitalares de Lisboa, o transporte de doentes não urgentes, com recurso a viaturas algumas das quais oferecidas ou comparticipadas pela autarquia ou mesmo pela administração central do Estado para servirem a área operacional de Carnaxide, mas que passam mais tempo ao serviço de áreas operacionais alheias do que no concelho de Oeiras, tudo em nome do lucro. A situação é aparentemente grave, já que, às denuncias recebidas na APROSOC, se somam as alegadas recusas de aceitação de serviço urgente ou emergente na área operacional do Corpo de Bombeiros de Carnaxide, e até mesmo de transmporte não urgente para utentes de Carnaxide, pelo facto de, ambulâncias e tripulações estarem a efetuar transporte de doentes não urgentes fora da sua área de intervenção primária e, tudo isto com a conivência da União de Freguesias de Carnaxide e Queijas e, da Câmara Municipal de Oeiras, conhecedoras da situação mas totalmente inoperantes.

Resta assim, reiteradamente aos Carnaxidenses, serem socorridos e transportados na maioria dos casos por ambulâncias e tripulações de outras corporações, na maioria dos casos mais distantes do local da ocorrência já que o Quartel dos Bombeiros de Carnaxide, construído em terreno cedido pela autarquia, se situa no centro de Carnaxide.

Não podemos, contudo, por uma questão de justiça, deixar de enaltecer a cerca de meia dúzia se tanto dos que restam na corporação dos áureos tempos em que respondia a todas as ocorrências na sua zona operacional e, ainda apoiava os Corpos de Bombeiros vizinhos e não só. A Eles, endereçamos as merecidas felicitações pela resistência, resiliência e dedicação, honrando a memória dos que criaram e operacionalizaram a Associação e seu Corpo Ativo e Operacional durante cerca de 90 dos atuais 112 anos da Associação.

Na prática, não é a Corporação de Bombeiros que têm um serviços de Transporte de Doentes, mas sim a “Empresa” de transporte de doentes, que detém uma alegada Corporação de Bombeiros, como aliás acontece infelizmente com outras Corporações de Bombeiros, onde muitas vezes quem tripula as viaturas nem são Bombeiros nem mesmo voluntários, são meramente empregados e, em alguns casos sem sequer deterem vinculo contratual, isto porque a Autoridade para as Condições no Trabalho e, as demais autoridades não fiscaliza ambulâncias.

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