Estimados Associados da APROSOC
O Presente comunicado sobrepõe-se a qualquer outro anterior que colida com o teor do presente.
Face à reivindicação de alguns estimados Associados da APROSOC ao longo dos tempos (em especial na e após a feira da rádio ocorrida da margem sul do tejo) sobre o direito adquirido de antiguidade do uso do prefixo “OÁSIS” e, de outros argumentos incontestáveis que aqui não vou expor por motivos de respeito à pessoa que os apresentou, entendo após o contacto com mais de 50% da massa Associativa e, do facto de maioritariamente terem defendido a manutenção do direito ao uso desse prefixo, emitir o seguinte parecer que obviamente atendendo à natureza do assunto não tem caracter vinculativo, dependendo por isso de cada um a decisão de adotar o que bem entenda sobre o assunto.
De facto, o direito de antiguidade legitima os membros da APROSOC para o uso do prefixo “OÁSIS” e, compreende-se que para quem teve como primeiro nome de estação CB ou PMR446 o prefixo em causa, tenha por este um natural carinho, bem como uma compreensível mágoa de não poder continuar a usá-lo. Contudo, como é sabido, a Rede Oásis foi entregue a outra organização, não sendo à partida válido o argumento de terem não participado na decisão apreciável para o caso, atendendo a que “todos” foram convidados para o efeito.
É também verdade que, um Associado fez prova de não ter sido convocado para a supracitada reunião, até porque o seu endereço de e-mail não estava correto na base de dados da APROSOC e, não foi confirmada a receção da convocatória, sendo por isso a decisão passível de declaração de nulidade uma vez que o não convocado não a aceita. Apelo, contudo, a que compreendam que tal não resulta de incompetência da Direção ou do seu Presidente que conduziu todo o processo, mas sim de um lapso que pode acontecer a qualquer um, embora enquanto presidente da Direção não decline a inerente responsabilidade que assume na integra.
Quanto às reivindicações apresentadas por alguns Associados por sua iniciativa ou na auscultação telefonicamente ontem efetuada…
- Compreendo e aceito a reivindicação de que, “se alguém tinha de mudar não eram os sócios da APROSOC”, contudo tal foi amplamente debatido e procurei enquanto Presidente da Direção reunir o máximo consenso possível.
- Quanto ao argumento que me foi apresentado por um dos Associados na Feira da Rádio na margem sul, e por outro hoje telefonicamente de que: “só se devia usar o prefixo “FÉNIX” nas operações de emergência”, concordo, contudo, nas operações de emergência geralmente por uma questão de economia de tempo suprime-se o prefixo utilizando-se somente o sufixo, não vislumbrando por isso lógica relevante.
- Quanto ao argumento apresentado por uma Associada de que “o próprio 01 num gesto de carinho pela autoria original da Rede OÁSIS, usa o prefixo “OÁSIS 01” nas atividades da” outra organização, é um facto, embora normalmente acrescente “da APROSOC” ou “/FÉNIX 01”.
- Quanto aos colegas Associados e não Associados da APROSOC que referem a dificuldade de se habituar a outro nome de estação que não o “OÁSIS 01”, não se preocupem, tenho toda a legitimidade para o continuar a usar, embora tudo faça para evitar confusões.
- Quanto ao facto de alguns colegas referirem que “por vezes a boca foge para OÁSIS”, nada se me oferece comentar por não encontrar argumentos, pois parafraseando uma figura pública da área da proteção civil “podem tirar a pessoa do OÁSIS, mas não o OÁSIS da pessoa.
- Quanto ao argumento que alguns Associados têm de diversas formas dado a entender de que “o Presidente da Direção não acautelou os legítimos interesses da APROSOC ao dar de mão beijada, um programa cujo mérito é do próprio e da APROSOC”, aceito com toda a humildade a opinião, contudo, reitero que procurei reunir o consenso possível, não assumindo responsabilidade pela reduzida participação, embora sim, como invocado, a altura de Natal e fim-de-ano não fosse a melhor para o fazer e, faço aqui um “mea culpa”.
- Quanto ao argumento invocado por três Associados, de que “o termo Fénix está a ser alvo de joco/gozo/rizada, até por parte de alguns membros da organização a quem cedemos o prefixo “OÁSIS”, e que nos apelidam de “Rede Fónix”, é um argumento que infelizmente confirmo e para o qual não tenho argumentos para o destronar.
- Quanto ao argumento de um Associado que invoca que “na sua zona quando diz no rádio FÉNIX é alvo de gozo”, lamento mas a escolha do prefixo em causa foi também alvo de consulta e, não posso responsabilizar-me pelo que pessoas amorais praticam na CB, sendo que haverá seguramente situações mais graves, embora não desvalorize o sentimento de indignação do qual partilho, já que não é prática de membros da APROSOC esse tipo de comportamento que se observa essencialmente por parte de membros de uma organização informal popular de utilizadores da CB.
- Quanto aos Associados que invocaram que a escolha não terá sido feliz porque “FÉNIX” se confunde com Bombeiros ou outra organização assim denominada, sim, efetivamente tal foi, quando da analise de adoção deste prefixo, alvo de ponderação e, face às opiniões apresentadas na altura, tal não mereceu relevante preocupação. Talvez se os colegas se tivessem pronunciado a escolha fosse diferente.
- Quanto ao argumento hoje apresentado por um Associado de que “o Presidente da Direção só não volta atrás no prefixo com receio por medo da reação dos sócios da outra organização que tudo beneficiou da APROSOC e em nada beneficiou a APROSOC, pelo contrário”, permitam discordar, pois se há algo que não receio e nunca receei são mudanças, ter de pedir desculpas, encarar de frequente opositores, ou mesmo admitir erros e voltar atrás, não é disso que se trata e a seu tempo ficará patente para todos.
Conclusão
Em suma, enquanto Presidente da Direção, não tenho argumentos para destronar os que me foram apresentados e, reconheço aos Associados que façam questão de continuar a usar o prefixo “OÁSIS”, o direito de o usarem, até porque prefixos lúdicos cada um usa o que bem entender.
Sinceramente eu preferia não ter de regressar a este tema e preferia que não nos confundissem com outros projetos, reiterando, contudo, a minha inequívoca ilegitimidade para impedir os colegas que queiram continuar a usar o prefixo “OÁSIS” o fazerem.
Não vou por isso tomar qualquer decisão em definito sobre o regresso ao prefixo “OÁSIS”, somente deixar a porta aberta a diversas possibilidades que vão de encontro às reivindicações que entendo como de vontade de defender a dignidade do bom nome da APROSOC, mitigando a margem de manobra atualmente existente para o oposto. O tempo será bom conselheiro e, numa próxima Assembleia Geral o assunto será colocado à votação e o que a maioria decidir será adotado, até lá apelo ao bom senso sem entrar em conflitos com quem quer que seja, devendo este princípio prevalecer pese embora o facto de admitir que nem sempre é fácil. Tomo contudo a decisão de, por cobro à chacota de que somos alvo pelo uso do prefixo “FÉNIX”, suspendendo-se o seu uso e, deixando a critério de cada um identificar-se como bem entenda, apelando-se a que o façam da forma como vislumbram que deva ser a adotada no futuro pela APROSOC, após a Assembleia Geral.
Contudo, pese embora existirem direitos inequívocos, entendo à partida que não é desejável/recomendável o uso de tal prefixo mas, atendendo a que, e tal como invocado e bem por um nosso Associado, a própria organização que atualmente gere a rede “OÁSIS”, reconheceu publicamente o direito ao Associado 01 da APROSOC e mentor da Rede “OÁSIS” manter a sua ligação ao prefixo OÁSIS 01, embora por opção própria já não pertença à organização em causa, não pode aquela organização discriminar os demais Associados da APROSOC com dois pesos e duas medidas para a mesma situação, até mesmo pelo facto de ser a APROSOC a mentora do prefixo.
Quero por isso transmitir a todos os membros da APROSOC que sempre estarei do lado dos membros da APROSOC e que independente das repercussões que tal tenha em pessoas ou organizações externas à nossa Associação e que, defenderei acima de tudo os interesses dos associados da APROSOC, não me deixando influenciar por posições externas que resultem visões contrárias aos legítimos interesses e direitos da APROSOC (leia-se, dos seus Associados), ainda que isto signifique alguns cortes de relações, embora sinceramente deseje que não seja necessário chegar a tanto, até porque, acredito na amizade e lealdade das pessoas que alguns colegas hoje me disseram que alguns poderem eventualmente sentir-se desconfortáveis com a situação por estarem em ambas as Associações. Acredito que essa amizade e lealdade estará acima destas questões menores, ainda que não desprezíveis até por atentarem contra o bom nome da nossa Associação, defesa essa que regulamentarmente todos temos o dever de assegurar.
Quanto aos pareceres e contactos por parte da outra Associação em causa, não pesaram nas decisões futuras, porque tal como me dizia hoje um dos nossos Associados, “os assuntos da APROSOC, apenas a ela dizem respeito” e, acrescento, à Assembleia Geral devem competir e que, em circunstância alguma devem colocar em causa a total independência de que constitucionalmente esta como qualquer outra Associação goza.
Compreenderei que alguns membros da APROSOC que fazem também parte da outra organização se sintam desconfortáveis com o assunto, contudo, eu somente represento a APROSOC e somente defendo os interesses dos membros da APROSOC, cabendo eventualmente também a esses colegas alguma responsabilidade pela insatisfação de alguns dos nossos prezados Associados, quanto mais não seja pelo facto de estarem mais ativos nas atividades da outra organização do que nas atividades daquela que é génese de tudo isto.
A todos os que ousaram apelidar a Rede Fénix de “Rede Fónix”, ou os membros da APROSOC como tal, a decisão de eventual mudança futura de prefixo, será também uma consequência dessas ações, pelo que serão também responsáveis por tais eventuais alterações, sendo-nos indiferente que sejam ou não do vosso agrado.
Aos membros da outra organização que ousaram ofender o Presidente da Direção da APROSOC face aos seus apelos de ética, nomeadamente face à constatação de inconformidades técnicas, nomeadamente de potência e largura de banda usada no canal em uso, algumas das quais geradoras de notícias falsas de alcances que na realidade não foram concretizados com as potências legais, podem também considerar-se responsáveis pelo resultado futuro.
Não procuraremos de modo algum confrontos, mas também não os evitaremos com quem ouse denegrir a imagem pública e bom nome da APROSOC.
Permitam-me ainda lamentar que, tenha sido necessário recorrer a telefonemas individuais, muitos dos quais não atendidos pelas mais diversas razões, para tratar de um assunto que podia ser tratado através dos grupos que existiam nas redes sociais, contudo, há um aspeto muito positivo em todos os contactos telefónicos efetuados, o quão aprazível foi o contacto ainda que apenas por voz e, tomar conhecimento do estado de cada um dos colegas contactados. Agradeço por isso a todos, os minutos despendidos e a simpatia e cordialidade com que decorreu o diálogo com cada um dos contactados.
A APROSOC continua a ser um polo de agregação dos que partilham da nossa filosofia de ética e urbanidade, facto que a todos nos deve orgulhar, esta semana teremos uma vez mais contribuído para que mais três entusiastas das radiocomunicações se conheçam pessoalmente e partilhem a sua paixão pelas radiocomunicações, um dos elos de ligação nesta vossa humilde Associação.
Prefiro que me acusem noutra organização de faltar à palavra dada, do que me acusem na APROSOC de estar a deixar andar o que conduz a nossa Associação ao insucesso. Não quero, nem devo permitir que para que outros se sentirem bem, alguns Associados me vejam como aquele que é bom para toda a gente, mas que não o é para a APROSOC.
REITERO, não estou a incentivar ninguém a voltar ao prefixo “OÁSIS”, tal como não estou a proibir quem quer que seja de o fazer, porque entendo não ter essa legitimidade face aos argumentos apresentados.
Termino parafraseando Rui Veloso “muito mais é o que nos une daquilo que nos separa”
A todos os meus agradecimentos pela atenção despendida, estamos juntos para o bem comum!
Cordiais saudações
João Paulo Saraiva
Presidente da Direção