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Gosto de radiocomunicações, devo ser radioamador ou radioperador?

O radioamadorismo destina-se a quem tem vocação para o desenvolvimento tecnológico, implicando a habilitação legal para exercer essa atividade um exame de conhecimentos técnicos realizado na Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), para a categoria 3 (50.00€) e que lhe possibilita operar a estação de outros radioamadores sob a supervisão do mesmo, podendo findos 2 anos efetuar novo exame para subir à categoria 2 (50.00€) e passar a ter autonomia de operação e poder adquirir e instalar a sua própria estação. Os exames não são difíceis, mas implicam estudo de preparação para a obtenção de aptidão.

Para além da vocação e habilitação legal o candidato a radioamador deve equacionar se dispõe da condição económica adequada ao exercício do hobbie cumprindo todas as regras com equipamentos lícitos.

O radioamadorismo é um hobbie técnico-científico de desenvolvimento contínuo que implica um investimento continuado embora não obrigatório.

Para ser radioperador CB (citizens band), PMR446MHz, LPD433MHz, ou SRD2.4GHz (normas aplicáveis a equipamentos de uso livre de taxas e licenças), basta adquiri-los e usa-los, as regras de uso são facultativas e simplificadas. Os equipamentos são geralmente económicos e possibilitam alcances entre dezenas de metros a alguns quilómetros, embora por vezes em função da orografia do terreno, adequada instalação e condições de propagação se atinjam distâncias surpreendentes na ordem das centenas ou mesmo no caso da CB milhares de quilómetros.

As radiocomunicações cidadãs são um hobbie recreativo de reduzido investimento, não sendo raros os praticantes que usam os mesmos equipamentos há décadas, com alguns custos reduzidos de manutenção.

Ambos os hobbies (amador ou recreativo) têm aplicabilidade em proteção civil, nomeadamente para fins de autoproteção no âmbito das alternativas de radiocomunicação quando falham as telecomunicações de acesso público.

Cada um deve optar pela solução que melhor se adequa ao seu perfil. A inscrição numa das Associações existentes e dedicadas às radiocomunicações possibilita geralmente uma integração mais económica devido ao facto de os interessados beneficiarem do aconselhamento dos praticantes mais experientes.