Arquivo mensal: Julho 2021

Por vezes ficamos frustrados por não conseguir contactar alguém via rádio…

Artigo de opinião
Autor: João Saraiva

Por vezes as disponibilidades não coincidem e por isso mesmo localmente não conseguimos contactar ninguém, por isso todos os domingos de manhã onde quer que estejam os membros da Rede 73, ligam os seus rádios e tentam chamar, porque se ninguém tiver a iniciativa de chamar não há probabilidade de contacto. Fruto desta regularidade esporadicamente encontramos um vizinho e assim aumentamos a nossa lista de contactos locais.

Quanto às comunicações a maiores distâncias as frustrações também são frequentes, pois muitas vezes estamos a ouvir bem a outra estação e ela não nos responde e, para isso existem várias explicações possíveis, entre elas:

  • Tem o squelch (sistema de silenciamento de ruído natural da frequência) ou o ganho de RF muito fechado e por isso não recebe estações mais distantes;
  • Está a transmitir com potência superior aquela que estamos a utilizar;
  • A sensibilidade do recetor da outra estação é inferior à do seu recetor;
  • Está a operar equipamento portátil com antena reduzida;
  • Tem o equipamento portátil em posição desfavorável;
  • Tem uma fonte de interferência local ou distante que impossibilita a receção de outras estações distantes;
  • Está a transmitir com antena direcional em direção oposta;
  • A antena da outra estação tem mais ganho do que a sua;
  • Está a usar uma antena com características para comunicações locais;
  • Está em viatura e a direccionalidade da antena em relação à carroçaria da viatura dificulta a receção em determinada direção.

Existem assim diversas causas potenciadoras de episódios de frustração nas radiocomunicações, contudo, são essas desilusões que nos possibilitam valorizar as situações em que alcançamos melhores resultados, bem como são também elas que nos propiciam aprendizagem de algumas técnicas que eventualmente possibilitem ultrapassar alguns desses constrangimentos.

Tenha ainda em atenção que o problema nem sempre está do outro lado, uma antena desafinada pode provocar atenuação significativa na potência emitida pela sua estação e, se a relação de ondas estacionárias (potencia refletida para o emissor) for muito elevada, além de reduzir substancialmente o seu alcance pode danificar o transístor amplificador final de potência do seu rádio. Por outro lado, se as características do seu equipamento não se adequarem à sua tonalidade e nível de voz, embora chegue à outra estação a sua voz pode ser menos percetível ou mesmo impercetível, importando por isso ao adquirir um equipamento falar com um vendedor especializado que o saiba aconselhar sobre o equipamento mais adequado ao seu tipo de voz, bem como eventualmente propor-lhe ajustes de otimização do equipamento sem sair dos limites legais. Alguns equipamentos mais sofisticados possibilitam mesmo ao operador ajustar o ganho de microfone ou mesmo a tonalidade de áudio na emissão, sendo geralmente estes equipamentos também mais dispendiosos.

Outro comum fator de perturbação é o uso de eco, tanto próprio do espaço, como de dispositivos que o geram no seu equipamento rádio ou microfone acessório com eco, quando o eco é exagerado ou coincide com determinada sobreposição de frequências audíveis, a compreensibilidade é reduzida e por vezes mesmo anulada. Tenha sempre em conta que do outro lado pode estar alguém com problemas auditivos e por isso incapaz de descodificar determinadas tonalidades de voz, sendo o eco um constrangimento na comunicação que se pretende isenta de ruídos.

Associe-se numa Associação especializada em radiocomunicações e ajude a comunidade de amadores de rádio a desenvolver as suas atividades e a partilhar conhecimentos úteis.

www.aprosoc.pt

O excesso de expectativas criado pelos melhores resultados em CB e PMR 446…

Artigo de opinião
Autor: João Saraiva

Muitas pessoas ficam circunstancialmente desiludidas com as radiocomunicações porque alimentam expectativas baseadas nos melhores resultados alcançados e, por vezes divulgados nas redes sociais, contudo, as radiocomunicações cidadãs são especialmente uteis a nível local, por exemplo em caso de emergência para coordenação da ação voluntaria espontânea e informal.

Frequentemente alguns utilizadores referem não conseguir comunicar via rádio com ninguém em PMR446  (personal mobile radio 446 MHz) ou mesmo na Banda do Cidadão (CB – citizens band 27 MHz) em determinadas zonas do país, sendo na realidade esta expectativa excessiva, pois se observarmos a génese da legislação quer do Serviço Rádio Pessoal CB, quer do Serviço PMR 446, ambos se destinam a comunicação de curto alcance, embora por vezes alcancem distâncias surpreendentes quando as condições de propagação das ondas rádio nessas frequências e/ou a localização é favorável.

A melhor forma de ter radiocomunicações locais é lançar o repto a vizinhos, amigos e familiares para se dotarem desses meios de radiocomunicação tão agradáveis para fins lúdicos e tão úteis em caso de emergência ao nível do bairro, da aldeia, ou mesmo entre bairros ou aldeias próximas.

Em bom rigor não deve esperar mais do que 500 a 3000 metros de alcance entre rádios PMR446 no exterior, ou entre 100 a 4000metros com rádios CB, podendo neste último caso o alcance ser substancialmente superior quando se usam antenas maiores instaladas em viaturas ou mesmo instaladas em edifícios, alcançando por vezes dezenas, centenas ou até milhares de quilómetros quando todos os fatores estão favoravelmente conjugados.

Há culpados no abandono das frequências de chamada

Artigo de opinião de João Paulo Saraiva (CT1EBZ)

Em minha opinião, o abandono das frequências de chamada tem como responsáveis aqueles que as usam para QSOs infindáveis, desrespeitando assim a tranquilidade daqueles que se disponibilizam a estar presentes nessas frequências somente para receber pedidos de socorro (mayday, mayday, mayday), ou mesmo responder a uma chamada quando solicitado ou lhe seja solicitada alguma colaboração.

É desagradável ter de se estar sempre a repetir que a frequência é de chamada aos mais esquecidos e, isto determina que muitas chamadas ficam sem resposta por abandono das frequências destinadas e esse fim pelo plano da IARU a que os radioamadores devem obediência no âmbito das boas práticas de coabitação no espectro radioelétrico.

Os QSOs nas frequências de chamada, são não só desagradáveis como uma forma de desrespeito por aqueles que ali estão somente para responder a chamadas ou pedidos de ajuda / socorro, por esse motivo, embora muitos serviços municipais de proteção civil tenham equipamentos de radioamador instalado, foram desligados devido à perturbação que causavam aos operadores de serviço e, mesmo durante a ocorrência de acidentes graves ou catástrofes mantém-se desligados para não perturbar o raciocínio daqueles profissionais com as típicas conversas “radioamadorísticas”.

Como se tal não bastasse, fazem-se mesmo concursos nas frequências de chamada, ao invés de se treinar a chamada breve e passagem sequente a outra frequência disponível, apenas por preguiça.

Não menos grave é o efeito de contágio, a que nem eu estou imune, pois por vezes por distração acabamos por nos deixar arrastar e perder bem mais do que os cerca de 30 segundos que deveria durar uma chamada e sequente QSY.

Algumas das frequências de chamada que mais frequentemente são importunadas com QSOs…

145.500 MHz

433.500 MHz

51.510 MHz

29.600 MHz

PMR446 canal 7-7, esclarecimento…

Estimados seguidores

Somos frequentemente confrontados com questões relativas a chamadas de pedidos de informação no canal 7-7 em PMR446, em que em alguns casos invocam que se não há resposta para informação também não haverá para socorro. Pelo que vem esclarecer o seguinte:

1º A APROSOC – Associação de Proteção Civil não garante resposta a rigorosamente nada, pelo simples facto de que é uma organização de direito privado sem quaisquer subsídios do Estado, possibilitando, contudo, a resposta nos teatros de operações em que os seus voluntários estejam a intervir;

2º A APROSOC não se propõe dar resposta às solicitações em qualquer canal em PMR446, mas sim incentivar a organização local das radiocomunicações cidadãs em alternativa às telecomunicações de acesso publico, onde estas não existam ou falhem;

3º Não existe qualquer norma legal que defina o canal 7-7 do PMR446 como canal destinado a fins diferentes dos demais canais. O que existem são iniciativas cidadãs;

4º Pensar o canal 7-7 do PMR446 como resposta de emergência quotidiana é em nosso entendimento um erro, por um lado porque se são equipamentos incompatíveis existirão constrangimentos na comunicação e, por outro lado, são equipamentos legalmente destinados a comunicações de curto alcance, na sua génese destinados a fins comerciais sendo a atividade recreativa residual quando comparada com a atividade comercial, dai resultando frequentes interferências;

5º O PMR446 pode ser uma importante ferramenta de comunicação em cenários de emergência, acidente grave ou catástrofe, e por isso, a APROSOC faz escuta tendencial a alguns canais entre eles o 7 (sem decoder) em alguns locais do Portugal continental (onde tem Associados ou onde está de prevenção ou atuação) face à previsão ou ocorrência de acidente grave ou catástrofe, sendo impraticável fora disso estar a ouvir inúmeras comunicações das mais diversas atividades, incluindo crianças a brincar com walkie-talkies PMR446;

6º A APROSOC não tem qualquer relação com a autodenominada organização “Canal 7-7 Portugal”, nem reconhece a essa organização qualquer idoneidade, pelo que não nos pronunciamos sobre as iniciativas de tal organização sem personalidade jurídica, de quem não se conhece qualquer atividade profícua ou reconhecimento legal para atividades de proteção e socorro;

7º A APROSOC não tem qualquer relação com a autodenominada organização “Rádio Emergência Portuguesa”, nem reconhece a essa organização qualquer idoneidade, pelo que não nos pronunciamos sobre as iniciativas de tal organização sem personalidade jurídica, de quem não se conhece qualquer atividade profícua ou reconhecimento legal para atividades de proteção e socorro;

8º De entre as diversas organizações sem personalidade jurídica dedicadas às comunicações de emergência, também em PMR446, a APROSOC somente reconhece utilidade prática na atividade da autodenominada “SER – Serviço de Emergência Rádio”;

9º Relativamente às promessas enganadoras feitas pelas organizações que garantem algum tipo de resposta via PMR446, somente se oferece dizer-nos que refletem uma incomensurável ignorância embora possam estar repletas de boas vontades;

10º Acresce dizermos que, a APROSOC não tem qualquer ligação, acordo ou protocolo de cooperação com quaisquer organizações informais, somente tendo acordos com organizações legalmente reconhecidas pelo Estado Português, sejam elas empresas com ou sem personalidade jurídica.

O Canal 7 pode perfeitamente estar convencionado por comunidades usufrutuárias deste segmento de banda para comunicações locais para fins de resposta à Emergência durante a ocorrência de situações de acidente grave ou catástrofe, a APROSOC também o faz, dai a esperar-se dai um serviço de resposta à emergência, de um serviço destinado a comunicações de curto alcance, parece-nos nos mínimo uma subversão do conceito aliado a uma incomensurável ignorância.

Não se admire por tudo isto que possa chamar em canal 7 ou 7-7 (446.08125MHz CTCSS 85,4Hz) e possa não obter qualquer resposta, pois embora tal o possibilite não o garante, mas também pode acontecer ter nesse ou qualquer outro canal a resposta de que necessita.

Proteção IP em radiotelefones

Quando falamos em radiotelefones à prova de água, ignoramos muitas vezes que o seu grau de impermeabilidade é definido pela norma IP.

“Os níveis de classes de proteção IP ou grau de proteção IP são padrões internacionais definidos pela norma IEC 60529 publicada pela Comissão Eletrotécnica Internacional, para classificar e avaliar o grau de proteção de produtos eletrônicos fornecidos contra intrusão (partes do corpo como mãos e dedos), poeira, contato acidental e água.

Uma classificação de X para um ou mais critérios de proteção pode ser interpretada erradamente como “sem proteção.” Para ilustrar, uma peça de equipamento eletrônico classificada com IPX7 quase certamente irá demonstrar uma resistência robusta para a penetração de partículas, embora uma classificação para a entrada de sólidos não tenha sido formalmente atribuída. Assim, uma designação X não deve ser automaticamente interpretada como uma falta de proteção.

O código que define o grau de proteção IP é composto por 3 dígitos. O primeiro se refere às partículas sólidas, o segundo ao meio líquido e o terceiro à resistência ao impacto mecânico (deixou de ser utilizado). O código pode ser expresso, por exemplo, das seguintes formas: IP 01, IP 21, IP 42.

Primeiro dígito:

  • 0 – Não protegido
  • 1 – Proteção contra objetos sólidos com 50 mm de diâmetro ou mais
  • 2 – Proteção contra objetos sólidos com 12,5 mm de diâmetro ou mais
  • 3 – Proteção contra objetos sólidos com 2,5 mm de diâmetro ou mais
  • 4 – Proteção contra objetos sólidos com 1,0 mm de diâmetro ou mais
  • 5 – Proteção contra poeira
  • 6 – À prova de poeira

Segundo dígito:

  • 0 – Não protegido
  • 1 – Protegido contra gotas que caiam na vertical
  • 2 – Protegido contra gotas que caiam na vertical com corpo inclinado a até 15°
  • 3 – Protegido contra borrifo de água
  • 4 – Protegido contra jorro de água
  • 5 – Protegido contra jatos de água
  • 6 – Protegido contra jatos potentes de água
  • 7 – Protegido contra imersão temporária em água de até 1 metro por 30minutos
  • 8 – Protegido contra a imersão contínua em água
  • 9: Proteção contra a imersão (durante 1 m) e resistente à pressão.
  • 9K – Protegido contra água proveniente de jatos de vapor e alta pressão”

Acontece que na esmagadora maioria dos casos, um maior grau de proteção IP degrada a qualidade do áudio, sendo que por vezes esse radiotelefone apenas necessita de um grau de proteção mais elevado em determinados períodos, nomeadamente a exposição à água ou partículas solidas, já para não falar do facto de geralmente estes equipamentos serem mais dispendiosos.

Na APROSOC dispomos de equipamentos portáteis com elevada proteção IP, contudo, obtemos melhores prestações desses radiotelefones portáteis com menor grau de proteção IP por exemplo IP54, com uma proteção adicional para água ou pó quando estritamente necessário, por exemplo usando uma bolsa impermeável que pode até conferir flutuabilidade ao equipamento.

A bolsa na imagem é dedicada a radiotelefones portáteis, contudo, algumas bolsas “de água” para telemóvel adaptam-se a alguns radiotelefones portáteis, por exemplos a pequenos walkie-talkies PMR446.

As bolsas impermeáveis podem ser muito úteis na proteção do equipamento por exemplo na praia, em atividades em tempo de chuva, no mar ou rio, bem como em atividades de apoio ao socorro por exemplo em cheias e inundações.

Preparação para cheias

Durante as cheias surgem casos de inundação das subestruturas de telecomunicações e de distribuição de energia elétrica, mas também outros danos nessas redes, dai resultando frequentemente o corte de abastecimento destes serviços básicos.

É por isso recomendável que estejamos preparados para lidar com estes constrangimentos, dotados de equipamentos essenciais que possam funcionar com energia alternativa, tais como pequenos frigoríficos alimentáveis a 12 Volts por exemplo através da tomada de isqueiro do automóvel ou uma bateria de reserva mantida em casa em local arejado para evitar os efeitos nocivos à saúde resultantes dos gazes libertados durante a carga. Mas também lanternas e walkie-talkies recarregáveis por exemplo a partir de tomadas USB de um powerbank, painel solar ou dínamo a manivela.

Garanta a autonomia de todos os seus aparelhos elétricos ou eletrónicos para pelo menos 72horas, pois este é o período standard de omissão de ajudas, sendo que a reposição da normalidade e o reabastecimento dos serviços básicos pode demorar semanas ou meses, como sabemos através de exemplos como o dos incêndios de 2017 em que alguns anos depois ainda existiam zonas em que as telecomunicações não haviam sido repostas, sendo expectável que o mesmo aconteça em caso de cheias.

Estar prevenido é algo do seu interesse e que pode constituir menos preocupações durante a ocorrência de cheias.

Ter um barco insuflável ou um colchão flutuante é algo que não faz à partida muito sentido para quem moram longe do litoral ou de praias fluviais, no entanto as cheias resultantes de pluviosidade em locais do interior afastados de zonas balneares, levam-nos a vislumbrar utilidade para esses objetos de laser que podem tornar-se meios de improviso para a sobrevivência ou mesmo para o salvamento, sendo recomendável que junto desses equipamentos de laser existam eventualmente boias e cordas, artigos que corretamente usados podem evitar afogamentos e assim salvar vidas.

O objetivo deste texto é somente o de incentivar à reflecção conducente à melhor preparação do cidadão. Agradecemos a sua inestimável atenção.  

SIRESP: “ninguém é responsabilizado”

Como é sabido se nos incêndios em 2013, 2017 e em tantos outros anos as telecomunicações de acesso público e o SIRESP funcionassem ter-se iam poupado vidas, deste facto cremos que não existem dúvidas. Neste contexto o Presidente da Direção da APROSOC – Associação de Proteção Civil, considera que os únicos responsáveis punidos foram os contribuintes e as vítimas, pois nenhum gestor ou governante foi julgado e condenado, contudo, escusamos de ficar preocupados, pois no que concerne ao SIRESP, se por um lado existam agora feixes via satélite e viaturas capazes de assegurar a cobertura local, na realidade por um lado a rede de infraestruturas de suporte à rede SIRESP continua a ter mais “zonas de sombra” que o pinhal de Leiria e, nada se prevê fazer para mudar esta realidade, em nossa convicção porque o clima de impunibilidade é um facto consumado.

Se por um lado não há rede SIRESP com cobertura suficiente, por outra na realidade em Carnaxide “já foi alegadamente dada ordem” para manter as viaturas que transportam os links móveis SIRESP via satélite prontas a sair a qualquer momento, contudo, a verificar-se o que se verificou em anos anteriores em que estas viaturas já existam, pura e simplesmente não foram mobilizadas para os teatros de operações por motivos que desconhecemos, por exemplo no incêndio de Vila de Rei, em que uma extensa zona do sector Alfa e sector Bravo não tinham cobertura SIRESP e nada aconteceu para colmatar essa falha.

Partidarismos à parte, enquanto isto os portugueses continuam a eleger como seus governantes aqueles que são corresponsáveis por inúmeras mortes e continuam a monte e a governar da mesma forma o país e as alegadas redes de comunicações de emergência e segurança, da mesma forma, enquanto os cidadãos esperam resultados diferentes.

Os feixes por satélite que endividam o país, não fazem qualquer sentido em estruturas fixas, já que são colossalmente mais dispendiosos do que os feixes terrestres ponto a ponto conhecidos como “mini links”.

A simples passagem de um meteoro próximo da terra pode inoperacionalizar os satélites enquanto em simultâneo ocorre o combate a incêndios ou resposta a outros fenómenos catastróficos na Terra, agravando ainda mais a situação pelo facto de estarmos a contar com uma solução nos céus, ou se preferirem, “milagres”!

O gestor da então Portugal Telecom que tudo fez para pôr termo aos mini links por feixe Hertziano no SIRESP e rede telefónica para viabilizar o negócio das rendas da fibra ótica, continua em nosso entendimento a monte, pela corresponsabilidade das mortes que dai resultaram indiretamente.

Em nossa opinião, a gestão dos diferentes governos nacionais sobre este assunto é negligentemente criminosa, juridicamente descriminalizada e politicamente branqueada, muitos destes rostos surgem diariamente nos ecrãs televisivos como se nada disto tivesse acontecido.

Walkie Talkies possibilitam salvar vidas também em caso de sismo

Após um abalo sísmico de forte magnitude em que ocorra destruição do edificado, é muito provável a existência de vítimas sob os escombros. Nestas situações é também frequente as redes de telecomunicações de acesso público colapsarem. Nestas situações, a detenção de pequenos radiotelefones (walkie-talkies) norma PMR446, fáceis de transportar e que praticamente sem se dá conta do seu peso, possibilitam pedir socorro para o exterior.

Por outro lado, nessas situações muitas vezes as equipas voluntárias de busca e salvamento usam também esse tipo de radiotelefones, aumentando a probabilidade de contacto.

A APROSOC – Associação de Proteção Civil, recomenda aos operacionais de busca em estruturas colapsadas, que incluam radiotelefones capazes de fazer a busca (scan) do canal e “sub-canal” PMR446 para aumentar a probabilidade de contacto.