Porque não usamos bandas laterais em CB nos treinos ao domingo de manhã?

A atividade na banda do cidadão está maioritariamente centrada em bandas laterais tanto nos 40 canais legais, quanto em canais ilegais, fazendo isto com que se torne poupo atrativa e desmotivadora para quem tem rádios CB (citizens band) apenas com AM/FM. Há quem passe dias a fio sem conseguir estabelecer um contacto em AM ou FM com exceção dos canais ocupados por profissionais dos transportes com as suas comunicações sui generis e pouco atrativas ou mesmo dissuasoras. Existem inúmeros canais com atividade em bandas laterais, geralmente ocupados por pessoas menos sensíveis às comunicações em AM/FM, embora como em tudo existem exceções. Pretendemos por isso que o treino de domingo seja a oportunidade de quem se inicia no CB, ou quem regressa e tem somente AM/FM saiba que tem oportunidade de ao domingo de manhã entre as 10:30 e as 11:30 estabelecer contacto com outras estações, fazer novas amizades, praticar procedimentos radiotelefónicos corretos e universais, sem se sentir instado a adquirir um rádio com bandas laterais (que pode nem ter condição económica para o adquirir) para comunicar com outros utilizadores da banda do cidadão.

Se fosse para operar em bandas laterais não se justificava esta nossa atividade domingueira, pois para isso basta selecionar outros canais e o que não falta por lá são pessoas com quem comunicar, geralmente privilegiando os contactos a longa distância, outro fator diferenciador da APROSOC que valoriza essencialmente a comunicação local.

Por outro lado, não somos adeptos de potências ilegais nem começamos a atividade a ligar o sintonizador automático do equipamento de radioamador para operar em CB, somos uma espécie de defensores dos legais e protetores dos mais fracos (no que concerne à potência de emissão), pois fazer contactos com grandes potências de emissão é fácil, difícil é com potências legais.

Neste contexto tudo se resume a opções, a opção de participar nas atividades incomuns porquanto objetivas da APROSOC, ou a participação em outras atividades mais comuns, facto indelével de que muito nos orgulhamos.

QAP

Lista de utilização conhecida de canais PMR446 e Banda do Cidadão

Esta lista tem como finalidade informar a utilização conhecida de canais PMR446 e CB27 para facilitar mais e melhores comunicações.

QAP PMR446 analógico 

  • Canal 1: Crianças
  • Canal 2:
  • Canal 3: atividade sábado noite 21 às 22 horas
  • Canal 4: Sapadores e Vigias Florestais
  • Canal 5:
  • Canal 6:
  • Canal 7: canal usado em atividades  de montanha e natureza (CTCSS 7 = Tom 85.4Hz)
  • Canal 8:
  • Canal 9:
  • Canal 10:
  • Canal 11: APROSOC (Tom 69.3Hz)
  • Canal 12: ANARPT
  • Canal 13:
  • Canal 14:
  • Canal 15:
  • Canal 16:

QAP CB 27 MHz 

  • canal 1 – 26.965 MHz
  • canal 2 – 26.975MHz
  • canal 3 – 26.985 MHz – Macanudos, Preppers, Camionistas em QSY – Regiões Centro e Norte – AM
  • canal 4 – 27.005 MHz
  • canal 5 – 27.015 MHz
  • canal 6 – 27.025 MHz:
  • canal 7 – 27.035 MHz – Estações de Queijas, Cova do Vapor e Trafaria (rara utilização)
  • canal 8 – 27.055 MHz – Estações de Amadora, Loures, Odivelas
  • canal 9 – 27.065 MHz – Canal de emergência (usado pela APROSOC em situações de acidente grave ou catástrofe)
  • canal 10 – 27.075 MHz – Camionistas em QSY – AM
  • canal 11 – 27.085 MHz – Canal de chamada – AM/FM
  • canal 12 – 27.105 MHz – ANARPT
  • canal 13 – 27.115 MHz
  • canal 14 – 27.125 MHz – canal de treino e atividade lúdica AM
  • canal 15 – 27.135 MHz – Macanudos de Setúbal – LSB, Praticantes de TT região Oeste e Leiria – FM
  • canal 16 – 27.155 MHz – Macanudos de Sintra – LSB
  • canal 17 – 27.165 MHz
  • canal 18 – 27.175 MHz – CBs de Setúbal – LSB, Praticantes de TT região Oeste e Leiria – LSB
  • canal 19 – 27.185 MHz – APROSOC   FM/AM, SER – Caldas da Rainha – FM
  • canal 20 – 27.205 MHz – CBs de Amadora e Margem Sul do Tejo – LSB
  • canal 21 – 27.215 MHz
  • canal 22 – 27.225 MHz – Camionistas em QSY Margem Sul do Tejo – AM
  • canal 23 – 27.255 MHz – Camionistas em QSY Zona Centro – AM
  • canal 24 – 27.235 MHz
  • canal 25 – 27.245 MHz – Lisboa , Fafe e Margem Sul
  • canal 26 – 27.265 MHz
  • canal 27 – 27.275 MHz – Clube CB Os Amigos de Torres Novas – LSB. Papa Alfa Tango – USB
  • canal 28 – 27.285 MHz
  • canal 29 – 27.295 MHz
  • canal 30 – 27.305 MHz – Grupo Radioamadores & CB Cova da Beira  – Todos os modos
  • canal 31 – 27.315 MHz – Camionistas em QSY – Todo país – AM
  • canal 32 – 27.325 MHz
  • canal 33 – 27.335 MHz – Grupo Cebeísta Rádios Avariados – LSB
  • canal 34 – 27.345 MHz – c/ muita atividade em todo o país – LSB
  • canal 35 – 27.355 MHz
  • canal 36 – 27.365 MHz
  • canal 37 – 27.375 MHz – Associação Templários CB / DX Tomar – USB e Macanudos Sintra – LSB
  • canal 38 – 27.385 MHz – Os Marafados C. B. Clube – LSB, QRX Norte – LSB
  • canal 39 – 27.395 MHz (Grupo da Margem Sul – Corroios, Almada,…)
  • canal 40 – 27.405 MHz

* Última atualização em 29/05/2023

 

Fia-te nos “bombeiros” e não te prepares não!

Antes de mais leia-se “bombeiros” como todos os que no sistema integrado de operações de proteção e socorro respondem a pedidos de socorro, sejam Bombeiros, INEM, Cruz Vermelha ou similares.

Falar de quem socorre é como falar de “pedras preciosas”, todos sabem que têm muito valor, mas também todos sabem que não há pedras preciosas acessíveis a todos. No quotidiano o sistema já tem dificuldade de responder atempadamente a todas as emergências e, quase todos os dias morre gente, alguma de tenra idade por escassez de recursos humanos para operacionalizar meios que já de si são escassos pelo facto de estarem monopolizados por alguns lóbis e não abertos a mais entidades.

Mas quantos são esses operacionais, 30.000? 50.000?, os dados são do gabinete estatístico comunitário, o Eurostat, e revelam que, em 2021, Portugal tinha 14.037 bombeiros profissionais empregados, vamos imaginar que são 500.000, e que em pleno verão no combate aos incêndios 50.000 estão empenhados nas operações de vigilância, combate, socorro e administração relacionada com os incêndios e que, ocorre em Lisboa um sismo semelhante ao de 1755, precisamente quando ocorrem grandes eventos culturais na cidade e que, cerca de 2Milhões de pessoas, incluindo “bombeiros” são vítimas ou têm familiares feridos, mortos, ou que perderam as suas casas, muito provavelmente a capacidade de resposta do sistema de socorro desce para os típicos menos de 10% num país onde a capacidade de resposta quotidiana já é insuficiente. Acresce que também os hospitais sofrem danos e baixas e, ainda que as vítimas sejam transportadas em muitos casos não serão tratadas, acabando por morrer.

O cidadão crê que num cenário desses liga 112 e vai ter socorro, mas num cenário desses nem o 112 funciona, pelo simples facto de que ocorrerão avarias nas redes de telecomunicações, o número de chamadas será superior ao número de operadores telefónicos nas centrais 112 e outras centrais de emergência e, também esses operadores serão ou terão familiares que foram vítimas e por isso colocaram os seus em primeiro lugar.

A solução é simples, formar toda a população para a resposta às emergências, fazendo aumentar o número de socorristas e reduzir assim o número de dependentes dos serviços de emergência para as situações mais simples de socorrer, deixando assim os escassos recursos humanos que restarem para socorrer e tratar os casos mais críticos.

Na atualidade por exemplo a ordem dos enfermeiros não quer comuns cidadãos a praticar atos de enfermagem para não retirar empregabilidade aquela classe profissional, mas num cenário de catástrofe onde estarão os enfermeiros disponíveis para dar uma injeção a um doente crónico que antes ia ao centro de saúde? Onde estarão os enfermeiros para fazer um penso pós-operatório a alguém que está a convalescer em casa? Onde estarão os enfermeiros para fazer um penso a alguém com uma hemorragia ou queimadura?

O mesmo sucede com a ordem dos médicos, mas num cenário de catástrofe haverá médicos suficientes para prescrever medicamentos e assim evitar infeções e mortes por ela causadas? Ou mesmo para suturar uma ferida aberta ou reduzir uma luxação?

Como vão as pessoas sobreviver ou retomar a normalidade se acesso a esses serviços dos quais se tornaram dependentes e, como vão retornar à normalidade por exemplo sem acesso a água potável e doenças resultantes do consumo de água imprópria para consumo?

Como vão as pessoas ter acesso a medicamentos se não se prepararam e não mantém reservas em casa, será que com tanta pilhagem que ocorrerá às farmácias creem na sorte de conseguir “aviar a sua receita”.

No sobrevivencialismo há vários tipos de pessoas, os negacionistas que rejeitam a possibilidade de tal ocorrer, os otimistas que creem que tudo correrá bem, os pessimistas que acham que tudo correrá irremediavelmente mal e, os preparacionistas que creem que tudo pode correr mal, desejando que tudo corra bem e que, com a sua preparação são capazes de eliminar alguns constrangimentos e resolver alguns problemas ou, até mesmo “passar pelos pingos da chuva” se tiverem a sorte de não terem sofrido ferimentos e tiverem reservas adequadas às suas necessidades e autonomia por exemplo alimentar, capacidade de produzir soluções para tratamentos ainda que não tão eficazes quanto os medicamentos comerciais, bem como uma habitação resistente inclusive a tentativas de assaltos, o que implica meios de defesa da família e da habitação.

Quando pensamos nestes cenários cremos sempre que aconteceram quando estamos em casa e que sairemos com a nossa mochila de sobrevivência, mas e se acontecer quando estamos na rua e não conseguirmos regressar a casa para ir buscar a mochila, ou se a casa desapareceu e se transformou num monte de escombros?

Quando pensamos nestes cenários imaginamo-nos vestidos a rigor para lidar com a situação, mas se estávamos a tomar banho na casa de banho e sobrevivemos ou na piscina quando a casa ruiu?

Se no quotidiano não há “bombeiros” suficientes para responder atempadamente a todas as ocorrências, como pode alguém ter a convicção de que em caso de catástrofe tudo vai correr bem?

Bem sabemos que muitos creem na ajuda divina, mas, sejamos honestos, quantos santos, deuses ou anjos já vimos a controlar hemorragias, a combater incêndios, a reanimar vítimas, a desencarcerar vítimas, que não aqueles de carne e osso que dão diariamente o seu melhor no limite das suas forças? Quando precisamos desse tal socorro divino que enche os cemitérios que evidências científicas existem da sua proficuidade?

Que raio vai uma mãe sem leite dar ao seu recém-nascido quando todas as farmácias e os supermercados forem pilhados? Como vai sobreviver o hipertenso ou o hipotenso nesse cenário? Como sobreviverá o insulinodependente nesse cenário?

Como vai comprar ou trocar algo para sobreviver se todo o dinheiro que tinha estava depositado e tudo o que tinha para troca estava na casa que ruiu ou foi consumida pelas chamas?

Como vai comunicar com o seu filho que suspeita estar vivo nas ruínas de um edifício se não houver rede de telemóvel e não tiverem ambos sempre consigo walkie-talkies?

Temos no quotidiano crianças e jovens que morrem por caírem de janelas em que os crentes na proteção divina não colocaram redes ou grades. Temos quotidianamente gente que morre à espera da cura divina porque os crentes não procuraram a ajuda médica. Temos quotidianamente gente que fica de braços cruzados perante uma hemorragia ou uma paragem cardiorrespiratória à espera de que cheguem os “bombeiros” ainda que não cheguem a tempo de salvar. Temos até gente que perante um ferimento de tiro de caçadeira que atinge uma artéria ao invés de um garrote, compressas ou uma peça de roupa a estancar a hemorragia, aplicam reiki. Temos até a hipocrisia e egoísmo de achar que tem de haver alguém que nos saiba socorrer, mas não sentimos o dever de aprender a socorrer o nosso semelhante. Que raio de sociedade somos nós, fundamentalistas?

Uns creem na Branca de Neve e nos sete anões, outros creem no Pai Natal, outros creem em anjos da guarda, outros em santos deuses e salvações divinas, outros creem em governantes que têm a desfaçatez de afirmar que o socorro é garantido e que em caso de catástrofe todos serão socorridos sem contudo garantirem que o serão atempadamente, cada um crê no que bem entender e ninguém tem nada a ver com isso, o que não podem é os crentes em ilusões perante as aflições vir tirar proveito da ajuda daqueles que se prepararam, porque ou se preparam todos para socorrer o seu semelhante ou não têm moral para exigir ser socorridos e, os nossos governantes apregoem a sete ventos que tudo vai bem e que os serviços estão preparados para responder a qualquer situação.

Nunca teremos “bombeiros” em número suficiente para responder atempadamente a todas as situações e morre todos dias gente por isso, se cada um de nós não estiver preparado com conhecimentos e bens essenciais para sobreviver provavelmente terá uma morte precoce face a um desastre. Na saúde e na proteção civil a sua proteção  é você, o resto só por sorte ou cunha.

Imagem meramente ilustrativa de autor desconhecido.

EFICIÊNCIA NAS ATIVIDADES RADIOCOMUNICAÇÕES (Por: João Paulo Saraiva)

Caros amigos e conhecidos

Constato frequentemente quando me desloco a locais onde estão outros colegas em ativações de radiocomunicações, e que regularmente se queixam de raramente terem contactos porque raramente alguém lhes responde que, geralmente ficam à espera de ser chamados e, mesmo quando chamam, fazem-no geralmente da mesma posição. O facto de não se moverem de posição, além de sedentário, especialmente quando se operam estações portáteis de mão, inviabiliza por exemplo chegar ou receber estações que estão por exemplo naquele momento precisamente na direção oposta daquela em que se chamou em direção estática, ao invés de uma chamada geral em modo 360º, sim faz-se chamada geral de portátil na mão rodando 360º, e após a chamada mantém-se a rotação em busca de qualquer sinal de qualquer estação que responda. Mas para isso também é necessário saber chamar geral.

Em especial em PMR446 e nas redes privativa da APROSOC muito raramente tenho uma ativação frustrada, mas não me poupo à insistência na chamada geral 360, nem, no caso do CB e outras bandas, ao reposicionamento físico ou de antenas em busca de alguma resposta.

Depois há ainda quem espere milagres, com equipamentos de fraca qualidade ou inadequadamente ajustados.

Para se obterem resultados satisfatórios em atividades de radiocomunicações não basta ter equipamentos, é necessário ter técnica e até arte, porque a radiocomunicação é uma atividade em que o operador faz parte do processo e, se o operador tem habilidade aumente a probabilidade de bons resultados e, importa saber que, todos conseguem atingir essas habilidades se para isso forem sobejamente insistentes, ou seja, se para isso praticarem regularmente junto de quem efetivamente estiver disposto a partilhar consigo essas habilidades e truques técnicos.

Outro aspeto importante é a operação ao vento com elevadas sensibilidades de microfone, truques como a colocação de uma peça de roupa, uma esponja ou mesmo o dedo a proteger o orifício do microfone e falar para cima desse obstáculo possibilita a operação em locais com vento, ainda assim, muitos operadores continuam a ignorar tanto o efeito do vento quanto o efeito do truque, quando bastaria colocarem outro radio em escuta com um auricular para se monitorizarem na transmissão e compreenderem as soluções possíveis.

Claro que estas dicas não vêm em manuais de instruções nem em guias de Associações sejam elas formais ou informais.

MÍNISTÉRIO DAS INFRAESTRUTURAS IGNORA OS RADIOAMADORES

Os radioamadores aguardam há pelo menos 10 anos a reversão de uma situação injusta e discriminatória constante do Decreto-lei 53/2009 e que, coloca radioamadores de categoria 3 a pagar a mesma taxa anual que os da categoria 2 e 1, quando na realidade não usufruem das mesmas regalias de operação autónoma dos equipamentos de rádio amador.

A APROSOC – Associação de Proteção Civil, não sendo uma Associação de Radioamadores, mas tendo interesse nas radiocomunicações de amador no âmbito das atividades de proteção civil, tem vindo a reivindicar à ANACOM – Autoridade Nacional de Comunicações, as alterações conducentes à reposição da normalidade através da revisão do supracitado diploma legal e, apesar de efetivamente a ANACOM ter feito a sua parte, o ministério liderado pelo ministro Pedro Nuno Santos, quando da entrega da proposta de revisão pela ANACOM e, atualmente liderado pelo ministro João Galamba, tem ignorado por completo os radioamadores, facto que faz tardar a publicação do diploma legal que trará a equidade entre radioamadores.

Neste contexto, esgotadas todas as formas democráticas conducentes à desejável normalização da situação, esta Associação agenda para o dia 11 de Julho de 2023, com início para as 10horas, uma manifestação de radioamadores e outros cidadãos que os queiram apoiar frente ao Ministério das Infraestruturas, sendo a comunicação de manifestação efetuada à Polícia de Segurança Pública e Câmara Municipal, nos prazos legalmente admissíveis.

Plano de Emergência

Este PLANO APROSOC DE COMUNICAÇÕES DE EMERGÊNCIA (PACE) objetiva facilitar o encontro e comunicação dos membros da APROSOC – Associação de Proteção Civil, em teatros de operações e não só.

CANAIS A USAR:

REDE PRIVATIVA
Canal 1 da Área geográfica para ligação geral.

REDE PMR446 
Canal 9 para Treino
Canal 11 (CTCSS 69.3Hz) (vulgo canal 112) para operações de socorro. 
Em cada operação multiequipa, o comandante da força atribuirá os canais para ligação entre membros de cada equipa.
Canal 7-7 ligação externa. 

REDE CB27 
Canal 9 (Socorro, Emergência, Salvamento, Breve Chamada). 

REDE VHF HAM 
145.3875MHz NFM (reserva de ligação entre radioamadores)

REDE ZELLO App
O Canal ZELLO "APROSOC" serve de base de treino de radiocomunicação a todos os voluntários da APROSOC espalhados pelo país e não só.  Link para o canal: https://zello.page/Bv55H3NPBreeq6Mz

Indicativos Operacionais 
Em operações de socorro a comunicação entre Lideres de Equipa e o "Posto de Coordenação de Comunicações" da APROSOC no terreno, assumindo este o Prefixo "Base" e como Sufixo "o nome de localidade em que se encontra". O líder de cada equipa assume o Prefixo "Líder" e como Sufixo "o número atribuído à equipa". 


Boas práticas 

Operação
Respeita os procedimentos radiotelefónicos: Quando passas a palavra a outra estação usa a expressão de serviço “escuto”; quando nada mais tens a transmitir usa a expressão de serviço “terminado”; sê objetivo e limita o tempo de emissão contínua ao mínimo (máximo 60 segundos) e, dá sempre um espaço mínimo de 3 segundos entre transmissões.

Chamada de estações em scan
Quando efetuares uma chamada geral ou com destinatário, menciona o canal em que estás a transmitir, de modo a que quem esteja a usar um rádio em scan sem display consiga identificar o canal em uso. 

Tempo limite de transmissão
Alguns equipamentos mais antigos da banda do cidadão não possuem circuito limitador do tempo de emissão contínua, contudo, os mais modernos já limitam ao tempo legalmente previsto, ou seja, 180 segundos. Deste modo evitam-se emissões contínuas a ocupar um canal por exemplo devido a avaria no equipamento, ou o botão PTT (push to talk) do microfone ter ficado acidentalmente premido.
Nas radiocomunicações cidadãs (CB, PMR446, LPD433, SRD) o tempo limite de emissão é de 180 segundos e, nas radiocomunicações privativas (Serviço Móvel Terrestre) o limite é de 60 segundos, contudo, para não monopolizarmos o canal, não consumir energia desnecessariamente (em especial quando usa pilhas ou baterias reduzindo assim o tempo de autonomia), ou mesmo consumir tempo de vida dos componentes do equipamento, recomenda-se que antes de se premir o PTT, se estruture toda a mensagem a transmitir, de modo a ser breve, conciso e objetivo.

Exemplo de uma chamada de uma estação a outra estação de radiocomunicações e sua resposta:
A Chamada - RAIO 7, RAIO 7, aqui RAIO 299, escuto!
A resposta à chamada - RAIO 299, aqui RAIO 7, escuto!

Exemplo de mensagem:
RAIO 130, aqui RAIO 156, necessito de apoio diferenciado pré‑hospitalar, para a Freguesia de Vila Facaia, Concelho de Pedrógão Grande, Distrito de Leiria, frente à igreja, para homem de 64 anos de idade, com suspeita de enfarte agudo do miocárdio, acuse repetindo, escuto;
RAIO 156, aqui RAIO 130, recebido, eu repito, solicita “apoio diferenciado pré‑hospitalar, para a Freguesia de Vila Facaia, Concelho de Pedrógão Grande, Distrito de Leiria, frente à igreja, para homem de 64 anos de idade, com suspeita de enfarte agudo do miocárdio”, confirme, escuto;
RAIO 130, aqui RAIO 156, é correto, escuto;
RAIO 156, aqui RAIO 130, apoio diferenciado ativado, não tenho mais, escuto;
RAIO 130, aqui RAIO 156, terminado;
RAIO 156, aqui RAIO 130, terminado.


Memória descritiva do logótipo de REDE RAIO

A águia simboliza os “altos voos” das ondas eletromagnéticas que se propagam na atmosfera, com olhos focados em alvos locais e, que segura em cada uma das patas respetivamente numa um raio verde alusivo à receção e, na outra, um raio vermelho alusivo à emissão. Sobre a cabeça da águia, um anel preto que representa os limites legais e, três trapézios triangularmente posicionados. que simbolizam competências acrescidas de preparação e sobrevivencialismo no âmbito das radiocomunicações alternativas simbolizadas por um raio em tom de cinza, para além do que os serviços de emergência e proteção civil representados no triângulo interior, são capazes de disponibilizar aos cidadãos.
O anel preto que circunda o exterior com exceção das asas dele saídas em representação dos estados de necessidade e regimes de exceção, representa uma vez mais o balizamento da legalidade. A simbiose das figuras geométricas nas cores verde, amarelo e vermelho aludem às cores da bandeira de Portugal  . Na parte superior do anel a frase que identifica a atividade desenvolvida “REDE RAIO” correspondente ao prefixo rádio em uso pelos radioperadores desta Associação e, na parte inferior o desejo formulado de “QUE POR FALTA DE RADIOCOMUNICAÇÕES NENHUMA VIDA DEIXE DE SER SALVA”.

NB.: A APROSOC não tem por objetivos a redundância das redes de radiocomunicações dos serviços de emergência e proteção civil, pois para esse efeito o Estado Português despende de Milhões de euros dos contribuintes e, conta ainda alegadamente com a colaboração das Associações de Radioamadores. A APROSOC não é nem pretende ser uma Associação de Radioamadores.

COMANDANTE NACIONAL DA ANEPC DISCRIMINA VOLUNTÁRIOS DE PROTEÇÃO CIVIL

André Fernandes, o Comandante Nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), vem afirmando em ações de formação para as Organizações de Voluntariado de Proteção Civil (OVPC) que, a REPC – Rede Estratégica de Proteção Civil (uma rede de radiocomunicações) não é para voluntários de proteção civil das OVPC, contudo, esta semana mais um município entregou aos seus voluntários das Unidades Locais de Proteção Civil, rádios da REPC, situação de denota uma vez mais a discriminação entre voluntários de proteção civil do sector público e os do sector Associativo privado (sem fins-lucrativos).

A arrogância com que alguns funcionários do Estado fazem discriminação como se fossem (donos disto tudo) proprietários de algo ou o legislador quando nem mesmo o legislador determina tais limitações é uma contante própria de regimes totalitários para o qual o país caminha.

A APROSOC – Associação de Proteção Civil, não esconde o não reconhecimento ao funcionário público em causa, de competências no âmbito da proteção civil, afinal de contas, qualquer licenciatura aliada ao partido do regime e o amiguismo possibilitam ascensões na carreira de pessoas que de proteção civil pouco sabem, possam embora ter sido inquestionavelmente competentes como Bombeiros.

A APROSOC – Associação de Proteção Civil, não é submissa a qualquer entidade ou funcionário público que profere afirmações não suportadas por qualquer diploma legal, lamentando que alguns desses funcionários do Estado (dos cidadãos) na cúpula de organismos da administração central do Estado, revelem tão incomensurável inépcia contrária ao superior interesse público e, advoguem mesmo que alguém que seja Bombeiro possa ser detentor de equipamentos ilegais na REPC, mas um voluntário de proteção civil não. Gostaríamos de conhecer a opinião de um juiz sobre esta matéria, pelo que aguardamos a ação que consequentemente o possibilite.

Aqueles que deveriam defender o superior interesse público dos cidadãos no que à proteção civil é atinente, em muitos casos além do umbiguismo defendem apenas o lóbi da sua génese, facto que em nada beneficia a segurança coletiva dos cidadãos e que que por isso, por ora apenas podemos lamentar.

Mas, ainda que o legislador criasse tal limitação, existem regimes de exceção, por exemplo o constante do Artigo 35 do Código Penal.

Para os Voluntários da APRODOC – Associação de Proteção Civil, prevalecerá acima de tudo a matéria de direito, ainda que em regime de exceção, porque também a atividade de proteção civil é feita de regimes de exceção, gostemos ou não.

“Decreto-Lei nº 48/95 de 15-03-1995


CÓDIGO PENAL

LIVRO I – Parte geral

TÍTULO II – Do facto

CAPÍTULO III – Causas que excluem a ilicitude e a culpa

———-

Artigo 35.º – Estado de necessidade desculpante

       1 – Age sem culpa quem praticar um facto ilícito adequado a afastar um perigo actual, e não removível de outro modo, que ameace a vida, a integridade física, a honra ou a liberdade do agente ou de terceiro, quando não for razoável exigir-lhe, segundo as circunstâncias do caso, comportamento diferente.
2 – Se o perigo ameaçar interesses jurídicos diferentes dos referidos no número anterior, e se verificarem os restantes pressupostos ali mencionados, pode a pena ser especialmente atenuada ou, excepcionalmente, o agente ser dispensado de pena.”

 

Parafraseando, Salgueiro Maia (capitão de Abril)
“Meus senhores, como todos sabem,  diversas modalidades de EstadoOs estados sociais, os corporativos e estado a que chegámos.”

São funcionários assim que geram improficuidade e descrédito do Sistema Nacional de Proteção Civil e, fazem crescer os movimentos Preppers em Portugal longe dos olhares dos serviços secretos, o que pode ser bom, ou nem por isso.

Artigo de opinião de: João Paulo Saraiva

Porque existe em Portugal continental um movimento das radiocomunicações cidadãs aos domingos de manhã em canal 12 FM em CB, PMR446 e LPD433?

Foram muitos os testes realizados pelo fundador da APROSOC em diversos canais e, a escolha do canal 12 prendeu-se com o facto de, por um lado estar próximo do canal de chamada em CB11 e, por outro pelo facto de para além de não implicar maior desgaste dos seletores de canais, subindo apenas 1 canal para o 12 (27.105MHz) ter um afastamento de 20kHz em relação ao canal 11 (27.085MHz), ao invés da descida do 11 para o 10 (27.075MHz) que tem apenas um afastamento de 10KHz e, o mesmo afastamento em relação ao canal de emergência 9 (27.065MHz). Esta escolha visou ainda usar em PMR446 e LPD433 o mesmo canal, de forma que se evitasse que os usufrutuários destas bandas potencialmente interessados em participar tivessem de decorar diferentes canais que comunicação com membros desta organização. Atualmente são pelo menos três as organizações (duas formais e uma informal) que a nível nacional usam este canal.

Porquê o FM?
Porque se constatou que para além de ser o único modo transversal a todas as bandas em uso, era também aquele que em CB possibilitava maior compreensibilidade (com exceção do SSB), sendo também um dos modos mais predominantes nos equipamentos, atendendo a que durante alguns anos vigorou na Europa a norma CEPT27 com 40 canais apenas em FM, embora antes praticamente apenas existissem equipamentos com AM ou AM e SSB, tal como até há poucos anos acontecia também com os EUA que só recentemente passaram a ter FM ao invés da Europa onde existem desde os anos 80.

Contudo, os canais de CB, PMR446 e LPD433 são livres e ninguém tem o direito a reivindicar direitos especiais, quem chega primeiro tem o direito a usar e, no caso do PMR446 e LPD433 nem sequer existe o dever de não sobrepor uma emissão a outra já existente, prevalecendo por isso o bom senso de cada um. Os únicos canais em que qualquer organização tem o direito a reivindicar privilégios de uso, são os atribuidos pela ANACOM à entidade licenciada para o efeito.

Os pais desta seleção foram os Associados 01 e 86 da APROSOC, os que deram início a este movimento em Portugal continental.

Artigo de opinião (Por João Saraiva): Questões aos “Radioativos” da APROSOC

Olá “Radioativos” da APROSOC

As atividades domingueiras de radiocomunicações cidadãs da APROSOC, são multidisciplinares e, gostaríamos que fossem mais participadas presencialmente nos locais de ativação, ainda que a presença de uns seja para  DX, de outros para comunicações locais, outros para comunicações emergêncistas, outros para testar equipamentos, uns mais para as radiocomunicações de uso livre, outros eventualmente mais para o radioamadorismo, sem prejuízo de todos poderem praticar o que bem lhes aprouver em toda a latitude das atividades de radiocomunicações analógicas, digitais, terrestes ou espaciais.

As diferentes possibilidades acima referidas, possibilitam algo maior, as relações interpessoais e o melhor conhecimento dos colegas, o combate à solidão e isolamento social, o combate à exclusão, a partilha de saberes e conhecimentos, a confraternização e o combate ao sedentarismo dos domingos caseiros, bem como a visita de locais absolutamente terapêuticos para a mente e exercitantes para o corpo.

É esta a amplitude dos nossos encontros domingueiros, muito para além do protagonismo via rádio ou das imagens nas redes sociais que objetivam tão somente atrair mais praticantes das radiocomunicações nas diferentes modalidades.

A “xenofobismo” com que as Associações de Radioamadores olham para a APROSOC – Associação de Proteção Civil, todas elas sem exceção, por verem surgir outras opiniões e ações no âmbito das radiocomunicações, que resultam tão somente por um lado da improficuidades dessas Associações nas comunicações de emergência e, por outro, no facto de para se emitirem opiniões sobre radiocomunicações emergêncistas não bastar ser-se radioamador, mas sim ter conhecimento de causa no âmbito do Sistema Nacional de Proteção Civil ou, bem distinto, no âmbito do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro, bem como no âmbito do Sistema de Gestão de Operações, sem prejuízo de uma visão mais abrangente no âmbito do sobrevivencialismo, fica a dever-se obviamente à ignorância nesses âmbitos pese embora o facto de em muitos casos serem inequivocamente especializados nas tecnologias de radiocomunicações.

Há até os que rejeitam qualquer relação em radiocomunicações e serviços de proteção civil e emergência, como se tal fosse possível no atual estado da arte da proteção civil ou das “legis artis” da emergência médica, pura ignorância.
A ignorância e a falta de argumentos válidos para aceitar o contraditório, impossibilita alguns de, com as suas diferenças, mas com o respeito inerente à educação individual e ao superior interesse público em causa, de reunir no sentido da partilha de saberes e conhecimento conducente à convergência de esforços para que, nas diferentes áreas técnico-científicas vocacionais surjam simbioses capazes de produzir soluções em prol da segurança coletiva dos cidadãos, quer seja no apoio aos serviços, quer essencialmente no apoio direto às populações, comunidades, famílias e cidadãos que possam beneficiar dessa ajuda, na justa medida das competências e capacidades instaladas em cada um e, na pluridisciplinaridade de competências reunidas em cada organização.
O bairrismo e clubismo enraizado na cultura portuguesa, é algo peculiar ao povo português e, impossibilitador da desejável cooperação, contudo, uma coisa é o que se passa entre organizações e, outra o que se passa e deve passar na nossa organização, sendo lamentável que, alguns dos que vestem várias camisolas, não sejam capazes de vestir também a camisola do superior interesse público por mais que isso signifique ir contra as correntes do politicamente correto e das palavras fofinhas cheias de hipocrisia daqueles que nada contribuem para o desenvolvimento sustentado das diferentes atividades em apreço e, tudo contribuem para a inércia e inépcia nessas atividades que se revelam improfícuas na sua ação.

A APROSOC só existe porque existe um vazio por preencher por parte dos serviços públicos e privados no âmbito das atividades estatutariamente prosseguidas por esta Associação e que a toadas e a todos os cidadãos e organizações dizem respeito.

Voltando ao tema inicial e para terminar, ainda que todos sejamos fãs do cantor Carlão, e até nos seja mais agradável “assobiar para o lado” face a toda a ausência de participação civil, e assim alimentarmos a regozijo daqueles que na sua ignorância nos vêm como os extra terrestres que teimam em colar radiocomunicações com proteção civil, seria pelo menos de esperar que, parafraseando mais um cantor, desta vez não da margem sul mas do norte “fosse mais o que nos une do que aquilo que nos separa” (Rui Veloso). É por isso que questiono a cada um em cada uma, quem está disponível para, no limite das suas disponibilidades, manifestar alguma vontade e apoio, através da sua presença nem que seja para ajudar a carregar uns rádios ou antenas, ou simplesmente participar no farnel partilhado, para os locais onde habitualmente nos deslocamos / desloco para em nome da APROSOC materializar atividades de radiocomunicações / sociais?
Mesmo para terminar, algum colega é capaz de me dar motivos para eu manter este sacrifício da vida familiar, tantas vezes solitário? Ou será mesmo melhor pôr um ponto final nesta atividade que tanta gente tem trazido às radiocomunicações e, tanto tem ajudado os cidadãos a estar mais e melhor preparados para os desastres tal como é desígnio dos fins estatutários da APROSOC?

Grato!