Muitas tabelas existem na internet sobre o assunto, contudo, cada uma com diferentes recomendações não fundamentadas, ou seja, é assim porque é assim.
Na APROSOC | Associação de Proteção Civil, defendemos a lógica prática que maior sucesso possibilite a quem necessite de auxilio e apenas tenha como o solicitar com recurso aos meios de radiocomunicações.
No caso da banda do cidadão (CB – citizens band) está convencionado em quase todos os países o canal 9 em uso no respetivo país como dedicado a situações de emergência, contudo, em muitos países nenhuma entidade oficial faz escuta àquele canal e, as entidades privadas não garantem escuta e resposta em permanência.
Ao longo de décadas procurámos encontrar soluções, contudo, com exceção do serviço móvel marítimo e do serviço móvel aeronáutico, que dispõe de frequências universais dedicadas à chamada e socorro, não encontramos em qualquer outro serviço essa realidade.
Assim, entre o ideal e o possível, bem como do facto de o mais importante serem as comunicações de âmbito local, constata-se que, o mais fiável é que se usem como frequências de chamada de emergência, as frequências de chamada, ou as mais usadas na localidade, idealmente as usadas pela sua comunidade. Por sua vez, a ponte com os serviços de emergência, deverá ser efetuada por colegas geograficamente próximos desses serviços, que possam fazer-lhes chegar informações de pedidos de ajuda/socorro.
Por exemplo nas bandas de radioamador, as frequências de chamada, sejam elas simplex ou repetidores se estiverem a funcionar, são geralmente as que concentram mais colegas em escuta, aumentando a probabilidade de resposta. Tudo o resto, incluindo frequências ditas dedicadas para emergência, muito raramente possibilitam resposta em situações reais em qualquer dia ou hora, acabando por se revelarem inúteis.
Frequências tais como 145.500, 433.500, 29.600, 51.510MHz de chamada, têm quem as escute tendencialmente com regularidade, sendo por isso uma possibilidade de recurso a ser equacionada em situações de emergência, mais do que aquelas que geralmente são divulgadas como dedicadas para o efeito, exceto no decurso de uma catástrofe, pois nesse caso aumenta a presença nas frequências dedicadas.
O ideal é que cada comunidade decida entre os seus membros em que canais e frequências estará operacional para responder em caso de emergência, coordenando através dessas vias a ação a desenvolver. Por outro lado, se todos acorressem em simultâneo à dita frequência regional de emergência, instalar-se ia o caos nas comunicações, em especial nas frequências simplex em que nem todos escutam todos e a sobreposição de transmissões é muito provável.
A frequência ou canal a usar em caso de emergência, deve constar do plano de emergência familiar ou comunitário, contudo, deve sempre ter-se presente a impraticabilidade do canal o u frequência selecionado.